(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas ANNA MARINA

Especialista desmistifica estigmas sobre a perda de peso

Fórmulas mágicas e macetes se espalham pelas redes sociais ou mesmo nas conversas entre amigos e familiares. Confira o que realmente funciona para emagrecer


16/09/2023 04:00 - atualizado 16/09/2023 02:48
699

Mulher mostra jeans largo, demonstrando emagrecimento
(foto: Pixabay)

Emagrecimento é um tema que vem sendo discutido há várias gerações. A maioria das pessoas tende a ter suas próprias dicas ou macetes de família ou amigos para a perda de peso mais rápida. Há quem busque informações em vídeos e conteúdos nas redes sociais de influenciadores fitness.

A última palavra é a injeção de insulina na barriga, que só não é mais usada porque é bem cara. Entretanto, para emagrecer com saúde, mais que diminuir calorias, é necessário a pessoa mudar hábitos e deixar de lado orientações sem fundamento.

Pensando nisso, a médica Paula Peres, cofundadora do Grupo Bello Vero, rede de clínicas paulista focada em emagrecimento e qualidade de vida, desmistifica estigmas populares sobre a perda de peso. Confira:

Jejum intermitente ajuda a emagrecer?
Verdade. O jejum intermitente, prática bastante adotada atualmente  por fisiculturistas e amantes de academia, pode auxiliar no emagrecimento, pois aumenta a oxidação de gordura e induz adaptações fisiológicas favoráveis à perda de peso. 

“Um exemplo é o aumento dos hormônios adrenalina e GH. Isso não significa, necessariamente, maior perda de gordura, mas é fator determinante para ter um bom resultado a longo prazo. Lembrando que é fundamental procurar o nutricionista para entender qual é o prazo de jejum indicado para seu organismo e rotina”, explica Paula. Ela ressalta que se exercitar em jejum não altera significativamente o gasto calórico. O ideal é se alimentar antes de praticar alguma atividade.

A contagem de calorias é obrigatória para uma dieta eficiente
Mito. Contar calorias está longe de ser a forma mais saudável, física e mentalmente, no processo de emagrecimento, diz Paula Peres. Esse método ignora o fato de que a composição nutricional do plano alimentar vai muito além das calorias ingeridas.

“Temos de pensar em como manter todos os outros níveis balanceados enquanto o corpo está tentando gastar energia e gordura, como, por exemplo, o volume de proteínas, carboidratos, lipídios e micronutrientes (minerais e vitaminas)”, afirma. A médica alerta que dietas com muitas restrições e baixas calorias diárias podem causar fraqueza e gerar compulsão a longo prazo.

Sono contribui para ganho ou perda de peso?
Verdade. Durante o sono, ocorre a regulação de alguns hormônios. Deixar de dormir pode acarretar no aumento dos níveis de grelina, hormônio associado à vontade de comer, e na redução da leptina, que promove a saciedade.

“Quem dorme menos tem número maior de horas em que pode se alimentar e menos disposição para a prática de atividades físicas”, salienta a médica, que tranquiliza aqueles que preferem ingerir carboidratos após as 18h ou antes de dormir e se preocupam com o aumento de peso.

“Esse é mais um mito, pois não existem estudos científicos que comprovem que pessoas que consomem carboidratos no período da noite engordam com mais facilidade. Inclusive, se você gosta de malhar pela manhã, é até indicado que realize esse hábito para repor os estoques de glicogênio muscular e hepático”, afirma.

Bebidas alcoólicas atrapalham o proceso de emagrecimento?
Verdade. Se pensarmos em consumo calórico, o álcool oferece 7 Kcal por grama. Considerando 350ml de cerveja com 4,5% de álcool, teríamos 15,7g de álcool puro, ou seja, 110,25 Kcal. Isso sem contar outros componentes presentes no produto que elevam a quantidade de calorias, afirma a especialista. Calorias contidas em bebidas alcoólicas são chamadas de “calorias vazias”, por não trazerem nutriente ou benefício ao corpo. “Muito pelo contrário, elas desencadeiam uma prioridade metabólica, fazendo com que a pessoa elimine o álcool o mais rápido possível, atrasando a quebra de gordura do restante dos alimentos”, comenta.

Depressão e ansiedade influenciam no peso corporal?
Verdade. “Se pensarmos de modo comportamental, pessoas com depressão e ansiedade tendem a comer mais e, inclusive, alimentos mais calóricos, como forma de adquirir conforto ou prazer, o famoso “comfort food”. Outra razão é a desregulação hormonal e a administração de medicamentos, que podem ter efeitos adversos como o aumento ou a redução de apetite”, salienta Paula Peres.

“Um dos tratamentos que oferecemos para ajudar pessoas com depressão e ansiedade crônicas é a infusão de cetamina, que apresenta efeitos rápidos e satisfatórios”, diz ela.

Por fim, a especialista ressalta que cada processo de emagrecimento é único. Comparações ou dietas sem prescrição podem não funcionar, pois fatores biológicos e genéticos devem ser levados em conta. Por isso, reforça a doutora Paula, é fundamental buscar a ajuda do médico.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)