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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Exclusivo: Sampaoli só conversa e confia em Gabriel Andreata e nos investidores

Segundo uma fonte próxima ao treinador, o primeiro a saber sobre qualquer jogador que interessa ao argentino é Andreata


23/09/2020 12:53 - atualizado 23/09/2020 13:19

Jorge Sampaoli, técnico alvinegro, que trabalha muito e conversa pouco(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Jorge Sampaoli, técnico alvinegro, que trabalha muito e conversa pouco (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Bati um longo papo com uma fonte ligada ao homem de confiança de Jorge Sampaoli, Gabriel Andreata. Ele trabalhou com o técnico argentino pela primeira vez no Peru e, de lá para cá, tem sido o fiel escudeiro do treinador. Ele é carioca e funciona como uma espécie de diretor de futebol, elo entre o técnico, jogadores e diretoria. Por isso, quando o Galo contratou Alexandre Mattos para diretor de futebol, Sampaoli fez cara feia, mas não contestou. Entretanto, só confia em Gabriel Andreata, que também faz a prospecção de atletas e planejamento. Qualquer jogador que Sampaoli deseja contratar, ele fala primeiro com Andreata. 


Mas aí surge uma figura da mais alta confiança do grupo que manda no Atlético hoje: Renato Salvador. De uma família tradicional, dona da Rede Mater Dei, e atleticana até debaixo d’água, Renato é o homem da confiança de Rubens Menin e Ricardo Guimarães. Se ele aprova o jogador, Menin manda fazer o cheque. Caso contrário, nada feito. Isso implica em dizer que o Galo não precisa gastar o dinheiro que gasta com o atual diretor de futebol, que não tem a confiança do técnico. Renato Salvador pode até surgir como o nome de consenso para a presidência do clube, pois se dá bem com todos.

 

Nas quatro primeiras vezes em que esteve em contato com o Atlético para fechar contrato, Sampaoli se reuniu com os empresários que fizeram a negociação e com os investidores. Inclusive, os empresários foram ao encontro do técnico no avião de Menin. Quando fechou o contrato, na casa de Renato, no Belvedere, no quinto encontro, foi quando ele foi apresentado ao presidente do clube. Ali, já havia sido definido valor salarial dele e da comissão técnica e também os nomes que o técnico desejava. Naquele encontro, ele ficou sabendo que o Atlético já estava apalavrado com o goleiro Rafael e foi categórico ao dizer ao presidente que respeitava, mas que queria um goleiro que soubesse jogar com os pés. Naquela época, o preferido era o uruguaio Campaña, que eu noticiei em primeira mão. Tanto tentou, que conseguiu agora Everson, que já chegou barrando Rafael. Boas taças de vinhos, dos melhores, selaram o acordo de Sampaoli com a cúpula que manda financeiramente no Galo.

 

O trabalho dele do dia a dia é muito duro. Chega cedo e sai tarde. De pouca ou nenhuma conversa, dá bom dia e boa noite. Só se abre com seus pares da comissão técnica, e nada mais. Se os dirigentes estavam acostumados a fazer churrasco com Thiago Largui, tomar café com Levir Culpi e muitas resenhas, com o técnico argentino isso não existe. E, como muito bem disse o presidente, ele é pago para trabalhar e tem feito seu papel muito bem, pondo o Galo como líder do Brasileirão. Sampaoli fica irritadíssimo quando é contrariado. Ameaça largar o clube e bate o pé. O episódio dos salários atrasados o irritou muito, segundo a fonte, e ele disse que não trabalhava assim. Heverton Guimarães, que deu a notícia, estava muito bem embasado. Falou a verdade.

Que Sampaoli não queira intimidade com os dirigentes, é um direito legítimo dele. Porém, ele precisa entender que existe uma hierarquia e que isso deve ser respeitado. Na minha visão, ele deve satisfação ao mandatário maior, mas não é assim que ele age. Como relatei, se reporta somente a quem banca as contratações. Foi assim no Santos, quando criou mil problemas e saiu pela porta dos fundos. Como o Galo faz bela campanha e é líder, o torcedor idolatra o argentino. Até quando durar essa lua de mel. Se as derrotas vierem, garanto que vão mudar do dia para a noite. No futebol, não há amor que dure 12 horas. Mas uma coisa precisa ser dita: se nos bastidores o Galo vive momentos de indefinição e trapalhadas, dentro de campo é o time mais regular da competição, e que os problemas externos não atrapalhem o time nos gramados e no objetivo de conquistar o bi do Brasileiro.

 

Volta do público

Ministério da Saúde e CBF acenam com a volta de 30% do público nos estádios do Brasil. Acho cedo e prematuro, diante de tudo o que estamos vivendo na pandemia do coronavírus. Na Europa, onde começou a se controlar o vírus em fevereiro, já há países fazendo novo lockdow, caso da Inglaterra, porque os casos estão voltando de forma acelerada. Lá, o primeiro ministro Boris Johnson já disse que nos próximos seis meses não haverá público nos estádios. Entendo a posição dos clubes, quebrados e falidos, mas eles já estavam nessa situação antes da pandemia, por más gestões. Não custa nada esperarmos a vacina chegar e, aí sim, termos segurança para o público. Não se justifica alegarem que bares, feiras e praias estão lotados. Estão sim, mas pela irresponsabilidade das pessoas, que não estão nem aí para os outros. Alguns e goístas, que já tiveram a doença e não se importam com mais nada. Precisamos ter consciência e responsabilidade. Enquanto não houver vacina para a população, é um crime liberar determinados eventos ao público. 

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