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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Operação da PF acirra a crise no PSL, e Bolsonaro se cala

''Nos tuítes do dia, nada sobre o assunto. Preferiu postar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em evidência: 'sobre nosso programa de concessões''


postado em 16/10/2019 06:00 / atualizado em 16/10/2019 08:09

Luciano Bivar, presidente do PSL, é acusado de ocultar, disfarçar e omitir movimentações financeiras com recursos do fundo partidário(foto: Bruna Monteiro/Esp. DP/D.A Press - 18/2/13)
Luciano Bivar, presidente do PSL, é acusado de ocultar, disfarçar e omitir movimentações financeiras com recursos do fundo partidário (foto: Bruna Monteiro/Esp. DP/D.A Press - 18/2/13)

A notícia do dia é que a Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a Operação Guinhol para investigar crimes eleitorais e associação criminosa envolvendo integrantes de um partido político. A investigação propriamente dita era para a apuração de supostas fraudes na aplicação de recursos destinados a candidaturas femininas em Pernambuco. O alvo foi o deputado Luciano Bivar (PE), presidente nacional do PSL.

De acordo com a PF, ele teria ocultado, disfarçado e omitido movimentações financeiras com recursos do fundo partidário. Em especial, aqueles destinados às candidaturas de mulheres, para cumprir a legislação. A notícia é essa, mas o detalhe é muito mais interessante. “A Polícia Federal (PF) deflagrou ontem a Operação Guinhol para investigar crimes eleitorais e associação criminosa envolvendo integrantes de um partido político”.

Percebeu? Melhor deixar claro de uma vez e sem entrar no mérito da investigação. O partido político não foi citado nem uma vez pela Agência Brasil, que é a oficial do governo. Então, vale o registro: é o PSL do presidente Jair Bolsonaro.

Será que ele vai mesmo mudar de partido, mesmo desmentindo às vezes e em outras ocasiões dando a entender? Nos tuítes do dia, nada sobre o assunto. Preferiu postar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em evidência: “Sobre nosso programa de concessões que está modernizando a infraestrutura brasileira e colocando-a em um novo e mais elevado patamar. O resultado é mais desenvolvimento, mais investimentos, geração de empregos e melhores serviços à população”.

Melhor então mudar de ideia e encontrar uma notícia mais quente. Ou melhor, uma má notícia para a família Vieira Lima. O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) e o ex-deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) já têm dois votos no Supremo Tribunal Federal (STF) para ser condenados pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

É aquela história da má ideia da cachaça, os R$ 51 milhões espalhados em malas de dinheiro e caixas, dois anos atrás, em um apartamento em Salvador, a capital baiana. Já votaram, por enquanto, o ministro-relator, Edson Fachin, e seu colega Celso de Mello, ministro revisor da Lava-Jato na Segunda Turma do STF.

Ainda faltam votar a ministra Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, mas é praticamente certo que serão condenados. A própria cena fala por si. Sendo assim, deixando a tal dosimetria, que também ainda falta, o melhor a fazer é concluir. A coluna, não a votação no Supremo. Um bom dia a todos.

É muito óbvio

Primeiro o registro: a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, é vinculada ao governo federal e responsável por regulamentar o setor de telefonia, tanto fixa quanto celular. Agora a notícia: de acordo com ela, o uso dos bloqueadores deve ser feito em operações específicas, episódicas, urgente e temporárias “em que se identifiquem evidências concretas de risco potencial ou iminente de ações necessárias à preservação da segurança” do presidente e do vice-presidente.

Faz sentido, só que deixa ainda mais claro que as duas autoridades estejam protegidas também onde “trabalham, residem, estejam ou haja a iminência de virem a estar”.

Ninho tucano

A reunião da Comissão Executiva Estadual do PSDB-MG, comandada por seu presidente, deputado federal Paulo Abi-Ackel, recebeu o secretário estadual de Governo, Bilac Pinto (PSDB).

No encontro, o deputado tucano, licenciado secretário, falou da situação fiscal do estado e da importância da colaboração de todos para que se possam resolver os graves problemas de Minas. Estavam presentes os deputados estaduais Gustavo Valadares, Dalmo Ribeiro, João Leite, Antonio Carlos Arantes e Tito Torre. E da bancada federal, prestigiaram também os deputados Rodrigo de Castro e Domingos Sávio, além de alguns prefeitos tucanos.


Agora vai?

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, esteve ontem na Assembleia Legislativa (ALMG) participando da reunião conjunta das comissões Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras, Assuntos Municipais e Transporte, quando anunciou que, até o fim do ano, a equipe da Fundação Dom Cabral, responsável pela montagem do Plano Estratégico Ferroviário (PEF), já terá concluído algumas das propostas para renovação e criação de ferrovias no estado.

“Peço ao presidente da Comissão das Ferrovias, deputado João Leite (PSDB), para participar de uma reunião na Assembleia Legislativa para apresentar as primeiras propostas”, disse Barcelos. O secretário esteve em BH para participar do Assembleia Fiscaliza.

Haja decoro

“Você é chata demais, deputada, por favor.” Foi um barraco só a sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. A frase é do presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), que perdeu as estribeiras diante da provocação da deputada Maria do Rosário (RS), que é vice-líder do PT.

Tudo por causa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 410, de 2018, aquela que trata da prisão em segunda instância. Leia-se, óbvio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E a sessão foi suspensa por Francischini depois de cortar o microfone da petista. A sala ficou vazia e ficou nisso.

Pinga-fogo

Ainda, sobre a Operação Guinhol: Le théâtre des marionnettes em France au siêcle XIX. O nome da operação, Guinhol, faz referência a uma marionete, personagem do teatro de fantoches criado no século 19. A pronúncia está certa, mas em francês é Guignol. E daí? Daí, nada, só de curiosidade…

Uma boa notícia. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou a medida provisória (MP) que garante o décimo terceiro salário para as famílias que recebem o Bolsa-Família. O custo será de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos. Dinheiro bem empregado.

Efeito colateral por causa do projeto que divide os recursos do megaleilão do petróleo com estados e municípios, aquela do placar de 23 a zero na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Como demorou, não aconteceu a sabatina do economista Fábio Kanczuk.

Para registro, a sabatina de Fábio Kanczuk seria sobre a indicação dele para a Diretoria de Política Econômica do Banco Central (BC). Quando será? Ninguém sabe, ninguém viu. Não sei sequer se foi marcada uma outra data. Alguns deputados consultados também não sabiam.

Se nem os parlamentares sabiam direito quando será a sabatina do economista Fábio Kanczuk, o melhor a fazer é ficar por aqui e zerar a coluna por hoje. Amanhã tem mais, provavelmente com mais confusões.
 
 

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