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Gota prefere homens e chegada do verão exige cuidados

Estação mais quente do ano pode fazer com que doença inflamatória avance na população masculina, principalmente pelo consumo excessivo de álcool


postado em 19/12/2019 04:00 / atualizado em 18/12/2019 22:01



A chegada do verão traz algumas preocupações adicionais para os homens que consomem muita bebida alcoólica: o aparecimento da gota, uma inflamação dos tecidos causada pela cristalização do ácido úrico dentro das articulações. A doença é predominantemente masculina adulta (95% dos casos ocorrem em homens entre 30 e 50 anos) e tem o consumo de álcool como precipitador, sobretudo no verão, quando o clima quente e o tempo de recreação estimulam alimentação inadequada e baixa hidratação.

“A gota causa muita dor e grande desconforto”, explica a médica Aline Lamaita, da Unifesp. “Grande parte dos casos acontece nos pés, e a pessoa chega a ficar semanas sem conseguir nem sequer usar calçados”, alerta a reumatologista. Outras articulações podem ser acometidas, como joelhos, tornozelos e mãos. O ácido úrico elevado pode ainda causar tofos (inchaço causado pelo acúmulo de cristais debaixo da pele), pedras nos rins e, em casos graves, insuficiência renal. Pode ser ainda fator para doença cardiovascular, se associado com colesterol elevado, pressão alta e obesidade.

De acordo com a especialista, a alimentação responde por cerca de 10% do volume de ácido úrico presente no organismo, e normalmente provém de alimentos como feijão, carnes, embutidos, frutos do mar e peixes – esses últimos com consumo mais comum no verão. “Noventa por cento do ácido úrico do corpo, em média, é resultado do metabolismo do DNA. Mas esses 10% advindos da alimentação podem fazer a diferença entre desenvolver ou não a doença”, explica a médica.

Reduzir o índice de ácido úrico, a partir do controle da alimentação e ingestão de álcool, é a principal recomendação médica para evitar o desenvolvimento da gota, assim como manter o corpo bem hidratado com o consumo de água e sucos. O tratamento com anti-inflamatórios e colchicina é amplamente aceito pela comunidade médica, mas as possibilidades estão se ampliando. Pesquisas promissoras sobre medicamentos de efeito rápido e capazes de dissolver os tofos  estão avançadas, entretanto, a prevenção continua sendo prioritária. “O mais importante é manter baixos os níveis de ácido úrico, evitando assim novas crises”, afirma a médica.

Estima-se que uma em cada 3 mil pessoas tenha gota no Brasil, e a maior parte dos casos demora para ser diagnosticada por falta de atenção do paciente ou por acreditar se tratar apenas de uma inflamação passageira.

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