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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

O saudoso Palestra/Cruzeiro de todos os tempos

"A proximidade desse 'celebrar os que partiram e deixaram saudade' me fez pensar em alguns jogadores que me deram alegrias e eu gostaria de revê-los"


31/10/2023 04:00
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Niginho
O jogador Niginho Fantoni (D) marcou época nas três primeiras décadas de existência a agremiação e é o terceiro maior artilheiro da história do Cruzeiro/Palestra (foto: Reprodução Arquivo Estado de Minas)


A morte não tem apenas um significado. Ela é encarada de diferentes maneiras por grupos culturais, religiosos, sociais e étnicos. Para uns, trata-se do fim. Em outros, simboliza um rito de passagem. Para alguns deles, ela é encarada como a dádiva da assunção a um campo superior. Mas independente da crença, da cultura ou do povo, um sentimento é universal para os que ficam: a saudade.

Quem nos marca de um modo especial e parte, sempre nos deixa uma pontada de “querer ver de novo”. Da espera por um reencontro, seja aqui na vida terrena ou em uma outra esfera espiritual.

Na próxima quinta-feira, 2 de novembro, algumas civilizações, religiões e países celebram o “Dia de Finados”. O Brasil é um deles. A data remete ao luto, à saudade e a homenagens aos mortos. Dentro da Igreja Católica, essa celebração tem origem ainda no século 11. Já o rito de “comemorar os mortos” nas civilizações pré-colombianas é muito mais antigo.

A proximidade desse “celebrar os que partiram e deixaram saudade” me fez pensar em alguns jogadores que me deram alegrias e eu gostaria de revê-los em campo, como Alex Alves e a sua pureza. Também fiz uma lista, no guardanapo do botequim, com aqueles que nunca vi, mas seria um sonho tê-los de volta para me cantar com os olhos, como os irmãos Ninão e Niginho Fantoni, o Batatinha e o goleiro-pedreiro Geraldo II.

Inevitavelmente, também me enchi de saudade ao marejar os olhos com as lembranças de amigos de arquibancada que também se foram, em especial, como o marianense Marcos José Dias, o nosso Marquito, com quem dividi muitas pelejas na Arena do Jacaré e viagens por esse Brasil afora por amor ao Cruzeiro.

Hoje, se eu pudesse falar novamente com Marquito, iria perguntá-lo: “Aí onde você está, com qual ídolo seu já bateu uma bola ou fez uma resenha?”

A partir dessa lembrança do querido Marquito – e a impossibilidade de prosear de fato com ele, resolvi dividir uma missão com alguns outros amigos e amigas cruzeirenses; a de celebrar a saudade daqueles que tanto fizeram pelo nosso clube estrelado e já não estão aqui, fisicamente, entre nós. Rabisquei novamente o papel e enviei a eles o desafio: “Se você tivesse que escalar o Palestra/Cruzeiro de todos os tempos só com personagens que já faleceram, qual seria?”

Foram mais de 100 nomes de goleiros, laterais, defensores, meio-campistas e atacantes. Vieram também treinadores, dirigentes e torcedores ilustres. Impossível citar todos eles nessas limitadas linhas, mas acredito que todos se sentirão representados por esse “Palestra/Cruzeiro de todos os tempos” formado por aqueles que tantas alegrias nos deram nestes 102 anos de existência do Time do Povo Mineiro.

Vamos à escalação:

Goleiro: Geraldo II (com Tonho e Luiz Antônio empatados entre os arqueiros reservas).

Lateral direito: Pedro Paulo, soberano.

Zagueiros: Roberto Perfumo e Zezinho Figueroa (com Azevedo e Fontana na suplência para qualquer eventualidade).

Lateral-esquerdo: Nininho Fantoni (e Geraldino à espera de uma rara oportunidade na vaga do craque da família de jogadores mais importante de nossa história).

Meio campistas: Zé Carlos e Adelino (com Amauri de Castro e Guerino Isoni prontos para mudarem o estilo de jogo).

Atacantes: Roberto Batata, Niginho Fantoni, Palhinha e Alex Alves (tendo no banco outras quatro máquinas de marcar gol: Ninão Fantoni, Bengala, Piorra e Hilton Oliveira).

Treinador: Zezé Moreira e Ênio Andrade, dividindo o comando desse escrete.

Dirigente: A dupla imortal Felício Brandi e Carmini Furletti.

Torcedor(a): A maior do mundo, Salomé, e o menino palestrino Plínio Barreto.

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