(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Viva o clube-empresa no futebol brasileiro

Chegou a hora dos CEOs, remunerados, que têm de dar lucros e taças e mostrar gestão competente, eficiente e transparente


20/03/2022 04:00 - atualizado 19/03/2022 17:40

Ronaldo, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro
Ronaldo, sócio majoritário da SAF do Cruzeiro (foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
 O clube-empresa chegou ao futebol brasileiro e o caminho é sem volta. O clube que não se enquadrar nessa nova filosofia, não sobreviverá, por mais dinheiro que tenha – e a gente sabe que todos os clubes brasileiros têm dívidas imensas. Por isso mesmo, estão se organizando e buscando, principalmente no mundo árabe, investidores que queiram comprá-los para dar equilíbrio financeiro e técnico. 

É sabido que os petrodólares não param de "jorrar" e, se antes o mercado do Oriente Médio servia para receber nossos atletas, agora servirão também para aportar dinheiro nos nossos clubes.

Com a chegada desse novo formato de gestão, não há mais espaço para os presidentes amadores, que vivem aparecendo em jornais e TVs. Eles, serão, no máximo, presidentes da piscina, do cloro, da sede social. Por isso, alguns ainda relutam em aprovar o clube-empresa, com medo de perder o status. São egoístas, egocêntricos, despreparados e nunca deram um chute na bola. 

As gestões são terríveis e os clubes estão na bancarrota justamente por isso. Pagam salários irreais, sem ter dinheiro e orçamento para tal, vão contratando a rodo, e no fim, ficam sem a taça e mais endividados ainda.

Isso vai acabar em breve. Vasco, Cruzeiro, Botafogo, Bragantino e todos os outros clubes começam a tomar corpo com o novo formato de gestão. Alguns estão esperando o momento certo, tentando valorizar mais o produto, em busca de milhões de reais a mais. 

Outros, como o Flamengo, não fazem movimento para tal transformação, mas serão engolidos pelo novo sistema. O Flamengo ainda deve uma fortuna no mercado, embora tenha sido ajustado, financeiramente, na gestão Bandeira de Melo, o melhor presidente da história do clube, sob o ponto de vista econômico.

Ganhou apenas uma Copa do Brasil, mas saneou o rubro-negro. Poucos reconhecem isso, pois só valorizam taças. E os troféus que o Flamengo ganhou na gestão Landim só aconteceram porque a casa estava arrumada. Méritos para Bandeira de Melo.

Por mais que fature, que tenha 44 milhões de torcedores, o Flamengo não está acima do bem e do mal. Vai precisar se transformar em SAF, se quiser sobreviver. Não há mais espaço para diretores amadores, aqueles que supostamente, fazem "rachadinha" com empresários em negociações. 

Chegou a hora dos CEOs, remunerados, que têm de dar lucros e taças e mostrar gestão competente, eficiente e transparente. Eles darão satisfação aos donos dos clubes.

Vejam como o Cruzeiro mudou de patamar com a chegada de Ronaldo Fenômeno. O clube evoluiu tecnicamente e está se ajustando, financeiramente, gastando somente aquilo que pode, dentro de um orçamento previsto para a temporada, na casa dos R$ 35 milhões, ao passo que a antiga gestão queria gastar R$ 90 milhões, sem ter um centavo. 

Viram como são irresponsáveis os dirigentes amadores? Torço muito para Ronaldo dar certo, pois como jogador foi dos melhores que vi e como empreendedor tem acertado em suas negociações. Ele tem o apoio irrestrito da torcida e o time, neste ano, tem boas chances de subir. Tem organização, corpo e alma.

Sei que existe esse imbróglio de anexar as Tocas I e II ao contrato de compra que Ronaldo deverá exercer nos próximos dias. A torcida não perdoa conselheiros que são contra, mas é preciso separar o joio do trigo.

Tem gente boa que ajudou demais o clube e que não merece ser agredido via rede social. Pedrinho, do Supermercados BH, só fez bem ao Cruzeiro. Ajudou o clube nos momentos mais difíceis e as portas não foram fechadas, graças a ele. O ataque que ele tem sofrido é injusto. Assim como Régis Campos, que nem conselheiro é e também já ajudou as finanças do clube. 

Que seja feito o melhor para o Cruzeiro, pois o que o torcedor mais deseja é vê-lo na elite, que é seu lugar de origem. 

Viva o clube-empresa, viva os CEOs, viva a organização do nosso futebol. Teremos campeonatos mais equilibrados e mais fortes, com vários clubes em condições de ganhar taças. O modelo atual, é falido, retrógrado e ultrapassado.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)