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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Por um domingo de carnaval como nos velhos tempos

"A imprensa paulista pede Abel na Seleção. Porém o técnico do Palmeiras, embora vencedor, tem o mesmo defeito de Mourinho: é muito retranqueiro"


19/02/2023 04:00 - atualizado 19/02/2023 08:57

Carnaval na Praça Sete
O Campeonato Mineiro teve sequência ontem, mas as atenções estiveram voltadas mesmo para o Carnaval, como o da Praça Sete, no Centro de BH (foto: Gladyston Rodrigues /EM/D.A Press)


Hoje é domingo de Carnaval e a última vez em que me diverti na Festa de Momo foi em 2016, quando desfilei no Salgueiro com meu irmão Galvão Bueno, e depois fomos para a Camarote da saudosa Alicinha Cavalcanti. Já se vão sete anos e confesso que não sinto muita falta. Quando criança e adolescente, em São Cristóvão, brinquei muito Carnaval de rua, desfilei na minha escola de samba, a Mangueira, me vesti de Bate-bola (Clóvis) e de outras fantasias. Eram outros e bons tempos, sem violência, quando os desfiles eram na Avenida Antônio Carlos e as arquibancadas ficavam em cima do mangue. Com a construção do Sambódromo e Carnaval, virou atração para os ricos e para as atrizes, que ganham os postos de rainha da bateria, tirando o lugar da jovem da comunidade, que torce pela escola e que ajuda no Carnaval o ano inteiro.

Dito isto quero agradecer as centenas de mensagens que recebi apoiando a coluna de quinta-feira, cujo título foi “Um Fracasso Chamado Neymar”, uma das mensagens do meu ídolo, o doutor Teófilo Taranto, o “papa” da cirurgia estética. Ele concorda comigo em gênero, número e grau. Infelizmente, para nós, amantes do bom futebol, e que vivemos as décadas mais gloriosas do esporte bretão, Neymar jamais confirmou o que dele se esperava. Tornou-se um problema para o PSG e hoje vale três vezes menos do que custou, sendo que só um clube se interessou em fazer proposta por ele, o Chelsea. É preciso que falemos de Vinícius Júnior, Pedro, Rodrygo, Raphinha, Richarlyson, Anthony e de outros jovens valores que disputaram a Copa do Catar, ganharam experiência e, com certeza, disputarão o Mundial dos Estados Unidos, México e Canadá, que sediarão juntos em 2026. Neymar estará com 34 anos e 6 meses, e não acredito que possa finalmente brilhar num Mundial. Jamais foi protagonista de nada, exceto das redes sociais e festas badaladas. No campo de jogo, está devendo e muito.

Ramon Menezes será o técnico interino no amistoso de março, data Fifa, no Marrocos, até que Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, tenha o sim ou o não de Carlo Ancelotti, o preferido. Se ele não aceitar, Mourinho e Jorge Jesus são as outras duas opções. Na CBF não se aventa a possibilidade de um técnico brasileiro, pois não temos, neste momento, ninguém com tal capacidade. Acho que a CBF está certa em mudar o rumo e o quadro em busca do resgate da nossa identidade. Se nossos treinadores regrediram, e a maioria pratica o anti-jogo, azar o deles. Perderam espaço e não têm mais o apoio popular. Tite, Dunga, Mano Menezes e Felipão (este em 2014, nos 7 a 1) acabaram com o nosso futebol e são grandes responsáveis pelo péssimo momento que vivemos. Não temos mais Telê Santana e Carlos Alberto Silva. Não temos mais os grandes estrategistas, não temos mais técnico que usam a linguagem do toque de bola, drible, tabela e gol. Talvez por isso estejamos importando técnicos estrangeiros e, principalmente, portugueses, para melhorar nosso nível técnico.

A imprensa paulista pede Abel na Seleção. Porém o técnico do Palmeiras, embora vencedor, tem o mesmo defeito de Mourinho: é muito retranqueiro. Ele não se encaixa no perfil do presidente da CBF, que quer o resgate do nosso DNA. Eu traria Jorge Jesus. O português é doido para voltar a trabalhar no futebol brasileiro. Outro que me agrada muito é Marcelo Gallardo, que foi campeão com o River durante 5 anos e meio e pensa o futebol para frente. Não sei se o presidente da CBF teria peito para bancar um técnico argentino na Seleção Brasileira. Eu bancaria, pois ele faria um bem danado ao nosso futebol. Sem craques, sem técnicos de qualidade, mas com uma boa safra para 2026, podemos pensar em coisa melhor do que tivemos nas últimas cinco edições de mundiais. Pelo menos estarmos nas semifinais, seria um grande avanço. Já atingiremos a igualdade de nosso maior jejum de títulos, pois em 2026 chegaremos a 24 anos sem ver a cor da taça do mundo, a exemplo do que aconteceu de 1970 a 1994. O presidente da CBF precisa ser ágil, inteligente, prático e, principalmente, abrir os cofres da entidade, pois técnico estrangeiro, do nível de Ancelotti, não custará menos de R$ 100 milhões de salários anuais. Como a CBF não é banco e não tem fins lucrativos, que abra esse cofre e o contrate. O futebol brasileiro tem de estar sempre em primeiro lugar. Bom domingo de Carnaval, com segurança, paz e amor.


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