
A partida foi paralisada por 3 vezes, no primeiro tempo. Na terceira, foram 6 minutos. Os jogadores desceram para o vestiário, mas retornaram para finalizar os primeiros 45 minutos. E no finzinho, mais uma paralização. Todo mundo coçando os olhos. Que mundo é esse!
Enquanto a bola rolou, o jogo foi bom. O América é fraquíssimo e o Galo teve inúmeras chances de liquidar a fatura, mas o goleiro colombiano Graterol, estava em noite inspirada. Mesmo assim, Hulk fez 1 a 0, de cabeça, em cruzamento de Nacho Fernández. O América empatou logo em seguida. Contra-ataque puxado pelo meio, Moreno recebeu na direita, invadiu a área, driblando e chutou rasteiro, no canto de Everson, que para mim, falhou. Aos trancos e barrancos, depois de 5 paralizações, o primeiro tempo terminou empatado.
Lembro-me de um jogo do Flamengo, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, ano passado, em pleno pico da pandemia, em que os jogadores rubro-negros comemoravam gols, e ao lado, no hospital de campanha, montado, pessoas morriam pela Covid-19. Ou seja: para os dirigentes, a vida vale pouco.
E olha que teremos Copa América, na Colômbia, no próximo mês. Será que teremos mesmo? Fosse a Conmebol uma entidade preocupada com a vida, e já teria cancelado a competição naquele país, mudando a sede. Vejam que na Uefa a coisa funciona. A final da Champions League, marcada para Istambul, dia 29, foi transferida para a cidade do Porto. Manchester City e Chelsea decidirão a taça no estádio do Dragão. A cidade turca não tem condições de receber as delegações e jornalistas, por causa do aumento da pandemia do Coronavírus. No Porto, serão liberados 12 mil torcedores no estádio.
Eu esperava a suspensão da partida do Galo, mas não foi o que aconteceu. Os protestos continuavam, do lado de fora, e o jogo foi reiniciado. Será que havia policiamento suficiente para garantir a integridade dos jogadores, técnicos e todo o pessoal que trabalhava na partida? E se os manifestantes resolvessem invadir o estádio? Que vergonha!
