(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas JAECI CARVALHO

Cruzeiro dá vexame e é goleado no Mineirão

Um time sem comando, sem qualidade, sem brilho, que virou chacota nacional


17/07/2021 18:34 - atualizado 17/07/2021 18:34

E o Cruzeiro penando em seu segundo ano na Segundona. Terra arrasada(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
E o Cruzeiro penando em seu segundo ano na Segundona. Terra arrasada (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O Cruzeiro treinou durante uma semana. Botou em campo o que supostamente havia de melhor, mas tomou de 3 a 0 do Avaí, gols de Serrato e Renato (2), e continua seu calvário na Segundona. A defesa mais vazada da Série B, com 22 gols sofridos.
 
Um time sem comando, sem qualidade, sem brilho, que virou chacota nacional. Os adversários deitam e rolam, fazem o que querem e nem dão bola para esse clube, que é um gigante do futebol brasileiro, mas que está quase insolvente.

Será que os jogadores do Cruzeiro leram a matéria no Superesportes, do repórter Rafael Arruda, que entrevistou o economista Cesar Grafietti, onde ele fala da necessidade urgente de o time azul voltar à série A?
 
Segundo ele, o Cruzeiro não pode passar mais uma temporada na B, pois subindo, terá as receitas que lhe permitirão se recuperar. Estagnado na B, ele fica sem as receitas da TV, na elite, e ainda sem público no estádio, já que a pandemia impede.
 
Dessa forma, espero, sinceramente, que os atletas tenham lido e entendam a importância da volta ao principal grupo do futebol brasileiro. É sabido que o time atual é muito fraco e ruim. Primeiro, pela falta de comandantes que entendam de futebol no clube. Segundo, por terem escolhidos jogadores apenas razoáveis, que, dificilmente levarão o time estrelado ao seu lugar de origem.

Como escrevi outro dia, qualquer adversário encara o Cruzeiro de igual para igual, até mesmo no Mineirão. O Avaí é daquela turma que cai num ano e sobe no outro, a turma da gangorra. E o Cruzeiro penando em seu segundo ano na Segundona. Terra arrasada.

O time cruzeirense ficava olhando os jogadores do Avaí tocarem a bola. Copete foi driblando e tocou para Serrato, ajeitar e chutar de fora da área, no canto de Fábio. Avaí 1 a 0. A facilidade para os adversários é grande. Não sei o que o Cruzeiro vê em Ariel Cabral. Um argentino lento, sem garra, raça ou qualidade. Mas foi titular nesse jogo. Gente, com 20 minutos, o Cruzeiro não deu um chute a gol. O primeiro chute foi com Bruno José, aos 28 minutos.
 
E foi ele quem também tentou, entrando pela direita, e o goleiro segurou firme. Fico a me perguntar: que tipo de treinamento o técnico Mozart está dando? Os caras tiveram uma semana para aperfeiçoar as jogadas e corrigir os erros, mas a partida foi horrível. Um time sem criatividade, imaginação, que vive de escanteios ou cruzamentos em que os laterais se livram da bola. Que vergonha!
 
As desculpas nas entrevistas são sempre as mesmas: “o adversário marcou bem, não deu espaços, mas, vamos ver se no segundo tempo e gente muda isso”. Discurso previsível e ensaiado. A situação do Cruzeiro me parece insustentável. A realidade de mais um ano na Segundona e iminente!

Esperava-se outro tipo de postura na etapa final. Com 3 modificações, Mozart esperava mudar a postura do time. Finalmente o lateral conseguiu fazer um cruzamento certo. A bola achou Marcelo Moreno, que cabeceou forte, no travessão. Foi a melhor jogada do Cruzeiro em todo o jogo.
 
Em seguida, Felipe Augusto chutou de primeira, mas longe do gol. Pelo menos a equipe chegava mais do que nos primeiros 45 minutos. Observem a velocidade e o ritmo do futebol europeu e vocês perceberão a diferença para o brasileiro. É abissal. Os jogos no Brasil não têm intensidade, qualidade, organização. Isso nas séries A e B.

Numa boa jogada em que fez tabelas, o Cruzeiro chegou com Marcinho, chutando da entrada da área, nas mãos do goleiro. Como diz uma amiga minha: “o que a gente vê no Brasil é tudo, menos futebol”. Parece que é outro esporte, tamanha a mediocridade.
 
Marcelo Moreno teve outra chance em cabeçada para fora. Rômulo, sozinho, no meio-campo, tentou dar um passe e pôs a bola para a lateral. É o reflexo de um time mal estruturado, mal gerido, mal administrado e mal treinado. E ainda tem gente querendo iludir o torcedor. Time medíocre, abaixo de qualquer crítica.

No contra-ataque, o Avaí tocou de pé em pé, até que Getúlio, cara a cara com Fábio, tocou para Renato fazer Avaí 2 a 0. O Cruzeiro é um horror! O técnico, Mozart, suspenso, deve ter mandado o auxiliar tirar zagueiro, lateral, e por volante na zaga, um “samba do crioulo doido”. E o Avaí fez o terceiro com Renato, novamente, cara a cara com Fábio. 3 a 0.
 
O Cruzeiro, goleado pelo time catarinense, no Mineirão. É realmente o fim de um gigante, hoje, maltratado, desrespeitado, com um dos piores times de sua história. Treinou uma semana para dar vexame no Mineirão. E semana que vem tem mais. O Cruzeiro vai a Belém, pegar o Remo. Mais sofrimento a caminho.



*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)