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Estado de Minas PADECENDO

Apostas: perigo dentro de casa

"Mãe, você está preparada para a pior conversa da sua vida? Estou viciado em aposta esportiva"


24/07/2022 04:00 - atualizado 24/07/2022 09:59

Homen jogando
(foto: Pixabay)

 
Esse é o depoimento de uma mãe que quer alertar outras mães. Ela prefere ficar anônima para não expor seu filho.
 
“Meu filho sempre foi responsável, sorridente e iluminava qualquer ambiente em que estava. Começou a faculdade em 2019 e estava muito animado até que veio a pandemia, no início de 2020, e o confinamento. Em setembro de 2021, comecei a ficar preocupada com o comportamento dele. Começou a ficar muito no quarto, mais calado, parou de cozinhar (uma atividade que sempre curtiu muito).
 
As aulas da faculdades voltaram presencialmente, mas como ainda tinha a opção pelo híbrido, ele preferiu continuar on-line. No início de 2022, comecei a achar ele mais quieto ainda. Foi quando a bomba explodiu aqui em casa. 
 
O banco ligou para o meu marido falando que a conta estava negativa (ele tem uma conta conjunta com o pai). Verificamos vários saques de valores diversos. Fui até ao quarto do meu filho com o extrato na mão para pedir uma explicação para tantos saques e ele respondeu: “Mãe, você está preparada para a pior conversa da sua vida? Estou viciado em aposta esportiva.”
 
Perguntei o que era isso, porque eu nunca prestei atenção nesses sites. Ele explicou o que era e chorou muito, disse que estava sem controle, que tinha perdido muito dinheiro, mas que não conseguia parar de apostar.
 
Meu filho me falou que tudo começou durante a pandemia (junho/2020). Como ele estava on-line, viu as propagandas nos jogos de futebol e por curiosidade entrou num site de apostas e daí foi um pulo para o vício. Ele ainda falou que era a única coisa que estava dando prazer para ele.

Aposta é considerada um vício e o tratamento é o mesmo utilizado para os outros vícios de drogas ilícitas, álcool e cigarro.
 
Depois do acontecido, vejo como as propagandas de sites de apostas estão presentes na televisão e em todas as outras mídias! Em todos os jogos esportivos no Brasil: jogos de futebol, tênis, vôlei.  Até nos intervalos do jornal! E com vários jogadores e ídolos da meninada!  
 
Divulgam como se fosse uma coisa inofensiva. Não é! Como estou envolvida com psiquiatras e psicólogos, vejo que não somos a única família passando por isso. 
 
Temos que impedir essa propaganda! Aposta vicia e deve ter um controle, algum aviso, como existem nos cigarros, nas bebidas alcoólicas etc. 
 
Esse risco está dentro da nossa casa e numa pequena curiosidade de adolescente, o jovem pode acessar um desses sites e uma simples aposta pode se tornar um vício.”

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