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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Digo não a todas as competições esportivas

Sou contra Copa América, Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, ou qualquer competição esportiva neste momento


05/06/2021 22:15

Mineirão vazio durante a pandemia de COVID-19(foto: Mineirão/Divulgação)
Mineirão vazio durante a pandemia de COVID-19 (foto: Mineirão/Divulgação)

Desde o começo da pandemia, me posicionei contra a volta do futebol, enquanto toda a população brasileira não estivesse vacinada. Como já escrevi outras vezes, sou jornalista, com formação na Universidade Gama Filho, e já trabalhei na "geral" durante 2 anos, na TV Globo, e até mesmo aqui no Estado de Minas.

Estou no futebol porque sou um apaixonado pelo esporte bretão. Na verdade, não esse que se pratica no Brasil, atualmente. Estou falando do futebol de Éder, Cerezo, Reinaldo, Dirceu Lopes, Evaldo, Nelinho, Zico, Adílio, Sócrates, Falcão, e outros gênios da bola.

Porém, se o futebol acabasse no mundo, com certeza eu voltaria a trabalhar na geral (onde se faz de tudo um pouco) com a maior tranquilidade. Sempre li muito e me preparei, inclusive, fazendo um ano de português-literatura antes de ingressar no jornalismo.

Conhecer a nossa língua é fundamental. Como o brasileiro lê pouco e os governantes não permitem que o povo tenha acesso à educação, a ignorância prevalece.

Sou radicalmente contra a realização da Copa América no Brasil, competição preterida por Colômbia e Argentina. Como sempre fui contra a volta dos estaduais, Brasileirão, Copa do Brasil, ou qualquer competição esportiva. Sempre votei pela vida e pela vacina.

Como o Brasil é um país dividido, politicamente, com o ódio encravado na população, cada um lê a notícia e a interpreta do jeito que melhor lhe convém.

O fato de eu ser contra não significa que não tenha que cobrir as competições. Sou empregado, e como tal, tenho deveres e obrigações, que rezam em meu contrato de trabalho. E cubro com a mesma dedicação de sempre, dos 40 anos de carreira, procurando emitir a minha opinião.

Não é preciso que concordem comigo, mas educação e respeito é fundamental. Quando a gente ouve um presidente agredir companheiros de profissão, é muito triste. O “líder”, que deveria dar o exemplo, é o primeiro a usar palavras de baixo calão.

Também não quero discutir sobre presidente A ou B. Meu voto, todos conheceram na última eleição, e foi no atual presidente, inclusive, com campanha para ele no meu instagram, por querer um Brasil melhor.

Mas isso não implica dizer que tenho que concordar com ele em tudo. Pelo contrário, discordo da maioria de suas atitudes, principalmente, quando negou a pandemia do coronavírus e a compra de vacinas.

Tivesse ele sido um líder e acreditado na doença, comprando vacinas, hoje não teríamos o absurdo número de 472 mil mortos pela COVID-19. Como também não concordo com a volta de um condenado pela Justiça. Um cara acusado de desvios públicos bilionários. Talvez haja uma terceira via e ela pode se chamar Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Íntegro, sério, correto e competente.

Dito isso, para esclarecer a alguns odiosos e ignorantes o meu ponto de vista, vou continuar cobrindo o futebol e, mesmo se houver Copa América, vou fazer meu trabalho normalmente. Vivo disso, sou pago para isso e tenho minhas responsabilidades e uma família para sustentar.

E vou fazer com a mesma empolgação de sempre, pois o futebol é emoção. Só não comemoro nada enquanto nossa população não estiver totalmente vacinada. Não comemorei o bicampeonato do Flamengo, o octa brasileiro, pois acho que não há o que comemorar com essa crise mundial.

Aliás, os odiosos querem até mandar no meu time. Querem escolher por mim. A que ponto chegamos. Eu torço para quem eu quiser. É um direito meu, e não há aquele que possa se intrometer nisso.

Sempre respeitei todas as instituições e sempre procurei enaltecer o futebol mineiro. Porém, há os odiosos, os dadaístas, que são contra tudo e contra todos. Como diz muito bem minha esposa: "São os incultos médios". Quem não sabe o que é, vá estudar psicologia e ler sobre o pai da psicanálise, Sigmund Freud.

E para fechar, como escrevi na coluna de ontem, esperar que Tite e Neymar sejam contra a realização da Copa América é o mesmo que achar que o “sargento Garcia vai prender o Zorro". Tontos somos nós de acreditarmos nisso. Esses caras só olham para o próprio umbigo.

Tomara Deus que não tenham perdido parentes ou amigos, vítimas da COVID-19. Talvez tivessem uma atitude sensata. Sou contra Copa América, Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, ou qualquer competição esportiva neste momento. Porém, repito: como empregado e cumpridor dos meus deveres, estarei aqui, escrevendo e comentando sobre o esporte bretão.

Por ser assim, tenho uma carreira abençoada, premiada e bem sucedida. É difícil encontrar alguém com tantos anos de casa e tanto orgulho de vestir a camisa da empresa, como eu. São 33 anos de Estado de Minas, o Grande Jornal dos Mineiros, queiram ou não os invejosos.

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