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Estado de Minas

UFMG vai ganhar ecocidade em quarteirão do câmpus Pampulha


postado em 11/06/2011 07:37

UFMG vai ganhar em breve um quarteirão que vai abrigar os novos laboratórios da Escola de Engenharia com técnicas mais avançadas de uso eficiente de água e de energia. Trata-se do Quarteirão 10, que vai reunir toda a competência da escola nas áreas de uso racional de água, energias alternativas, geração de energia e insumos a partir de resíduos do câmpus, automação predial e eficiência energética. “A ideia é transformar o quarteirão em um centro de referência de baixa emissão de carbono.

Queremos usar o conceito de uma eco-cidade, com geração de energia a partir de resíduos gerados no câmpus Pampulha, como restos de alimentos, podas de vegetação, óleo de cozinha, entre outros.”, afirma o professor Carlos Augusto de Lemos Chernicharo, professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG e membro da comissão encarregada do projeto de integração do Quarteirão 10.
Entre as medidas que serão adotadas estão o aproveitamento da água da chuva e o tratamento das águas cinzas geradas nos lavatórios. “Se eu usar a água da chuva e a água cinza para lavar pisos, irrigar áreas verdes ou abastecer as caixas de descarga dos vasos sanitários, vou economizar a água potável fornecida pela Copasa”, afirma Chernicharo. Além disso, a energia elétrica demandada pelos laboratórios deverá ser fornecida por fontes alternativas, como solar, fotovoltaica, eólica e energia gerada a partir dos resíduos do câmpus.

Modelo

Em 2010, a Escola de Engenharia da UFMG, em parceria com a Escola de Veterinária, inaugurou em Pedro Leopoldo o Centro de Produção Sustentável, que foi recuperado em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão. A fazenda onde morou o médium Chico Xavier está instalada em área de 425 mil metros quadrados e conta hoje com cerca de 50 professores e funcionários envolvidos em trabalhos de pesquisa, extensão e ensino.

A recuperação da fazenda envolveu a reforma do redondel, que é um pátio para exposição de animais de grande porte, recuperação da casa de Chico Xavier e a constituição de um curral e centro de pesquisas na área de búfalos, para melhoramento genético dos animais.

Na fazenda estão sendo realizados ainda projetos como o enriquecimento das propriedades de escórias de aciarias para uso em novos cimentos. O coordenador do projeto, o professor Abdias Magalhães Gomes, do Departamento de Engenharia de Materiais e Construção Civil, conta que na região há diversas empresas geradoras de escória, como ArcelorMittal, Mannesmann, Gerdau e Usiminas.

“Fazemos o beneficiamento da escória, o aquecimento e aí é gerado o cimento, produzido sem liberar dióxido de carbono para a atmosfera”, afirma Magalhães. Segundo ele, o preço desse produto é mais competitivo, em torno de 30% menor. Em alguns casos, propicia concretos mais duráveis, como no caso das barragens. Na fazenda está sendo instalada uma unidade industrial para produzir 1 mil toneladas do cimento dito ecológico. A unidade industrial que está sendo montada vai propiciar o desenvolvimento de um outro tipo de cimento, também ecológico, a partir da calcinação de estéreis e capas de minas, ou seja, rejeitos. O projeto é financiado pela Fapemig. A previsão é de que a unidade fique pronta entre 12 e 24 meses. O terreno da fazenda ainda pertence ao Ministério da Agricultura, mas está em fase de doação para a UFMG.


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