
No quesito festas de rua, já fui muito mais animado. Daqueles que, na adolescência, viravam as madrugadas nos bailes de clube, em Sete Lagoas, onde passei bons momentos na folia. Havia os desfiles de escola de samba, mas o ponto alto mesmo eram as quatro noites de festa no ginásio que ficava lotado e quase sempre com a banda Brasil 70, um sucesso pelo país afora àquela época. Mais tarde, como repórter aqui no Estado de Minas, frequentei o circuito das cidades históricas, alternativa para quem era de Belo Horizonte, cidade fantasma à época da folia. Sem contar cidades da Região Metropolitana, como Nova Lima, que tinha como destaque o Bloco do Sujo. Lembro de uma foto publicada na capa do EM mostrando a grandiosidade do movimento. E o lindo carnaval a cavalo de Bonfim, também na Grande BH.
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Mas o que não acabou é a paixão pelo que o carnaval é capaz de fomentar. E nada mais legal que a criatividade dos foliões. Das ideias mais simples aos trabalhos mais rebuscados, confesso que sempre tive inveja de quem consegue criar qualquer indumentária, um adereço para se jogar na folia. Como eu, e fazendo um paralelo com a multidão que promete colorir as ruas, outras dezenas de foliões ficarão observando tudo à distância, dentro do possível, na maior alegria e dançando com os dedos indicadores para o alto. Preocupado em oferecer um olhar especial sobre a folia da capital, a partir de hoje, a coluna se joga na folia, buscando através de fotografias o melhor que está nas
ruas até a quarta feira de cinzas. O tempo pode nos tirar o pique de adolescente, mas jamais a alegria da folia, que não tem idade.
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