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Estado de Minas Bra$il em foco

Comércio reage com ajuda do auxílio que vira ameaça ao teto de gastos

Setores da economia se beneficiam da flexibilização, enquanto debandada na economia expõe divisão no governo sobre controle dos gastos


13/08/2020 04:00 - atualizado 13/08/2020 08:03

Mesmo com restrições, abertura de lojas permitiu retomada das vendas do varejo em junho, embora no semestre queda tenha sido a maior em 4 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Mesmo com restrições, abertura de lojas permitiu retomada das vendas do varejo em junho, embora no semestre queda tenha sido a maior em 4 anos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O pior da crise econômica ficou mesmo para trás, mas ainda há um longo caminho até uma retomada mais firme. O resultado das vendas do comércio são um bom exemplo da reação além do previsto pelo mercado. Com  crescimento de 8% em junho sobre maio, o comércio restrito (exclui veículos e material de construção) levou as lojas a um nível pré-crise da pandemia do novo coronavírus. O setor está hoje no mesmo patamar de fevereiro, recuperando totalmente as perdas registradas em março e abril e embora tenha fechado o primeiro semestre com tombo de 3,1% – o maior para o período desde 2016 – as vendas do varejo registram estabilidade em 12 meses, com variação de 0,1%. O mais significativo foi o fato de as lojas registrarem expansão de 0,5% sobre junho do ano passado, o que representa alta efetiva. Outro dado que mostra essa expansão é o fato de o aumento nas vendas ter sido generalizado em todos segmentos de maio para junho.
 
No varejo ampliado, que conta com as vendas de automóveis e de itens para a construção civil, a alta nas vendas em junho foi de 12,6%. Esse percentual é quase o dobro das projeções do mercado financeiro (6,7%). Mas nesse caso a elevação das vendas ainda não foi suficiente para compensar as perdas da pandemia e na comparação com junho de 2019 há retração de 0,9%, o que mostra que quando são computados veículos e material de construção há uma caminho mais longo para a retomada efetiva do comércio. Os dados divulgados pelo IBGE mostram que a indústria também registra recuperação, embora ainda não a ponto de repor as perdas verificadas em março e abril. A mesma situação não ocorre no setor de serviços, de longe o segmento da economia mais afetado pela crise do novo coronavírus. Serviços recuaram 0,9% em maio e não deve ter havido mudança significativa nesse quadro em junho.
 
Mas se os setores da economia vão reagindo à medida que a flexibilização das atividades vai avançando por capitais e cidades do interior, o bate-cabeça dentro do governo continua a ser uma preocupação para empresários e investidores. A debandada de técnicos do Ministério da Economia nos últimos dias mostra uma divisão interna entre os liberais e uma ala mais desenvolvimentista e um embate entre conter os gastos limitando-os ao teto legal ou prorrogar o estado de calamidade em 2021 para que esse limite possa ser ultrapassado. É no meio desse debate está a prorrogação do auxílio emergencial que vem sendo pago pelo governo aos trabalhadores informais e assistidos do Bolsa -Família.
 
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, e para o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não há como prorrogar o auxílio emergencial de R$ 600 até o ano que vem sem que as despesas públicas sejam pressionadas. E como o auxílio é um dos fatores que têm contribuído para amenizar o impacto da pandemia sobre a atividade econômica, o seu fim sem que o desemprego tenha recuado pode ser um comprometedor para a recuperação da economia entre o fim deste ano e o início de 2021. Inicialmente previsto em três parcelas, o auxílio pago a cerca de 65 milhões de brasileiros foi prorrogado por mais dois meses. Os quase R$ 40 bilhões que a ajuda emergencial do governo joga na economia a cada mês amortizou a queda da atividade econômica. Resta saber se a reação da economia terá se consolidado até o término do pagamento do auxílio emergencial.

FUGA DE dólares

US$ 13,25 BIlhões. É o saldo negativo do fluxo cambial neste ano até 7 de agosto, conforme dados do Banco Central

Mais empresas

No mês passado, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o saldo de empresas abertas em julho foi de 168 mil, segundo dados do Ministério da Economia. Foram 250 mil novos registros no mês, contra 82 mil extinções de CNPJs. Do total de novas inscrições, 212 mil foram de pequenas empresas. Pelo Mapa das Empresas do Ministério da Economia, o Brasil fechou julho com 18,99 milhões de empresas ativas.

Combustível caro

A partir de hoje, a gasolina está 4% mais cara nas refinarias da Petrobras, enquanto o valor do óleo diesel foi reajustado em 2%. Esse é o sexto aumento seguindo no preço do diesel, enquanto a alta da gasolina é a primeira após a queda também de 4% anunciada pela estatal no fim de julho. Mesmo com os aumentos, os preços médios da gasolina e do diesel estão, respectivamente, 10% e 26% mais baixos no acumulado do ano.

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