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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Os bandidos do futebol envergonham o país

"O futebol deveria ser prazer, lazer e gozação sadia. Porém, esses bandidos têm transformado os jogos em praças de guerra, onde vão para 'matar ou morrer'"


15/02/2023 04:00

Confusões no clássico
Policiais observam comportamento da torcida do Cruzeiro no clássico contra o Atlético, que teve muitos objetivos, como copos e calçados, arremessados no gramado (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)


O clássico de segunda-feira ainda vai render boas histórias e colunas. O golaço de Hulk, na falha de Rafael Cabral, as belas jogadas, o gol de Bruno, o corte profundo na perna de Nikão, a péssima atuação do árbitro, as mais de 40 faltas na partida, enfim, muita coisa a comentar. Porém, o pior de tudo foi a atuação das gangues que insistem em frequentar o futebol, sem que sejam inibidas, coibidas ou proibidas. Não sei que facção atirou tênis, copos de cerveja e água, isqueiros ou mesmo bombas – uma delas quase atingiu Paulo Pezzolano e o banco do cruzeiro –, mas a verdade é que é preciso que as autoridades deem um basta nisso, de norte a sul do país. Segunda-feira foi em BH. No próximo fim de semana, se houver um clássico em outro estado, os bandidos lá estarão para sujar o espetáculo. Antes mesmo do clássico entre Cruzeiro e Atlético, a polícia fez incursão em sedes de “torcidas organizadas” e encontrou todo tipo de artefato de briga e guerra. Curiosamente, os caras são presos e voltar a frequentar os estádios.

Tomamos conhecimento que duas facções, de Cruzeiro e Atlético, estavam impedidas de frequentar estádios, mas é sabido que eles vão sem nenhuma alusão ao nome das tais “torcidas”, se aglomeram e cometem as barbáries de sempre. Imagine o pai que leva o filho, a mãe, a avó para assistir a um clássico? Ele vai ao estádio, mas não sabe se voltará com vida ao convívio de seus familiares. Os casos são recorrentes e ao invés de falarmos dos dribles, dos gols, da situação das equipes em campo, as cenas de vandalismo e violência preenchem as manchetes de jornais e TVs. Cenas que envergonham qualquer cidadão de bem. Não há mais jeito: campanhas foram feitas, a polícia já se reuniu com os líderes dessas gangues e nada é resolvido. É preciso que a sociedade de bem e os torcedores anônimos façam passeatas, pacíficas, campanhas, e peçam as autoridades competentes a extinção de tais facções que sujam o futebol brasileiro. Temos em Minas Gerais o melhor procurador-geral do Brasil, doutor Jarbas Soares Júnior, homem de diálogo, amigo de todos nós, atleticano de quatro costados e que frequenta os estádios. A sociedade de bem faz um apelo a ele para que interceda de forma veemente e acabe com essas facções. Ninguém suporta mais.

Um cara que vai ao campo de jogo levando uma bomba não é um torcedor, é um bandido, um terrorista. Esse cara não pode conviver com os torcedores do bem. Ele tem que está alijado da sociedade, preso. Vivemos tempos difíceis, de violência extrema em todos os níveis. O futebol deveria ser prazer, lazer e gozação sadia. Porém, esses bandidos têm transformado os jogos em praças de guerra, onde vão para “matar ou morrer”, como dizem em seus cânticos. O adversário vira inimigo mortal se portar outra camisa. É agredido até a morte, como já vimos em cenas terríveis em clássicos de norte a sul do Brasil. Isso não pode ser normal. Tá errado, é crime, e crime se pune com os rigores da lei. Temos exemplos, principalmente do passado, onde as facções eram sustentadas pelos dirigentes, irresponsáveis e coniventes. Outro dia a presidente do Palmeiras disse que não daria dinheiro para uma facção palmeirense. Imediatamente picharam o muro do CT do Palmeiras, com ofensas a ela. Isso tem que ter um fim, e o fim é a extinção dessas facções.

Acho muito bonito o espetáculo das torcidas, com mosaicos, faixas e coreografias que enaltecem o espetáculo. Hoje os torcedores fazem coreografias com os celulares e tudo isso é muito legal. O problema é que as facções entram em ação e acabam com tudo o que é bonito. Quem não sabe viver em sociedade, respeitando a lei, não pode frequentar um estádio de futebol ou qualquer evento público. No Carnaval de rua de São Paulo, vários bandidos foram presos, roubando, principalmente, celulares. Eles estão em todos os cantos.  Por que isso não acontece na Europa? Porque lá os clubes é que são punidos! Então, se a Justiça não consegue acabar com as facções, que os clubes sejam punidos, cada vez que houver fatos como os de segunda-feira. Não só o mandante, mas ambos, pois não tem mocinho nessa história. Quem atira objetos em alguém ou joga bombas no campo tem que ser tratado como bandido. Não há outro termo! Pelo fim das facções organizadas e pela volta da paz nos estádios. Se você é a favor, organize manifestações ordeiras, pacíficas e proteste. Meu amigo, doutor Jarbas, craque no que faz, Procurador respeitadíssimo e que representa o nosso Ministério Público com maestria, nos ajude nessa questão. O senhor e todos os procuradores e autoridades terão o respaldo das pessoas de bem deste país. Chega de violência. O torcedor de bem quer ir aos jogos, torcer e voltar para casa em paz, independentemente do resultado. Chega, basta, ninguém suporta mais!

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