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Estado de Minas ANNA MARINA

Quais as chances de uma gestação tardia? Especialista esclarece dúvidas

Claudia Raia, de 55 anos, anunciou que dará à luz o terceiro filho. Atriz congelou óvulos já na menopausa e adotou a reposição hormonal


22/09/2022 04:00 - atualizado 22/09/2022 00:30

Jarbas Homem de Mello e Cláudia Raia olham para a câmera
Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello decidiram abraçar a gestação tardia. Ela já é mãe de Enzo e Sophia, de seu casamento com Edson Celulari (foto: Instagram/reprodução)

O tema veio à tona depois que Cláudia Raia anunciou a gravidez, aos 55 anos, de seu terceiro filho com o marido, Jarbas Homem de Mello. E as pessoas começaram a questionar as chances de uma gestação tardia.

Assim como a gestação espontânea, a fertilização in vitro com óvulos próprios também é afetada pela idade, com chances de gravidez menores do que 5% após os 44 anos. Mas congelar antes dos 35 anos ou optar pela ovorrecepção podem ser alternativas para garantir o sucesso do procedimento.

É de conhecimento geral que um dos fatores de maior impacto nas chances de gravidez espontânea é a idade da mulher; afinal, já nascemos com uma quantidade predeterminada de óvulos, que também envelhecem com o passar dos anos, com diminuição de sua qualidade, passando a apresentar mais alterações cromossômicas e menos energia para gerar um embrião saudável.

Exatamente por isso, o anúncio da gravidez da atriz e bailarina, aos 55 anos, causou tanta surpresa. Porém, técnicas de reprodução assistida e preservação da fertilidade podem aumentar as chances de sucesso do procedimento.

“A fertilização in vitro (FIV) é um dos tratamentos de reprodução humana mais populares. No entanto, suas taxas de sucesso também são afetadas pelo processo de envelhecimento, já que a idade do óvulo utilizado determina a chance de gravidez. Para se ter uma ideia, a chance de gravidez na FIV com óvulo próprio aos 44 anos é de 5% e, aos 45 anos, é menor que 1%”, explica o especialista Rodrigo Rosa, diretor da clínica Mater Prime, em São Paulo.

No caso da atriz, ela congelou seus óvulos aos 50 anos, sinalizando que estava aberta a passar por mais uma gestação. Cláudia já estava na menopausa e sofria com os calores repentinos. Por isso, fez tratamento de reposição hormonal. Ela sempre falou sobre isso abertamente para ajudar a esclarecer a questão. Uma dessas vezes foi durante live, ano passado, com o ginecologista Jorge Haddad.

“Faço tratamento hormonal, porque estava tipo pegando fogo mesmo. Não aguentava mais. Na hora que vinha o fogacho, era o edredom e o Jarbas para fora da cama, e aí eu não dormia mais. É um inferno a vida mesmo. Ainda tentei aguentar um pouquinho”, declarou.

De acordo com os médicos, a reposição hormonal é a melhor maneira para lidar com os calores, mas existe uma polêmica no caso de mulheres que têm caso de câncer na família; por isso, tudo deve ser feito sob orientação do especialista.

Voltando à gravidez. A ovorrecepção consiste no uso de óvulos doados para a realização da fertilização in vitro, que serão fecundados em laboratório com o sêmen do parceiro ou de um doador para, em seguida, ser inseridos no útero que gerará o bebê.

“Através desse método, as chances de gravidez aumentam para cerca de 60% por tentativa, mesmo em mulheres com mais de 40 anos”, explica o especialista Rodrigo Rosa.

É fundamental que temas como este sejam cada vez mais discutidos para conscientizar a população sobre a importância da doação de gametas e para naturalizar a recepção dos óvulos e espermatozoides em tratamentos de fertilidade.

Uma vez decidida a ovorrecepção, a fertilização in vitro ocorre como qualquer outra, com os óvulos doados sendo fertilizados em laboratório.

“No período que procede à fertilização dos óvulos, os embriões vivem em um prato, no forno aquecido à temperatura corporal. A equipe monitora seu crescimento e desenvolvimento e, eventualmente, escolhe o correto para transferir de volta para o útero. O embrião, então, é gentilmente transferido de volta ao útero em um processo semelhante ao do teste de Papanicolau. Se você tiver muitos embriões saudáveis neste estágio, eles podem ser congelados para uso posterior”, detalha Rodrigo Rosa.

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