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Estado de Minas ANNA MARINA

Câncer colorretal ganha campanha com o Março Azul

Óbitos por câncer de intestino, entre pessoas de 30 a 69 anos, pode avançar 10% até 2030, segundo o Inca. Diagnóstico precoce amplia em até 95% chances de cura


03/03/2023 04:00 - atualizado 03/03/2023 00:06

ilustração mostra o intestino do ser humano

Diagnosticado em celebridades como Preta Gil, Simony e Pelé, o câncer colorretal é o tema da campanha de saúde Março Azul. A doença, conhecida como câncer de cólon e reto ou câncer do intestino grosso, ocupa a segunda posição de maior incidência na população brasileira.


“O diagnóstico precoce é fundamental e amplia em até 95% as chances de cura”, explica o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que o número de óbitos por câncer de intestino entre pessoas de 30 a 69 anos pode aumentar 10% até 2030. 

“A sociedade contemporânea trouxe novos hábitos, principalmente alimentares. As pessoas aumentaram o consumo de alimentos ultraprocessados. Além disso, a obesidade também contribui para o diagnóstico da doença”, alerta o especialista.

Ramon Mello explica que o câncer colorretal se desenvolve a partir de pólipos – lesões benignas no início e encontradas na parede do cólon –, que depois podem se transformar em tumores cancerígenos. 

Até as últimas décadas, a enfermidade acometia principalmente pessoas com mais de 50 anos.

“Como as pesquisas do Inca já mostraram, a idade de incidência dessa doença vem se reduzindo e traz um alerta muito importante sobre nossos hábitos alimentares”, adverte.

Os sintomas iniciais do câncer colorretal podem ser confundidos com outras doenças, como verminoses, hemorroidas e gastrites.

Pacientes que apresentem diarreia, prisão de ventre, dor ou desconforto abdominal, perda de peso sem causas aparentes e indícios de fraqueza e anemia precisam procurar o especialista para avaliação mais precisa.

“O tratamento desse tumor depende da avaliação do seu estágio, e a cirurgia vai permitir a retirada de parte do tecido afetado. Em seguida, a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, pode ser indicada para evitar a recidiva tumoral”, detalha Ramon Andrade de Mello.

Quando percebi que meus distúrbios intestinais poderiam ser algo mais serio, fui me consultar com Marcus Martins no Mater Dei. Ao avaliar que devia ser um problema mais sério, ele pediu que eu fizesse o exame de colonoscopia. 

Confirmado o tumor, o doutor Marcus marcou a cirurgia para poucos dias depois. Aceitei prontamente, com uma única recomendação: se fosse necessário fazer colostomia, que ele fechasse e deixasse o câncer lá no intestino.

Craque nesta cirurgia, ele me informou que, por mínima que fosse a distância entre o tumor e o ânus, ele conseguiria tirá-lo. 

E foi o que aconteceu: havia mais ou menos uns cinco centímetros de distância e ele conseguiu retirar o tumor.

Recomendou como tratamento posterior a quimioterapia – que comecei fazendo em casa, o tratamento ainda era raro em hospitais. 

Submeti-me a umas quatro operações, quando o médico que aplicava a químio recomendou que eu fosse imediatamente para o hospital, porque estava no ponto de ter um problema de coração e bater as botas.

Internei-me no Mater Dei, onde fiquei alguns dias. Quando voltei para casa, prometi ao doutor Salvador Silva que retornaria ao hospital e à químio em 15 dias. 

Não fiz nem um a coisa e nem outra. E já estou aqui há mais de 20 anos.

Sei que sou uma paciente rebelde, que poucos médicos gostam de encarar. E, apesar do resultado de minha revolta ter sido positivo, não o recomendo para ninguém.

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