A primeira turma de guardas municipais de Belo Horizonte começa a trabalhar armada nesta terça-feira. Os agentes iniciaram os treinamentos com as armas em janeiro. A corporação conta com efetivo de 2.102 agentes, que atuam na segurança de órgãos públicos e do patrimônio municipal. Mas somente 350 armas de fogo, entre revólveres de calibre 38 e pistolas 380, serão disponibilizados.
O porte de arma é uma reivindicação antiga dos guardas municipais. Antes de receber a autorização para portar os revólveres ou pistolas, cada agente passou por treinamento. Eles tiveram aulas de uso progressivo da força, primeiros socorros, manuseio de armas e técnicas de tiro, submetendo-se a todos procedimentos recomendados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Cada um passou pela prática com 600 disparos.
Duas turmas já passaram pelos testes. Na primeira, que terminou o curso em fevereiro, 99 guardas foram considerados aptos e apenas um falhou. Já no segundo grupo, dos 117 treinantes, 12 foram considerados inaptos.
O uso do armamento será institucional e em locais previamente apontados pela administração com base em estudos e estatísticas. Estão sendo investidos R$ 7.327 milhões na capacitação dos agentes municipais, em um total inicial de 24 turmas.
Um dos locais que deve receber guardas municipais armados é a Praça do Papa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A intenção é diminuir a violência na região e evitar que bailes funk clandestinos aconteçam. Em fevereiro, um casal morreu durante um evento não autorizado na praça.