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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

A Série B chegou! Aqueles que usurparam o Cruzeiro serão presos?

Caiu, sim, caiu. Porém, isso não vai acabar com o clube. A instituição é gigantesca. A corja passa e a instituição fica! Mas, se houve roubo, cadeia é o lugar dos bandidos


postado em 09/12/2019 04:00 / atualizado em 08/12/2019 23:15

Torcedores do Cruzeiro, que não abandonaram o time ao longo da temporada, sofreram com mais uma derrota e a queda para a Série B(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Torcedores do Cruzeiro, que não abandonaram o time ao longo da temporada, sofreram com mais uma derrota e a queda para a Série B (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Onde estão eles agora? Tomando cerveja, curtindo a vida, se lixando para o Cruzeiro? Onde está Thiago Neves, que brincou com uma tragédia em Brumadinho, que comoveu o mundo? Curtindo algum show, uma festa ou postando bobagem na internet? Fred vai pagar os R$ 12 milhões que deve ao Atlético? E os ex-jogadores em atividade, irão para outros clubes em 2020? E os quase R$ 700 milhões em dívidas, os R$ 60 milhões devidos à Fifa, quem vai pagar? E os senhores Mano Menezes e Abel Braga, estão tomando bons vinhos? Os torcedores querem respostas, pois sujaram a imagem de uma instituição gigantesca, quase centenária, com desmandos, falcatruas e outras coisas mais. O Cruzeiro pagou, segundo o homem-forte do futebol, Zezé Perrella, R$ 70 milhões em comissões de negociações a empresários. Isso é um descalabro! O Cruzeiro não caiu na derrota para o Palmeiras, mas sim pelos péssimos jogos ao longo do Campeonato, por ser soberbo, por achar que poderia vencer a hora que bem entendesse. Um bando em campo, mal treinado, ganhando fortunas. Na Série B, o Cruzeiro vai perder os R$ 90 milhões em cotas de TV aliás, já antecipadas até 2022. Salários atrasados, e um fim de ano melancólico.

É lamentável por Fábio, Henrique, Leo, Dedé e pelos jovens que entraram na fogueira. Esses, sempre honraram a camisa azul. Foi triste ver a guerra em que se transformou o Mineirão. Bandidos, travestidos de torcedores, quebrando cadeiras, atirando nas pessoas de bem, soltando rojões. O árbitro Marcelo de Lima Henrique teve que terminar a partida aos 40 minutos do segundo tempo por falta de segurança. O Brasil é um país violentíssimo, onde o cidadão de bem não pode sair às ruas, pois os bandidos estão mandando. Já disse e repito: um pai que leva o filho a um estádio de futebol é um irresponsável. Não há uma autoridade de saco roxo, capaz de acabar com essas facções. Violência não leva ninguém a lugar nenhum. Como diria o Skank, “é apenas uma partida de futebol”. O país está economicamente quebrado, sem rumo, com 13 milhões de desempregados e 30 milhões vivendo de subemprego. Portanto, o futebol deveria ser lazer, emoção, mas com responsabilidade, com respeito ao próximo.

Zezé Perrella deu declaração forte, no fim do jogo, dizendo que “houve realmente corrupção, que usurparam dinheiro do clube.” É preciso que o Ministério Público dê uma satisfação aos torcedores de bem. O Cruzeiro tem seis Copas do Brasil, quatro Brasileiros e duas Libertadores. Um gigante, reconhecido nacional e internacionalmente, mas agora está na Segunda Divisão. Vários clubes grandes caíram e voltaram até mais fortes. O Corinthians chegou a ser campeão do mundo. Entretanto, o Cruzeiro tem uma dívida gigantesca, não tem dinheiro e não sabe como vai pagar. Uma folha salarial de R$ 20 milhões mensais. Jogadores recebendo até por estar no banco de reservas. Coisas assustadoras! Tudo isso se transformou em queda. Não havia como fazer algo diferente! O futebol brasileiro é irresponsável. Entra um dirigente, sai outro, e a dívida vai rolando, uma bola de neve.

Não adianta chorar e nem espernear. Gestão equivocada, segundo o MP, fraudulenta. É preciso uma nova eleição, urgente, com gente séria querendo comandar o clube. É necessário um planejamento a curto prazo, mandando ex-jogadores em atividade embora, enxugando o clube, tratando-o de forma séria e coerente. Zezé Perrella se dispôs a continuar. Resta saber onde buscará recursos para equacionar essa situação. Não há como negar que o buraco é mais fundo do que os torcedores imaginavam. Onde arrumar dinheiro para pagar salários, para pôr a casa em ordem e se repaginar para 2020? Um clube com uma folha milionária, absurda, fora da realidade do futebol brasileiro. 2020 tem que começar hoje. Reestruturar o time, mandar uma barca gigantesca embora, buscar recursos para indenizações e fazer contratações pontuais.

Aos culpados por desvios financeiros, cadeia. Aos ex-jogadores em atividade, rua, e aos torcedores resta o amor de verdade por uma instituição gigantesca, acostumada a vencer. Caiu, sim, caiu. Porém, isso não vai acabar com o clube. A instituição é gigantesca. A corja passa e a instituição fica! Mas, se houve roubo, cadeia é o lugar dos bandidos. Não há outra solução. Um time da elite que agora vai frequentar a Série B. Sugiro aos novos dirigentes, se houver eleição, que mandem os jogadores de ônibus. Quem está na Série B não merece viajar em aviões, comer filé mignon e, nem tampouco, se hospedar nos melhores hotéis. Quero ver se haverá um dirigente com essa postura.

E pra fechar, perguntei a Alexandre Kalil, maior e mais vencedor presidente da história do Atlético, se ele estava torcendo pela queda do Cruzeiro. Ele respondeu assim: “Não sou cretino e nem canalha. Eu quis o que todo atleticano queria. Preferi não assistir a jogo nenhum. Tomei um vinho com a minha mulher, Ana. Que os dirigentes do Cruzeiro passem para a história como os dirigentes do Atlético que se eternizaram como os piores quando o clube caiu. Se não me interessa um ano e meio da vida política do Atlético, imaginem a do Cruzeiro”!


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