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Estado de Minas

Belo Horizonte decreta situação de emergência por causa das chuvas intensas

O pedido será publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Município. Cidade teve enxurradas, inundações, pessoas ilhadas e morte no temporal


postado em 13/12/2016 14:37 / atualizado em 13/12/2016 20:14

Temporais provocaram inundações e arrastaram veículos na Avenida Vilarinho(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Temporais provocaram inundações e arrastaram veículos na Avenida Vilarinho (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Os estragos provocados pelo temporal em Belo Horizonte levou o Prefeito Marcio Lacerda (PSB) a decretar situação de emergência nesta terça-feira. As chuvas intensas foram o motivo, como define o Código Brasileiro de Desastres. O pedido será publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial do Município (DOM). Em 24 horas, a cidade teve inundações, enxurradas e estragos. Pessoas ficaram ilhadas e quatro crianças foram arrastadas pela água. Uma delas morreu.

O pedido foi feito para dar agilidade aos processos para mitigar os danos. “ O objetivo do decreto é proporcionar agilidade dos processos administrativos e operacionais destinados à mobilização de todo o sistema municipal de proteção e defesa civil para responder aos desastres, recuperar áreas afetadas e efetivar medidas de mitigação de novos riscos instalados na cidade”, afirmou a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), por meio de nota.

Os temporais vêm causando estragos desde o início do mês. Em apenas 13 dias, algumas regiões de Belo Horizonte já superaram a média histórica de chuva para o período, que é de 319,4 mm. Segundo a Comdec, a Pampulha foi a que mais teve precipitações. A região teve 331,5 mm, seguida da Nordeste, com 311,3 mm, Leste, com 310 mm, Venda Nova, 291,8 mm, Barreiro, 274,8 mm, Oeste, 261,3 mm, Centro-Sul, 251,4 mm, e Noroeste, 213,9 mm.

A situação mais grave foi nessa segunda e terça-feira, quando moradores foram surpreendidos pelo forte temporal. A Comdec atendeu, nas últimas 24 horas, 108 solicitações de atendimento em função das chuvas na cidade, a maioria na Região Norte. Lá, foram 34 ocorrências. Dos 17 chamados comunicando alagamentos e outros 16 sobre enchentes ou inundações em Belo Horizonte, 22 foram na Região Norte. Logo em seguida, vem Venda Nova, com 27 solicitações à Defesa Civil, sendo oito sobre alagamentos.

A Avenida Vilarinho, em Venda Nova, registrou a terceira enchente desde o início do período chuvoso. Na noite de ontem, passageiros de dois ônibus ficaram ilhados no meio da Avenida Vilarinho. Funcionários da prefeitura trabalhavam na limpeza da via.

No Bairro Jardim Felicidade, na Região Norte da cidade, quatro meninas foram arrastadas pela enxurrada na manhã de hoje quando seguiam para a escola. Duas delas são irmãs e ficaram presas debaixo de um carro. Uma delas morreu no hospital e outra segue internada.

Previsão de mais chuva

Os moradores devem se preparar para novos temporais. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu um alerta para a possibilidade de chuva forte até a manhã de quarta-feira. A instabilidade deve continuar pelo menos até a próxima sexta-feira. Em algumas regiões da cidade, a média histórica de chuva já foi superada.

Segundo a Comdec, há previsão de pancadas fortes de chuvas com acumulado de aproximadamente 20 a 40 milímetros, que podem ser acompanhadas de raios e rajadas de vento em torno de 50 quilômetros por hora. A situação pode ser parecida com o que a capital mineira viveu nessa segunda-feira, quando avenidas ficaram alagadas. “Estamos com uma alerta chamado de laranja. Isso significa que é um volume de chuva capaz de provocar deslizamentos, desmoronamentos e situações como a da Avenida Vilarinho”, explicou o meteorologista Luiz Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

 

(RB)


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