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29 de fevereiro: um dia a mais para curtir a vida

Neste ano bissexto, em vez de 365 dias, teremos 366. Aproveite bem este sábado precioso, raridade no calendário


postado em 29/02/2020 04:00 / atualizado em 28/02/2020 15:21


A cada quatro anos, temos um dia a mais para viver. É o ano bissexto. Em vez de termos os tradicionais 365 dias, temos 366. Mas por que isso ocorre?

Se queremos entender o porquê dos anos bissextos, devemos observar o movimento da Terra ao redor do Sol. Nosso planeta gira 365,24219 vezes durante uma órbita completa ao redor do astro, de modo que um ano dura 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 56 segundos – e não simplesmente 365 dias.

Se a cada ano contássemos apenas os 365 dias, perderíamos quase seis horas anuais, as quais precisamos recuperar de alguma forma. Assim, durante três anos contamos os 365 dias. No quarto – o ano bissexto –, recuperamos o dia que falta, acrescentando o dia 29 a fevereiro. A ideia da criação deste dia a mais foi do imperador romano Júlio César.

O que aconteceria se não fizéssemos isso? Se não acrescentássemos um dia completo a cada quatro anos, as estações acabariam descompassadas do calendário, de tal maneira que, depois de 700 anos, o Natal do Hemisfério Sul cairia em pleno inverno. Em 44 a.C. foi feita a adaptação ao calendário juliano – baseado no movimento solar –, e os anos passaram a ter 365 dias, divididos em 12 meses de 30 ou 31 dias, exceto fevereiro, com 28.

Os romanos estavam cientes de que os 365 dias não eram um cálculo exato, por isso a cada quatro anos acrescentavam um dia a mais ao calendário. Posteriormente, em 1582, o calendário gregoriano (promovido pelo papa Gregório XIII) substituiu o juliano, ajustando um pouco mais a defasagem que ainda existia no calendário juliano e acrescentando exceções aos anos bissextos: não o serão os anos múltiplos de 100, salvo se forem também divisíveis por 400. Desse modo, os anos atualmente somam, em média, 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos. Apesar do ajuste feito, ainda há defasagem de alguns segundos – serão necessários 3,2 mil anos para que um dia de desvio se acumule.

Ufa! Ciência e astronomia à parte, isso traz um contratempo e uma vantagem. O contratempo é para as pessoas que nascem em 29 de fevereiro. Na maioria dos casos, quando os pais vão registrar os bebês, o cartório se recusa a emitir a certidão com o dia 29 – escreve-se dia 28 de fevereiro ou 1º de março. Mas alguns obedecem fielmente à informação enviada pelo hospital, e o novo ser humano passa a fazer parte do seleto grupo “vítima” de piadinhas no dia do seu aniversário.

A vantagem é que temos um dia a mais para viver. Para muita gente, provavelmente, não faz a menor diferença. Levarão a vida do mesmo jeito e nem perceberão que fevereiro teve 29 dias. Sempre é assim, só damos valor à vida e só percebemos que estamos desperdiçando o tempo quando ocorre algo que nos dá uma chacoalhada.

Para que esperar por uma perda para perceber a preciosidade do tempo? Por que não viver abundantemente cada minuto? Por que não ser leve, alegre, estar com pessoas que amamos? Que tal hoje, neste dia a mais, convidar aquele amigo – ou amiga – de quem você gosta tanto, mas não vê há muito tempo, para ir ao cinema ou simplesmente tomar um café? Ficar em família, quem sabe, curtindo o momento, batendo papo, convivendo... Coisa rara hoje em dia, neste mundo em que as relações se dão por redes sociais.

Vamos tirar o dia para esquecer problemas, abrir os olhos e ver tudo de bom que recebemos. Só o fato de abrir os olhos já é uma dádiva de Deus, a vida. Afinal de contas, outro dia a mais só daqui a quatro anos. (Isabela Teixeira da Costa/ Interina) 

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