
Numa época em que as pesquisas tecnológicas estão tão acirradas, em busca de uma vacina e de um tratamento real contra o coronavírus, descobertas importantes na área da saúde ocupam todas as cabeças em busca de um caminho, uma luz. É época também da temporada da vacina contra a gripe, que mata muita gente, principalmente idosos. E dentro desse contexto de indagações e dúvidas, entra em cena um vilão constante, que também não tem cura, o diabetes.
O diabetes é uma condição que, assim como muitas outras, requer alguns cuidados especiais. Pessoas com a do- ença têm cerca de três vezes mais chances de falecer com gripe ou pneumonia e estão no grupo do alto risco para o coronavírus. Esse risco pode ser muito reduzido por meio da vacinação periódica. Um dos paliativos contra o risco tem sido, nos últimos anos, a vacina contra a gripe.
A campanha de vacinação contra a doença em 2020 começou um mês mais cedo do que em 2019 e, ainda, por conta da pandemia que o país enfrenta, os responsáveis adotaram o método drive thru, onde o idoso não precisa nem descer do carro para aplicação do medicamento. Segundo estudo norte-americano publicado na Hum Vaccin Immunother em 2018, a vacina contra a gripe é um método muito eficaz para os diabéticos, pois reduz o risco de hospitalização e mortalidade em pacientes com mais de 65 anos.
A recomendação da OMS é que os idosos fiquem em casa e procurem não sair, pois são o grupo de mais alto risco. Os diabéticos ainda mais, porque eles apresentam alto risco de desenvolver pneumonia grave após a gripe e apresentar alguns dos sintomas do coronavírus ou de gripe forte pode ser fatal.
Segundo a clínica geral Denise Duarte Iezzi, os diabéticos que apresentam insulina maior que 180 e hemoglobina glicada maior que 7 devem se atentar às recomendações da OMS, porque mostram variáveis que interferem e podem diminuir a imunidade, aumentando a exposição ao vírus. “Em uma situação normal, os diabéticos já devem, com certeza, ser vacinados contra a gripe, mas diante do momento de pandemia que estamos vivendo, é muito mais importante a vacinação. Com a prevenção da gripe, diminui o número de testes da COVID-19, porque também existe uma redução nos sintomas da gripe que podem ser confundidos com o do coronavírus”, afirma a clínica geral.
Para ela, a vacinação é muito indicada. “Sabemos que é natural, com o passar dos anos que a imunidade humana diminua, porém, nos diabéticos é um pouco pior, por conta da elevação de açúcar no sangue e, também, porque eles estão mais vulneráveis a grandes infecções, inclusive essa vulnerabilidade pode vir das doenças que os acompanham, como o pé diabético, na qual o paciente perde a sensibilidade do pé. Por isso, é importante os cuidados diários e a realização de testes rápidos, como o Neuropad”, explica Denise Duarte Iezzi.
Lance importante que não tem sido obedecido nos espaços dedicados à vacinação é a aglomeração das pessoas. No desejo de ser atendidos rapidamente, os grupos de juntam sem guardar a distância regulamentar de pelo menos um metro, necessária nestes tempos de provação.
