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Estado de Minas COLUNA DE JAECI CARVALHO

Amistoso da Seleção valeu pelo time ofensivo; cuidado com o oba-oba!

Claro que eu gostaria de ver um Brasil x Alemanha, mas sobrou apenas Gana, que é muito fraca


23/09/2022 17:33

Richarlison marcou dois gols na vitória do Brasil sobre Gana
Richarlison marcou dois gols na vitória do Brasil sobre Gana (foto: Damien MEYER / AFP))
 
O Brasil goleou Gana em Le Havre, França, por 3 a 0, pela fragilidade do adversário, porém por seus próprios méritos. Quando a Seleção Brasileira entra em campo para um amistoso, o que menos me importa é o placar. Amistosos servem para ajustar a equipe, para os jogadores corrigirem seus defeitos e se prepararem para as competições oficiais. Claro que eu gostaria de ver um Brasil x Alemanha, mas sobrou apenas Gana, que é muito fraca. 

A questão era saber como os jogadores brasileiros iriam se comportar. Confesso que ver Thiago Silva no time é uma decepção. Já nos entregou em várias competições, mas a insistência do treinador com ele é absurda. Felizmente, parece que ele esqueceu, definitivamente, Fernandinho, Paulinho e Renato Augusto e Fágner, seus protegidos.

Vamos falar a verdade: o grupo do Brasil na Copa é dos mais fracos da história com Sérvia, Suíça e Camarões. Em condições normais, o time brasileiro passa com os pés nas costas. 

O que a gente esperava no jogo contra Gana era ver o desempenho ofensivo, já que Tite escalou 3 atacantes de ofício - Raphinha, Richarlyson e Vinícius Júnior- com Neymar de 10 verdadeiro. 

Mas quem fez o primeiro gol foi Marquinhos. Escanteio batido e ele subiu livre. O goleiro e os zagueiros falharam. O Brasil deitava e rolava. Era jogo de um time só. Não sei até que ponto esse tipo de jogo acrescenta algo. Pode iludir, pela facilidade encontrada. Os jogadores viram que estava fácil, e até pecaram por excesso de preciosismo. 

Richarlison fez o segundo gol, chutando da entrada da área. Que moleza! Vejam vocês o que é uma Copa do Mundo. O Brasil vai jogar os 3 primeiros jogos contra adversários fracos, e, nas oitavas, pode até pegar Gana. Por isso eu digo. A Copa do Mundo, de verdade, começa nas quartas de final, e, dependendo de quem vai pegar. Poderemos pegar também Portugal ou Uruguai. 

Tirando a "babação" de ovo no Neymar, que joga numa Liga fraquíssima, e estava sendo elogiado como se estivesse estraçalhando na Inglaterra, gostei do que vi. Realmente ele está mais disposto, reclamando e caindo menos. Isso já é um grande avanço. 

Richarlison fez o terceiro, de cabeça. Era como tomar doce da mão de uma criança. Tudo isso aconteceu no primeiro tempo. Na fase final, o time caiu muito, com as alterações. É o tipo de amistoso que nada nos acrescenta.

A sorte está sorrindo para Tite, a dois meses da estreia do Brasil na Copa do Mundo. Os jovens valores, que pedem passagem há algum tempo, estão ganhando espaço. Renato Augusto, Paulinho, Fernandinho e outros engodos, convocados por ele, fazem parte de um passado sombrio. Ainda nos assombram Daniel Alves e Thiago Silva, mas, tenho certeza, de que os "deuses do futebol" vão conspirar a favor do povo brasileiro, e ambos ficarão na reserva no Catar.

A hora é de Neymar brilhar com a 10, de Paquetá, Antony, Raphinha, Mateus Cunha, Pedro, Rodrygo, Vini Júnior. Olha quanta gente boa surgiu na reta final, para nos dar a esperança do hexa! 

Cabe a Tite saber mexer o doce, ajustar as peças e seguir rumo a decisão. E olha que ele tem o que nenhum outro treinador teve na história do time canarinho: 6 anos de trabalho ininterruptos. Fez o que quis, mandou e desmandou, errou, acertou, perdeu, foi eliminado, ganhou taças e entregou uma para a Argentina, em pleno Maracanã. Porém, com tudo isso, foi mantido por 3 presidentes da CBF, inclusive o atual, e terá carta branca até o Mundial. 

Se Tite fracassar será por pura incompetência. E para lhe dar condição maior, a França, apontada por todos nós, como uma provável finalista, tem hoje 13 jogadores machucados, e vários titulares, entre eles, Benzema, Pogba, Kante, Kimpebe. 

Enfim, os astros estão virando o jogo a nosso favor. Eu tenho um palpite de que Argentina e França farão a final da Copa do Catar, mas vejo o Brasil hoje muito mais forte, a Alemanha como uma incógnita, e Espanha, Inglaterra e Bélgica, Holanda correndo por fora. 

Tomara que minha previsão esteja errada e que no dia 18 de dezembro, o Brasil esteja no palco da final, quem sabe, contra a Argentina, o que seria uma final inédita, como foi em 2002, contra a Alemanha, aliás, na única vez que se enfrentaram em Copa do Mundo até aquele momento, pois houve os 7 a 1, em 2014, justamente na Copa na nossa casa. 

Espero que Tite esteja iluminado e possa por na Copa um ataque como o que pôs diante de Gana. É isso o que queremos ver. Jogadores leves, talentosos, que usam o drible e a arte para desequilibrar os adversários, furar defesas, e comemorar dançando. 

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