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Estado de Minas DA ARQUIBANCADA

Boto fé, embora ateu: se 2020 não quebrar o Atlético, 2021 pode ser o ano da glória

O atleticano é um otimista patológico. Em sua cabeça doente, a chegada de Sampaoli basta para que um ano perdido se transforme numa possibilidade real e inarredável de sucesso absoluto


postado em 07/03/2020 04:00 / atualizado em 07/03/2020 07:51

O presidente Sérgio Sette Câmara com Jorge Sampaoli, no treinador do Atlético: esperança, mas todo o cuidado é pouco(foto: INSTAGRAM/SÉRGIO SETTE CÂMARA)
O presidente Sérgio Sette Câmara com Jorge Sampaoli, no treinador do Atlético: esperança, mas todo o cuidado é pouco (foto: INSTAGRAM/SÉRGIO SETTE CÂMARA)


Sette Peles fez um pacto consigo mesmo e trouxe Sampaoli para dirigir o Atlético. De onde sai tanto dinheiro pra pagar um dos melhores técnicos do mundo não se sabe. A versão mais difundida sobre a realidade sugere que Ricardo Guimarães (BMG) ou Rubens Menin (MRV), ou ambos, seriam os “investidores” da auspiciosa operação. Por óbvio, quem investe espera retorno, com lucro, do valor investido. Que tipo de negócio o Atlético fez com seus investidores? Não se tem ideia.

Há alguns anos, Rubens Menin e Ricardo Guimarães passaram a ser vistos pelo torcedor como “mecenas” do Atlético. Normal. Há quem acredite na Terra plana e na mamadeira de piroca. Xuxa via duendes no jardim.

Não há qualquer transparência com relação aos negócios feitos pelos “investidores” no Atlético. Na hipótese mais alentadora, o grupo que hoje está no poder (leia-se Guimarães e Menin) precisa fazer um excelente Campeonato Brasileiro (vaga na Libertadores), sob pena de acabar alijado por um adversário de peso (Alexandre Kalil) nas eleições do clube no fim do ano. O que deixaria os “mecenas” em constrangedora situação no que se refere à construção do novo estádio.

Na hipótese menos alentadora, toda loucura precisa ser feita para garantir o novo mandato e, por extensão, a gestão completa da obra do estádio, de modo a garantir o retorno, com lucro, do valor investido. Se for esse o caso, aumentam as chances de estarmos assistindo à versão alvinegra de um Wagner Pires de Sá. Toc-toc-toc.

Dito isso, a chegada de Sampaoli só se compara ao retorno de Telê Santana, em 1987, para a disputa da Copa União. Trata-se, como se tratava antes, de um dos melhores do mundo. Cuca montou o Galo campeão de 2013. Levir Culpi fez o Galo Doido em estado de arte. Nenhum dos dois se compara nem de longe a Jorge Sampaoli, além de tudo um democrata que ameaçou se demitir do Santos caso tivesse de subir no picadeiro do Bozo. Golaço.

O atleticano é um otimista patológico. Em sua cabeça doente, a chegada de Sampaoli basta para que um ano perdido se transforme numa possibilidade real e inarredável de sucesso absoluto. Eis a razão pela qual a Massa tomará o Mineirão no dia hoje, no clássico contra o Crüzëirö, num dos maiores públicos desde a reforma. Conosco ninguém podosco!

Há duas semanas, porém, o atleticano via escorrer pelos dedos a chance de ralhar como nunca antes o cruzeirense rebaixado. De repente, o efeito Sampaoli fez renascer a certeza da galhofa máster. Milhares acorreram à bilheteria no afã de chutar o cachorro morto, que beleza. O movimento alcançou tal monta, que a PM resolveu proibir. A letra B ficou sub judice. Que osta! Mas hoje tem. Elo Horizonte que se cuide.

Sejamos justos com Sette Peles, não foi só Sampaoli. Em seu pacto consigo mesmo, chegou também o goleiro Rafael. É possível identificar no semblante do arqueiro o sorriso de um homem aliviado. Parece liberto de um cativeiro, coitado. É um grande goleiro, e será eternamente grato por esse incrível upgrade em sua existência.

Fala-se agora em Róger Guedes. Chuta-se um Iniesta. O Atlético candidato ao descenso de repente é o único capaz de fazer frente ao Flamengo do Mister bolsominion.

“Quando se sonha tão grande a realidade aprende”, é isso. Eu boto fé, embora ateu: se 2020 não quebrar o Atlético, 2021 pode ser o ano da glória de um Sampaoli que terá preparado a casa, como o Cuca em 2012. Isso, claro, se ainda houver Brasil, se a patroa ainda puder ir à Disney em vez de Cachoeiro do Itapemirim.

***
Despeço-me com uma aflição e um pedido aos mais antenados: como se faz para localizar de novo aquela consagrada versão de Let it be? Sumiu dos meus alfarrábios digitais, terá sido a valorosa PM? Não posso viver sem ela. Se alguém souber seu paradeiro, avise a este desavisado por favor. “Let it be, let it be, Crüzëirö vai jogar Série B...”. Que maravilha isso.

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