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Conheça as diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar

Médica Luciana Mancini Bari explica as características de cada doença, como é feito o diagnóstico e conta quais são os medicamentos mais utilizados


postado em 07/07/2020 04:00

Esquizofrenia e transtorno bipolar são duas doenças mentais que afetam a maneira como as pessoas pensam e agem. Por terem alguns sintomas em comum, às vezes pode parecer difícil distingui-las, mas também há grandes diferenças entre as duas. Uma das principais características do transtorno bipolar são as variações no humor, que dificultam a realização das atividades cotidianas. Já nos casos de esquizofrenia, os problemas com o humor não são o ponto central, e sim as alucinações, que podem dificultar o relacionamento interpessoal e o discernimento do que é real ou não. Quem explica a diferença entre os dois problemas mentais é a médica Luciana Mancini Bari, do Hospital Santa Mônica, de São Paulo.

A esquizofrenia é uma doença que atinge 23 milhões de pessoas no mundo e 2 milhões de brasileiros. A doença faz com que as pessoas passem a interpretar a realidade de forma diferente, o que afeta o modo como ela pensa, sente e se comporta. Isso acontece por conta da liberação excessiva de dopamina pelo corpo, neurotransmissor responsável por ativar ou inibir a atividade cerebral.

A causa exata dessa alteração ainda é desconhecida pela medicina. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas personalidades. Ela é uma doença crônica, que exige tratamento durante toda a vida do paciente.

Os sintomas da esquizofrenia costumam se manifestar entre os 15 e os 35 anos de idade do paciente. A doença pode ocorrer em crianças, mas esses casos são raros. Os principais sinais da doença são: alucinações, delírios, agitação corporal, pensamentos desordenados, redução da capacidade de expressar emoções, falta de vontade de exercer atividades que antes eram prazerosas, dificuldade de se manter concentrado em uma atividade, redução da fala, lentidão intelectual, incapacidade de tomar decisões.

O transtorno bipolar, conhecido por alguns como bipolaridade, é um distúrbio que tem como principal característica a variação constante de humor — depressão, euforia e apatia se alternam de forma súbita. A doença atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Durante as crises de euforia, o paciente pode ter dificuldades para dormir e apresentar perda de contato com a realidade. Já nos episódios depressivos, a falta de motivação e a perda do interesse por atividades cotidianas são os sinais mais observados. Essas mudanças podem durar por dias ou meses. O transtorno bipolar é uma doença crônica, que deve ser tratada durante toda a vida do paciente. O diagnóstico deve ser feito por um médico psiquiatra.

Ao contrário do que acontece nos casos de esquizofrenia, o paciente com transtorno bipolar não precisa apresentar sintomas como alucinações, delírios e confusão de pensamento para ser diagnosticado, apesar de existir a possibilidade de esses sinais se manifestarem. Para que o diagnóstico seja confirmado, é preciso que o paciente tenha tido pelo menos um episódio de mania.

Os sintomas da fase de euforia são: aceleração do pensamento e da fala, sensação de bem-estar, agitação, menor necessidade de sono, maior energia, impulsividade, ideias grandiosas, sensação de poder. Sintomas da fase de depressão: alterações no apetite, perda de energia, falta de interesse por atividades que antes eram prazerosas, sentimento de inutilidade ou culpa, pensamentos suicidas, isolamento social.

De forma resumida, a diferença entre esquizofrenia e transtorno bipolar é que a primeira envolve sintomas psicóticos, alucinações e distorções da realidade, enquanto a segunda precisa incluir um episódio de mania e podem ocorrer repetidos episódios de depressão. No transtorno bipolar, os episódios duram pelo menos quatro dias, podendo chegar a meses. Já na esquizofrenia os sintomas se apresentam de forma constante, geralmente por um período de seis meses, segundo artigo divulgado pelo site Very Well Mind.

O tratamento contra esquizofrenia inclui o uso de medicamentos antipsicóticos e antitremores. Já nos casos de transtorno bipolar, os medicamentos mais utilizados são os ansiolíticos, anticonvulsivantes, neurolépticos e também os antipsicóticos.

Em ambos os casos, o paciente passa por tratamentos terapêuticos, com terapia familiar, comportamental e em grupo, psicoeducação e participação em grupos de apoio. Vale ressaltar que “o diagnóstico e o tratamento precoce nessas doenças são muito importantes, pois evitam a progressão do quadro", segundo a especialista.

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