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Pergunta sem resposta

A repercussão da fusão no Brasil será lenta, pois devem montar estratégia complementar e de sinergia nos futuros produtos


postado em 09/11/2019 04:00

Se o Fiat 500 não deu certo no mercado norte-americano, a marca Jeep ganhou força no mundo após a criação da FCA(foto: Fiat/Divulgação)
Se o Fiat 500 não deu certo no mercado norte-americano, a marca Jeep ganhou força no mundo após a criação da FCA (foto: Fiat/Divulgação)

 
 
Se este mundo a fora anda meio complicado, na indústria automobilística está complicado e meio. As consolidações de grupos de marcas continuam a acontecer e reservam surpresas. O casamento dos Grupos PSA e FCA está entre essas reviravoltas. A história remonta a 2008, quando a Fiat procurou a Peugeot pela primeira vez. Os franceses rechaçaram. Com crise financeira bancária nos EUA, em 2009, o Grupo Chrysler (dona da Jeep) não resistiu. Foi estatizado pelo governo americano, mas a Fiat se voluntariou a ficar com o espólio com investimentos mínimos.
 
Fiat e Chrysler se fundiram. FCA se consolidou graças, principalmente, à marca Jeep. Depois, foi a vez de a PSA entrar em dificuldades: o governo francês, a chinesa Dongfeng e a família Peugeot ficaram cada uma com 12% das ações e o restante em Bolsa de Valores. Aí entra o português Carlos Tavares, que saiu da Renault para reinventar a PSA, e ainda comprou da GM a alemã Opel.
 
FCA e a aliança Renault Nissan chegaram a estudar a fusão três meses atrás, sem chegar a bom termo. Tavares foi paciente até, finalmente, se acertar com John Elkann do clã italiano. O primeiro será presidente-executivo, e o segundo, presidente do Conselho da nova empresa, ainda sem nome. Talvez PFCA? Afinal, parece não haver dúvida de quem vai mandar: PSA tem seis votos no Conselho contra cinco da FCA. O governo francês não terá poder de veto na nova sociedade.
 
O novo grupo será o terceiro maior do mundo em vendas de veículos, atrás da VW e da Toyota. Porém, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, que não forma um grupo econômico, tem volume de produção que a coloca em segundo lugar neste quesito, deslocando a nova empresa que surgiu da fusão para a quarta posição.
 
Há muitas implicações deste novo cenário. Tavares e o inglês Mike Manley, executivo-chefe da FCA, são engenheiros e têm afinidade por se conhecerem há mais de 10 anos. Fiat abandonará os convencionais subcompactos (haverá só versões elétricas) para investir em compactos. Ao aproveitar as arquiteturas mais modernas da PSA terá ganho de escala para incluir novos compactos, SUVs, crossovers e até médios. Problema será administrar tantas marcas. A VW conseguiu.
 
A repercussão da fusão no Brasil será lenta, pois devem montar estratégia complementar e de sinergia nos futuros produtos. O quebra-cabeça para acomodar aqui produtos semelhantes na mesma faixa de preço se tornará um desafio e tanto.
 
Nos EUA, onde a Fiat fracassou, a Peugeot quer se insinuar, não é de agora. Neste caso o cenário parece mais benigno porque já se sabe o que deu errado. Vender o minúsculo Fiat 500 para os americanos foi má ideia do falecido executivo da FCA, Sergio Marchionne, que, entretanto, acertou ao investir na Jeep para torná-la mundial. Há problemas na China. Todas as marcas do novo grupo estão penando por lá, com vendas em queda.
 
Outra consequência: Renault e Nissan, com participações acionárias cruzadas e desalinhadas, terão de se entender para formar um grupo verdadeiro e coeso. Basta o governo francês deixar de atrapalhar. Por fim, a pergunta sem resposta. Próxima fusão?
 
ALta Roda 
 
 
AINDA em fase de concepção, vem aí a Delegacia Virtual. Em um smartphone será possível registrar Boletins de Ocorrência (BO) com ajuda de Inteligência Artificial, localização por satélite e reconhecimento facial. Protótipo do produto foi apresentado esta semana, em São Paulo, pelo Serpro na Futurecom, maior feira de transformação digital da América Latina.

JEAN-PHILIPPE Imparato, presidente mundial da marca Peugeot, esteve no Brasil, semana passada. Conversou com jornalistas horas antes do anúncio da fusão do grupo francês com a FCA, mas logo avisou que nada podia adiantar. Reconfirmou a picape média. Sobre os novos 208 e 2008, apenas olhou para cima. Há ainda um quarto modelo, possivelmente o 1008.

ENTRE os SUVs, um dos mais interessantes sempre foi o Forester, da Subaru, marca especialista em 4x4. Nessa nova geração, tudo está discretamente incrementado: dimensões internas e externas, porta-malas e até o motor 2.0 litros de 156cv e 20kgfm de torque. Muito bom de guiar, não emociona tanto ao acelerar. Há um ótimo pacote de assistência eletrônica e câmeras.

VOLKSWAGEN optou por versão única e completa, importada da Alemanha, do híbrido plugável Golf GTE. Há cinco modos de operação do puramente elétrico (até 50 quilômetros de alcance) ao híbrido com motor 1.4 (até 900 quilômetros de autonomia). Apesar de certa complexidade no uso, o carro acelera muito bem (0 a 100km/h, 7,6s), apesar dos 300kg extras. Lote inicial: 100 unidades a R$ 199.990.

QUASE simultaneamente chegou o crossover Chevrolet Bolt, 100% elétrico. Preço, com subsídio voluntário do fabricante, é de R$ 175 mil, bem competitivo frente a modelos do mesmo tipo. Suas vantagens são o espaço interno, a regeneração durante frenagens e acelerações. A fabricante não previu quanto pode vender, porém, nomeou 25 concessionárias em 12 cidades. 

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