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Estado de Minas COLUNA DE JAECI CARVALHO

Organizadas e torcida do Atlético desmoralizam diretoria

Todos sabem o ódio que o torcedor atleticano tem de Thiago Neves


15/09/2020 14:26 - atualizado 15/09/2020 14:34

'O Atlético é um clube sem comando, onde o torcedor determina quem pode e quem não pode ser contratado'(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press)
'O Atlético é um clube sem comando, onde o torcedor determina quem pode e quem não pode ser contratado' (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D. A Press)
O episódio envolvendo a 'contratação' do meia Thiago Neves, vetada categoricamente pela torcida do Galo, mostrou dois aspectos: o primeiro é que o Atlético é um clube sem comando, onde o torcedor determina quem pode e quem não pode ser contratado, principalmente as torcidas organizadas. O segundo, que o diretor de futebol que lá está, e que foi, durante anos, apaixonado pelo Cruzeiro, percorrendo o Brasil em caravanas para ver seu time jogar, é inabilitado e incapacitado para exercer a função no alvinegro. 

Todos sabem o ódio que o torcedor atleticano tem de Thiago Neves, por todas as bobagens que ele falou do Galo, quando atuava pelo Cruzeiro, e até pela brincadeira imbecil e absurda, que fez com a tragédia de Brumadinho, comparando com a queda do Galo para a Segundona. Uma coisa horrível, que só mesmo uma pessoa sem berço e sem caráter poderia fazer. Portanto, se Sampaoli pediu mesmo a contratação do jogador, ele deveria ter “matado a cobra no ninho”, e dito que esse nome jamais vestiria a camisa alvinegra.

Porém, como não manda nada no clube, foi igual a um cordeirinho, cheirar a bunda de Thiago Neves e lhe fazer uma proposta. Tivesse ele autoridade, e daria um sonoro não para Sampaoli, e o assunto estaria encerrado. Ao contrário disso, expôs o clube, mostrando ao Brasil que no Atlético quem manda são as torcidas organizadas. E, nesse episódio, os torcedores estão cobertos de razão. Qualquer criança, inocente, sabe que Thiago Neves é persona non grata no Clube Atlético Mineiro.

Não adianta o tal diretor vir pedir desculpas e pedir união. Ele fez a cagada, e, se o clube tivesse mesmo uma diretriz, deveria mandá-lo embora, pois expôs a diretoria toda, com essa “contratação” irresponsável. E, pior que isso, foi assumir que “ficou com medo do que poderia acontecer, caso mantivesse a contratação”. As ameaças da torcida, segundo ele, foram cruciais, para desfazer o negócio. Segundo ele, temia por sua integridade física, dos demais dirigentes e do próprio jogador. Sim, a torcida organizada tem força. No Palmeiras, a Mancha Verde pôs faixas em frente ao prédio em que ele morava, o chamando de “ladrão, acusando-o de rachar comissões com empresários, assim como fez o jogador Valdívia, que também o acusou”. 

E por causa da força da Mancha Verde, ele acabou demitido do clube alviverde. Mais uma vez, uma torcida organizada diz não para ele, e, com o rabo entre as pernas, teve que se curvar e se entregar. Que moral terá ele para fazer qualquer negociação e falar em nome do Atlético, se lá, pelo o que todo o Brasil viu, quem manda são as organizadas?

E por fim, Heverton Guimarães, da Rádio 98, deu em primeira mão que os salários estão atrasados e que Sampaoli ameaça ir embora, pois, quando contratado, exigiu salários em dia e mais contratações. Quanto aos salários em dia, concordo com o argentino, pois o trabalhador precisa receber para sustentar a família, independentemente do valor do salário. Quanto às contratações, foram gastos R$ 100 milhões. Será que ele não está satisfeito?

Sampaoli precisa entender que ele não fundou e nem é dono do Atlético. É um empregado, como outro qualquer, com direitos e deveres. E, diga-se de passagem, está fazendo seu trabalho direitinho, pois o Galo tem um time limitado e é vice-líder do Brasilerão, com um jogo a menos. Com todos os defeitos que vejo em Sampaoli e suas invenções nas escalações, o Atlético é o time mais regular e melhor dessa metade do turno. Nem Flamengo, nem Grêmio, nem Palmeiras têm mostrado a capacidade do time atleticano. 

Reconhecido isso, é preciso que o argentino saiba que ninguém é maior que o clube, e que sua vaidade não pode atrapalhar o projeto. Aos 60 anos, ele tem apenas uma Copa América com o Chile e 3 campeonatos daquele país, o que significa absolutamente nada. Gosto do jeito dele de por a equipe pra frente, em busca do gol, sem medo de perder. Porém, como escrevi outras vezes, ele precisa ter uma equipe coesa, equilibrada em todos os setores.

E por fim, o Galo está em busca de um camisa 10, sendo que o melhor do país está lá dentro e atende pelo nome de Cazares. Se houvesse um dirigente com força, chamaria o jogador, seus empresários e Sampaoli, faria uma reunião e mandaria o técnico reintegrá-lo. O técnico tem que seguir as determinações do seu empregador e ponto. Se não quer, que vá procurar outro clube para ganhar R$ 1,2 milhão mensais, o que ganha no Atlético. 

Isso é falta de pulso, de quem realmente deveria mandar. Que essa determinação da torcida pelo fim do negócio envolvendo Thiago Neves e os salários atrasados não atrapalhe o time dentro de campo, onde ele vai muito bem, obrigado! O Atlético precisa de paz, de um grande comandante, que realmente, dirija o clube com mão de ferro e que tenha autoridade para dizer sim ou não! 

Que nenhum dirigente amador atrapalhe os planos de uma equipe sofrida, de uma torcida apaixonada, que está vislumbrando, de verdade, a possibilidade de título brasileiro. Tudo isso graças aos patrocinadores e mecenas, que sempre dizem sim ao Atlético, e que contrataram quem o técnico pediu. Que fique bem claro que o Clube Atlético Mineiro, como instituição gigantesca e grandiosa, está acima de qualquer nome, seja ele dirigente ou jogador! 

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