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Artrite, artrose e osteoporose: você sabe quais são as diferenças?

Doenças são distintas e cada uma delas exige cuidados específicos. Ortopedistas explicam como diagnosticar e, principalmente, como prevenir problemas


09/04/2021 04:00

Artrites podem ser diagnosticadas através de questionários específicos e testes laboratoriais (foto: Ketchum Estratégia/Divulgação)
Artrites podem ser diagnosticadas através de questionários específicos e testes laboratoriais (foto: Ketchum Estratégia/Divulgação)

Com o passar dos anos, algumas queixas em relação ao corpo começam a se tornar mais frequentes. Não é raro haver reclamações de dores, incômodos, maiores dificuldades em exercer alguma atividade ou o aparecimento de condições crônicas. Entre esses males, artrite, artrose e osteoporose acabam estando entre os mais comuns. E, muitas vezes, são confundidos e até misturados como uma coisa só. Então, você sabe quais são as diferenças entre eles? Os ortopedistas Pedro Baches Jorge, da Clínica SO.U, e Bruno Lee explicam.

"Artrose é o desgaste de alguma articulação. Então, uma pessoa não tem artrose, simplesmente. Ela tem artrose de, por exemplo, joelho, do ombro, do quadril (ou de várias articulações). Já a artrite é uma das causas da artrose. Geralmente, trata-se de doenças reumatológicas ou autoimunes, nas quais existe um desbalanço dos sistemas de defesa do organismo, havendo um ' autoataque'. Ou seja, há uma destruição dos elementos das articulações (sinóvias, principalmente), causando um estrago na própria articulação e, posteriormente, o desgaste, ou seja, a artrose", diz Lee.

"Ou, ainda, a grosso modo, pode-se dizer que a artrite é a inflamação de uma articulação, podendo ter diversas causas, como reumatismo ou infecção; enquanto a artrose é o desgaste da articulação, iniciada com o desgaste e perda de cartilagem, passando a comprometer todos os tecidos presentes na articulação, como meniscos, ligamentos e cápsula sinovial", complementa Pedro.

Já a osteoporose é mais distinta entre elas, uma vez que não é uma condição da articulação, mas dos ossos. "É a perda excessiva de massa óssea. Após atingirmos a idade adulta, é iniciado um processo natural de enfraquecimento ósseo. Quando ocorre de forma mais intensa, chamamos de osteoporose, doença na qual os ossos se encontram mais enfraquecidos e, portanto, fraturas são mais comuns. Trata-se de uma doença silenciosa, que não tem sintoma nenhum. Portanto, exames de rotina são importantes para detecção e tratamento antes que ocorra uma fratura", explica Pedro.

E como é possível identificar cada uma? A osteoporose não tem sintomas, e, normalmente, só é detectada após uma fratura. Para evitar que isso ocorra, é necessário acompanhamento médico constante e exames de densitometria óssea. As outras duas, por sua vez, são mais perceptíveis. "O primeiro sintoma da artrose é a dor localizada na articulação em questão. Geralmente, a evolução é ao longo de anos, com períodos de relativa redução da dor intercalados a semanas ou meses de crises dolorosas graves. Geralmente, as alterações são detectadas em exames de imagem. As artrites costumam ocorrer também em crises, porém com uma exuberância maior, havendo intenso flogismo (vermelhidão, edema e dor). Seu diagnóstico é realizado através de questionários específicos e testes laboratoriais", conta Lee.

Como doenças das articulações, a artrite e a artrose podem aparecer em qualquer uma dessas estruturas do corpo humano, ou seja, em qualquer região na qual exista a conexão de dois ou mais ossos, como joelhos, punhos, tornozelos e ombros. E, por ser um mal dos ossos, a osteoporose passa pelo corpo todo, podendo ser mais frequente na coluna e quadril.

Abordadas as diferenças, é possível citar uma importante semelhança entre elas: são doenças degenerativas e, por isso, mais relacionadas ao envelhecimento. Ainda que, em casos raros, possam acometer pessoas mais jovens. "Portanto, é importante envelhecer com saúde, fazendo atividade física, mantendo o peso e se alimentando bem. Assim, as articulações e ossos estarão protegidos", diz Pedro.

Os médicos ainda citam outras formas de prevenção. "A saúde articular sempre se beneficia de atividades físicas de impacto adequado para cada indivíduo, com trabalho cardiovascular. Além de fortalecimento muscular ao redor da articulação. Atualmente, também existem tratamentos medicamentosos que auxiliam no controle e prevenção", conta Pedro.

"Para artroses idiopáticas (sem sintomas) e osteoporose, a atividade física contrarresistida (musculação, por exemplo), associada a alongamentos, gera maior estabilização das articulações, reduzindo a sobrecarga. Enquanto que, na osteoporose, geram um aumento do efeito piezoelétrico, que aumenta a mineralização óssea. Em doenças autoimunes (artrites), o controle da evolução da doença é através de tratamento contínuo com reumatologista, através de medicações imunomoduladoras, principalmente", finaliza Lee.

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