O América podia perder até por um gol de diferença, que estaria na final do Mineiro, para enfrentar o Galo. E logo no primeiro lance, Adriano escorregou e Alê chutou forte, de fora da área, raspando a trave. O que mostrava que o Coelho não iria se debruçar em cima da vantagem. O América é o melhor time de BH, desde a temporada passada. Mais organizado, mais bem treinado, com jogadores de muita qualidade. A prova disso foi a campanha na Copa do Brasil, onde foi semifinalista, e o vice-campeonato da Série B, com a mesma pontuação da campeã, Chapecoense.
O Cruzeiro queria chegar à final, mas, se não desse, isso não afetaria sua estratégia de querer voltar à elite do nosso futebol. Coelho e Galo já estão lá, e o time azul vive o drama do segundo ano seguido na B. A gente percebe um Cruzeiro mais organizado, com jogadas ensaiadas, com marcação forte, mas ainda longe do ideal. Mas a equipe de Felipe Conceição tinha dificuldades para entrar na defesa do América.
O Cruzeiro deu o primeiro chute a gol com Airton. A bola desviou na zaga e foi à córner. O América era melhor, mas não traduzia isso em gols. Chegava bem, mas não caprichava no último passe. Já o time azul, tinha muitas dificuldades para entrar na área americana. A melhor jogada foi com Sóbis que lançou Cácerez. Ele tocou para Bruno José chutar para fora. Bruno Nazário cruzou da esquerda. Juninho cabeceou para o chão e a bola foi na trave. Uma belíssima jogada. De fora da área, Airton chutou forte para Cavichioli defender. O América pediu um pênalti em Rodolfo, mas realmente o toque no rosto dele não foi forte o suficiente para o VAR confirmar a suposta penalidade.
Falta para o Cruzeiro, no rebote, Cácarez, livre, dentro da área, chutou por cima, perdendo uma grande chance. Não teve a tranquilidade para dominar a bola e fazer o gol. Na jogada seguinte, Bruno Nazário entra cara a cara com Fábio. O Paredão Azul fecha a porta e faz defesa gigante. Escanteio para o Cruzeiro, a zaga rebateu e Bruno José chutou, de primeira, no ângulo. Cavichioli foi lá e espalmou. Que defesa maravilhosa! O jogo era muito bom. Escanteio para o América. Na cobrança, Eduardo Bauemer é empurrado. O árbitro maraca pênalti, confirmado pelo VAR. Rodolfo bateu e fez América 1 a 0, aumentando a vantagem, no fim do primeiro tempo. Com esse resultado, o Cruzeiro teria que fazer 3 gols.
O segundo tempo começou Com o Cruzeiro precisando de 3 gols em 45 minutos, para chegar à final. Tarefa das mais difíceis, por causa da competência do time americano, e da incompetência do ataque azul. O Cruzeiro perdeu grande oportunidade quando Airton, na marca do pênalti, recebeu um presente do Diego Ferreira, mas chutou fraco, nas mãos do Cavichioli. O Cruzeiro teve outra chance com Cácerez, que chutou forte e Cavichioli salvou. Fábio salvou o Cruzeiro em chute de Felipe Azevedo. O segundo tempo estava quente, com boas chances para os dois lados. O Cruzeiro vacilou na saída e quase o América amplia. Muito estranho ver Bissoli, que chegou agora, fazendo sua estreia, e Marcelo Moreno, sequer relacionado. Será que o “Flecheiro Azul” está de saída? E o Cruzeiro empatou com Matheus Barbosa, de cabeça, em cruzamento de Matheus Pereira. 1 a 1.
O América perdeu mais um gol com Alê, que chutou no travessão. No rebote, o América pediu pênalti em toque de Ramon. O árbitro, Fernando de Lima, foi chamado pelo VAR para analisar no monitor e confirmou a penalidade. Rodolfo bateu, novamente, e fez América 2 a 1. Goleiro de um lado, bola no outro. Novamente o Cruzeiro precisava fazer 3 gols para avançar. Faltando 20 minutos era uma missão quase impossível. O Cruzeiro tem pouca iniciativa ofensiva. E Fábio ainda evitou o terceiro gol, em grande defesa. No apagar das luzes, Ramon recebeu e fez 3 a 1, matando o Cruzeiro. O América está na finalíssima. O Cruzeiro, pelo segundo ano, consecutivo, fora dela, deixando sua torcida frustrada. Não que o Mineiro valha nada, assim como todos os estaduais, mas é preocupante a situação atual. Na Série B, com esse grupo, o Cruzeiro terá muitas dificuldades.