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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Recuperação da economia mostra sua cara, mas ainda é gradativa

Os indicadores mais recentes mostram mudança de trajetória na economia, com aumento do consumo e dos investimentos, reação da indústria e do comércio, no entanto, a virada é muito lenta


postado em 12/12/2019 04:00 / atualizado em 12/12/2019 10:57

O comércio teve expansão de 1,6% de janeiro a outubro, bem inferior à variação de 2,8% medida no mesmo período de 2018 (foto: Bela Vista/Divulgação)
O comércio teve expansão de 1,6% de janeiro a outubro, bem inferior à variação de 2,8% medida no mesmo período de 2018 (foto: Bela Vista/Divulgação)

O consumo das famílias e a reação da indústria puxaram a economia brasileira no terceiro trimestre deste ano. A retomada dos dois explica o aumento nos investimentos, que também contribuíram para a reação do PIB. Mas, mais uma vez, não há motivos para a euforia. E isso não tem a haver com pessimismo. Os números mostram sim uma mudança de trajetória na economia, mas revelam também que essa virada é muito lenta. E mais, não é abrangente em termos das regiões do país e nem entre os setores da indústria. Números compilados pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) mostram que em termos de produção industrial regional, em 60% das localidades pesquisadas pelo IBGE o resultado do período de julho a outubro é pior do que o verificado de janeiro a junho deste ano.

Os números compilados pelo Iedi mostram que em 40% das regiões pesquisadas o resultado foi melhor entre um período e outro, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro. Como os dois estados são os mais industrializados, isso explica o crescimento de 0,8% do PIB industrial no terceiro trimestre. “Em 2019, a economia brasileira cresce, mas cresce sem a indústria. A alta do PIB total, de 0,6% no terceiro trimestre de 2019, com ajuste sazonal, não trouxe sinais de aceleração, mas conseguiu dar continuidade ao dinamismo que vinha apresentando. Em contrapartida, a indústria vem encontrando obstáculos para crescer”, aponta o Iedi em relatório recente. No ano, a produção da indústria está estável, com variação de 0,1%.

Isso porque a indústria de transformação, que agrega tecnologia e valor aos produtos básicos e tem maior interface com outros setores ficou no vermelho no terceiro trimestre, com recuo de 1% e acumula uma retração de 0,2% no ano. “Esta é uma razão do porquê a recuperação da economia como um todo teima em não ganhar vigor”, avalia o instituto. Apesar disso, o Iedi considera que a indústria “reúne forças para retomar o crescimento neste final de ano”, com o declínio da produção ficando menor com o passar do tempo. “No acumulado de julho a outubro, a indústria no país como um todo registrou -0,7%, isto é, a metade do que havia caído no primeiro semestre. Regionalmente, contudo, os sinais de melhora ainda estão mal distribuídos e contemplam apenas um grupo minoritário de parques industriais.

"Por hora, parece melhor trocar a euforia, pela expectativa realista de um crescimento econômico lento e gradual, ainda preso por problemas nas contas públicas, no custo/Brasil, no alto desemprego e por fatores externos, como a guerra comercial entre Estados Unidos e a China"


E não é apenas a indústria que mostra a lentidão da recuperação econômica. Os dados do comércio divulgados ontem pelo IBGE mostram que as vendas do setor cresceram pelo sexto mês seguido, com alta de 0,1% em outubro, mas revela perda de dinamismo na comparação entre os trimestres móveis, com queda de 0,6% no período encerrado em setembro para 0,4% no finalizado em outubro. Além disso, em setembro as vendas avançaram 0,8%. No acumulado do ano o setor tem alta de 1,6%, com avanço de 1,6% para 1,8% no resultado dos últimos 12 meses. Como de janeiro a outubro do ano passado o setor acumulava avanço de 2,8%, a reação este ano é de recuperação gradativa.

A mesma reação lenta é registrada no setor de serviços, que cresceu 0,1% em outubro, depois de ter caído 0,3% em setembro, na comparação com o mês anterior. Embora a queda acumulada no ano e em 12 meses venha perdendo fôlego, o setor ainda acumula retração de 0,2% em 2019 e o mesmo percentual de queda em 12 meses. Por hora, parece melhor trocar a euforia, pela expectativa realista de um crescimento econômico lento e gradual, ainda preso por problemas nas contas públicas, no custo/Brasil, no alto desemprego e por fatores externos, como a guerra comercial entre Estados Unidos e a China e a perda de dinamismo do país asiático, o que reduz os preços das commodities e afeta as nossas exportações.


Sobra da tv
R$ 1 bilhão
É o valor do dinheiro reservado para a migração da TV analógica para o sinal digital que não foi utilizado, segundo a Seja Digital, criada para administrar os recursos e distribuir kits à população.

Mori Energia
Com a coordenação do Bradesco, a Mori Energia Holding concluiu a emissão de R$ 300 milhões em debêntures não conversíveis em ações. Os recursos captados serão destinados à construção, à implantação e ao desenvolvimento de projetos de geração de energia solar distribuída com capacidade instalada total de 129 MW. Serão instaladas 32 usinas fotovoltaicas em cidades do Norte e Noroeste de Minas.

Remédio caro
Os brasileiros pagam 51,49% mais caro por um mesmo pacote de 13 medicamentos entre 50 países ricos e em desenvolvimento. O Brasil aparece como o mercado emergente mais caro no “2019 Medicine Price Index”, criado pela Medbelle, e que compara os valores da cesta de medicamentos em dólar. Uma das reclamações e explicações da indústria farmacêutica para os altos preços é a excessiva carga tributária.

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