O que pretende o cidadão Jair Bolsonaro? A resposta está clara ao empresariado, de bancos à indústria, a última porção da sociedade a desistir de um presidente que fala como arruaceiro e se mostrou descompensado ao afrontar a autoridade do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral e acusar, sem ter nenhuma prova, o voto eletrônico como instrumento passível de fraudes.
Insensível às responsabilidades de chefe de Estado e de governo, ele ousou declarar a uma rádio que deixaria de cumprir as decisões dos tribunais superiores, insatisfeito com o desmonte de suas fake news sobre a fragilidade do voto eletrônico pelo ministro do STF e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso. Depois, ao ser arrolado em dois inquéritos a cargo do ministro Alexandre de Moraes, ameaçou-o, dizendo que “a hora dele vai chegar”. Nunca alguém chegou a tanto.
Um presidente que ofende diariamente seus desafetos imaginários, construídos por assessores de folhetim com o objetivo de projetá-lo nas redes sociais, mas não expõe as suas ideias para superar nosso subdesenvolvimento, que volta com força na véspera do bicentenário da independência, não é parte da solução. É obstáculo.
Liberalismo só de fachada
Mensalão do bolsonarismo
Bolsonaro via no ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia uma barreira a seus caprichos autocratas e tramou para minar sua sucessão. Para isso, contou com a cumplicidade de Guedes, que fechou os olhos para a entrega da execução do orçamento federal ao centrão de Lira, que se elegeu prometendo liberar recursos aos deputados por meio não só das emendas parlamentares, um direito líquido e certo.