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Hospital São João de Deus, em Santa Luzia, passa por restauração

Programa Inclui quatro fases, que começam com o funcionamento do centro cirúrgico, maternidade outros serviços


postado em 28/04/2020 04:00

Programa de restauração do Hospital São João de Deus inclui quatro fases, que começam com funcionamento do centro cirúrgico e maternidade(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press-27/6/16)
Programa de restauração do Hospital São João de Deus inclui quatro fases, que começam com funcionamento do centro cirúrgico e maternidade (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press-27/6/16)
Quando a baronesa de Santa Luzia, Maria Alexandrina de Almeida Vianna, inaugurou o Hospital São João de Deus na cidade, aplicando no prédio 30:000$000 em dinheiro, em janeiro de 1845, estava criando um pioneiro serviço social. O hospital atendia os necessitados com um corpo médico de primeira linha. Logo em seguida foi criada também a Irmandade de Misericórdia de São João de Deus que, de acordo com seus estatutos, é gerida por uma mesa administrativa, irmãos remidos e outros encarregados.

Ao longo dos anos, o hospital funcionou perfeitamente, e meu pai foi um dos priores que comandavam toda a movimentação do serviço. Os tempos foram ficando cada vez mais difíceis para esse tipo de serviço beneficente e, nos últimos anos, a tradição hospitalar da cidade – que atendia até necessitados dos seus entornos – acabou sendo encerrada. Um dos empecilhos para seu funcionamento tradicional foi certamente o desvio das verbas que, a certa altura da política governamental, eram destinadas à casa de saúde.

Tradição mantida, minha família continua sempre à frente das campanhas que, ao longo dos últimos anos, vêm sendo realizadas para a reabertura do hospital. Tempo passando, e prefeitos mudando, só na última temporada é que a prefeitura da cidade tomou a seu encargo a restauração do hospital, usando como recurso para as obras a restituição das verbas anteriormente desviadas. Para isso, foi preciso que fosse criado um acordo judicial. Pelo programa de trabalho, as obras de restauração do centro cirúrgico ficarão prontas no próximo mês de junho.

O atual representante da Irmandade, Milton Magalhães de Pádua, conta que pelo menos para uma coisa essa praga do novo coronavírus serviu: a prefeitura da cidade acaba de dotar a parte térrea do hospital com 50 leitos para atender à necessidade de doentes da cidade. Outro dado importante é que a nova atitude de preservação de tão importante obra social centenária existente na cidade por parte da prefeitura está rendendo uma revigoração total no seu renascimento.

O atual prior, Camilo Teixeira da Costa Filho, junto com o representante da Irmandade, montou um programa de restauração da instituição que inclui quatro fases, que começam com o funcionamento do centro cirúrgico, maternidade e outros serviços. Uma equipe de direção foi criada, com uma diretoria profissional, que inclui diretor profissional, mais três gerentes, um corpo de fiscalização e uma força nova para manter o Hospital São João de Deus funcionando.

Nos bastidores das campanhas, está sempre Beatriz de Almeida Teixeira, que com seus irmãos age intensamente, mas nunca aceita comandar publicamente o funcionamento do hospital, por onde já passaram, como priores, personalidades importantes da família, como Carlos Martins Teixeira, Ari Teixeira da Costa, prefeito por várias vezes da cidade, e muitos outros.

Outro dado importante sobre o hospital é que a baronesa fez questão de dotar seu funcionamento de uma pequena capela barroca, cujo bonito retábulo foi retirado e exposto no Museu Histórico Aurélio Dolabela, que, quando aberto, funciona no Solar Teixeira de Costa. 

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