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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Reverendo chora na CPI da COVID e pede desculpa ao Brasil, mas não convence

Amilton Gomes diz a senadores que mandou e-mail ao Ministério da Saúde e foi recebido para negociar vacinas


04/08/2021 04:00 - atualizado 04/08/2021 07:20

Amilton Gomes afirmou em seu depoimento aos senadores que não conhece ninguém no ministério(foto: LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO)
Amilton Gomes afirmou em seu depoimento aos senadores que não conhece ninguém no ministério (foto: LEOPOLDO SILVA/AGÊNCIA SENADO)
 
“Você sabe os interesses de fora no Brasil, os interesses daqueles que perderam o poder para uma pessoa que não tinha nada para chegar. Tentaram me matar, mas não conseguiram, depois até mesmo as eleições em si. E eu acredito que me só elegi porque tive muitos votos, caso contrário não teria sido eleito”. Quem diz é o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, em entrevista à TV Piauí. Segundo ele, muitas coisas estão em jogo, inclusive a indicação de nomes para compor o STF.

E tem a insistência em defesa do voto impresso, que é sempre acompanhada do registro envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não estou aqui para criticar poder nenhum. Mas tiraram o cara da cadeia, tornaram ele elegível, para não ser presidente? É improvável”. 

E teve mais. “Agora, por que tiraram aquele cara da cadeia? Passou na primeira instância, segunda instância, terceira instância. Na quarta: Ah, o foro dele não é em Curitiba? Pelo amor de Deus!”. Será que  está temeroso de perder a reeleição? É o que parece.

O e-mail à Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), em 22 de fevereiro deste ano, às 12h, pediu uma reunião às 16h30. E ele foi recebido na pasta do Ministério da Saúde. O reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado como intermediador no governo federal na compra de vacinas junto à Davati Medical Supply, negou ter se reunido com o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias e disse desconhecê-lo.

“A primeira coisa que uma pessoa pergunta é para onde você vai, com quem vai falar, e eles telefonam para poder deixar subir. Não creio, sinceramente, que o senhor foi lá acompanhado de outras pessoas sem ninguém ter dado um telefonema”. Quem ressalta é o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

Ainda na CPI teve o choro do reverendo Amilton, aquele que chegou a negociar um valor três vezes maior que o pago pelo governo em janeiro deste ano. É aquele que chorou, ontem durante o seu depoimento à CPI da COVID.

Melhor ele próprio explicar a razão do arrependimento: “Creio que o maior erro que fiz foi abrir as portas da minha casa aqui em Brasília. Sou de Brasília. Eu abri a porta da minha casa num momento que eu estava enfrentando a perda de um ente querido da minha família. E eu queria vacina para o Brasil”.

Novo mandato

O senador Antonio Anastasia (PSD-MG) vai se candidatar a um novo mandato em 2022. O Estado de Minas apurou que o parlamentar confirmou a decisão a pelo menos um interlocutor na terça-feira. Ex-governador de Minas, Anastasia foi eleito senador em 2014 e encerrará o atual mandato no fim do ano que vem. Na eleição de 2018, quando ainda pertencia ao PSDB – seu ingresso no PSD ocorreu em fevereiro do ano passado –, ele concorreu ao governo de Minas, e acabou derrotado por Romeu Zema (Novo).

Filme de terror

Um incêndio destruiu parte do acervo da Cinemateca Brasileira, que tem cerca de um milhão de documentos herdados da antiga Embrafilme. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo teria começado em um aparelho de ar-condicionado. O fato político é que a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados entrou com uma queixa-crime contra o secretário especial da Cultura, Mario Frias, por causa do incêndio em um galpão da Cinemateca, em São Paulo, que aconteceu no finzinho de julho.

Aviso prévio

Para a deputada Alice Portugal, o incêndio foi uma tragédia anunciada. “Nós temos os vídeos de menos de 15 dias antes do recesso, técnicos e amigos da Cinemateca dizendo que havia um risco iminente de um incêndio. Isso tudo foi avisado à Secretaria Nacional de Cultura, tudo foi noticiado por e-mail, por documentos, à Secretaria Nacional de Cultura. Nenhuma decisão foi tomada e o incêndio causou grande prejuízo de um patrimônio indispensável para a preservação da memória do cinema nacional”.

Achei no Google

“Me desculpe, reverendo, mas não dá para acreditar, não dá para acreditar nisso. É muito furada essa história”. Quem deixa claro foi o presidente da CPI da COVID–19, senador Omar Aziz (PSD–AM). Com toda a educação possível, ele se referia ao reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretária Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). “Realmente, é até uma coisa bastante difícil de a gente acreditar: é como se tivesse caído do céu”. Desta vez o ataque é do senador Humberto Costa (PT-PE).

Fim da novela

A Caixa de Pandora teve o seu desfecho. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a condenação do ex–governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda, por falsidade ideológica. Ontem, ele teve negado o pedido da defesa de concessão de um habeas–corpus. A decisão unânime. Vale lembrar que além do esquema de pagamento de propinas é aquele dos panetones, que ele alegava que seriam doados para famílias carentes. O caso levou à descoberta do esquema de pagamento de propina aos deputados distritais, em troca de apoio político.

PINGA FOGO

  • A polêmica começou na segunda-feira. O presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores no Palácio do Planalto, referindo-se ao então prefeito de São Paulo, Bruno Covas (foto): “O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã”. Em janeiro, Covas foi ao estádio com o filho Tomás.
  • A resposta de Tomás: “Lamento a fala dita pelo negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde, ontem à tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando o direito de resposta ao meu pai. Cumprimos todos os protocolos no Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas”.
  • “Uma tristeza as agressões vazias do presidente contra meu pai. Não é certo atacar quem não está mais aqui para se defender. Meu pai sempre foi homem sério e fez questão de me levar ao Maracanã no fim da sua vida para curtirmos seus últimos momentos juntos. Isso é amor! Bolsonaro nunca entenderá esse sentimento”.
  • Sendo assim, basta por hoje. FIM!
 
 

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