(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas Bra$il em foco

Chove, mas a crise hídrica está longe de estar totalmente equacionada

Na primeira quinzena de novembro, o consumo de energia elétrica teve queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da CCEE


25/11/2021 04:00 - atualizado 25/11/2021 07:11

Mesmo com cenário favorável, não há garantia de um 2022 tranquilo, já que aumento da conta de luz deve passar de 20%
Mesmo com cenário favorável, não há garantia de um 2022 tranquilo, já que aumento da conta de luz deve passar de 20% (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

As chuvas que chegaram de forma mais constante antecipadamente aliviaram parcialmente o sistema elétrico brasileiro, que continua com custo alto de operação e sob riscos de enfrentar problemas novamente ao fim do período úmido, mas que começa a poder administrar os recursos sem a pressão da ameaça iminente de desabastecimento. A intensidade das precipitações no mês passado e nos primeiros dias de novembro evitaram que os reservatórios das usinas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste chegassem a níveis críticos, mas eles ainda estão longe de garantir conforto. O grau de armazenamento nas usinas da região, que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país, estava em 18,05% em 20 de setembro, e na terça-feira chegaram a 19,32%.

Mesmo com o início de estação chuvosa ainda abaixo da média histórica, o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Agência Nacional das Águas (ANA) já iniciaram o processo de recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas, castigados pela escassez severa do último ano. Seja pela administração do acionamento de térmicas com menor custo de operação, seja para mudança no volume de vazão de água das usinas, o que permitirá, com a continuidade das chuvas, o aumento do volume de água (energia armazenada) nas hidrelétricas. E outro ponto favorece esse processo neste fim de ano: o desaquecimento da economia brasileira, associado ao “desaquecimento” das temperaturas também. Juntos eles explicam a redução no consumo de energia no país

Na primeira quinzena deste mês, o consumo de energia elétrica no Brasil teve queda de 2,4% em relação a igual período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No mercado regulado, houve queda de 6,1%, puxada pela retração nas residências pequenos comércios, enquanto no mercado livre a retração foi de 5,2%. Os números confirmam a gestão dos reservatórios com maior uso de outras fontes. Enquanto o consumo esfria, a geração registra crescimentos, principalmente em fontes alternativas. Nos 15 primeiros dias deste mês a geração solar fotovoltaica cresceu 57%, e a eólica, 3,3%. Em relação a igual período do ano passado, a geração térmica caiu 1,4%, e a hidrelétrica baixou 4,4%.

Esse cenário favorável, no entanto, não é garantia de um 2022 tranquilo, a começar pelo aumento da conta de luz, que deve chegar perto ou passar de 20%. E nesse caso as chuvas de agora vão ajudar pouco, porque o descompasso entre a arrecadação com a tarifa de escassez hídrica e o custo da energia gerada nas térmicas já tem um rombo superior a R$ 8 bilhões. E para pagar essa conta o país vai ter de conviver com a taxa extra mais cara na conta de energia por muitos meses no ano que vem. Se ceder à tentação eleitoreira de baixar a tarifa na conta, como deseja o presidente Jair Bolsonaro, o dinheiro para cobrir o rombo sairá do reajuste anual das distribuidoras.

Para evitar um impacto direto nas contas, o governo avalia uma operação de empréstimo às distribuidoras para cobrir o rombo, com a cobertura dos gastos ocorrendo a médio prazo e não em apenas um ano. Mesmo assim, a conta vai continuar salgada e a energia elétrica vai pesar na inflação por algum tempo ainda. E isso se o verão não for menos úmido do que tem sido a primavera até agora. Com as mudanças climáticas alterando o regime de precipitações e favorecendo eventos severos, é difícil imaginar que o Brasil não vai ter problemas energéticos em 2022. Uma coisa é certa: é preciso incentivar geração solar e eólica de forma a minimizar a dependência do país da geração hidrelétrica.

Franquias

R$ 47,38 bilhões


Foi o faturamento do setor no terceiro trimestre deste ano, segundo a Associação Brasileira de Franchising


Desconto no gás

A tradicional liquidação do fim de novembro chegou também num item que tem espremido o orçamento das famílias: o gás de cozinha. O aplicativo Chama está oferecendo descontos que podem alcançar R$ 20 para os clientes, que devem acessar as redes sociais e o aplicativo para ter acesso às ofertas. O desconto vem em boa hora, uma vez que o preço do botijão teve alta de 37,86% em 12 meses.


Lixo urbano

O Brasil ainda tem de avançar muito no conceito de economia circular, mas ainda esbarra no tratamento do lixo e na reciclagem de materiais. Segundo o Índice de Sustentabilidade Urbana – ISLU 2021, nos últimos cinco anos, o avanço no setor foi quase nenhum. Em 2016, 55% das cidades ainda tinham lixões a céu aberto. Na comparação com os dados atuais, a queda foi de apenas um ponto porcentual por ano.



*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)