Depois de envolvido em polêmica sobre um possível retorno de operação de aviões de grande porte, o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte agora pode ser privatizado.
Durante audiência na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI) na manhã desta terça-feira, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, anunciou que o governo estuda a concessão de um bloco de aeroportos – além da Pampulha, estão no pacote o Carlos Prates, em BH, Santos Dumont e Macaé, no Rio de Janeiro, e o de Vitória, no Espírito Santo.
Um bloco no Nordeste incluiria Recife, Maceió, João Pessoa, São Haverá um bloco no Nordeste, composto por Recife, Maceió, João Pessoa, São São Luís, Teresina, Aracaju, Petrolina e Juazeiro. Um terceiro seria formado por aeroportos do Centro-oeste, com Cuiabá, Sinop, Barra do Garça e Alta Floresta, todos em Mato Grosso.
Em março, o governo já havia leiloado os aeroportos de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS) por R$ 3,72 bilhões em todo o período da concessão, cerca de 23% acima do valor esperado, de R$ 3,014 bilhões.
“A primeira e a segunda rodada de concessões tirou da Infraero o filé. A perspectiva a partir de agora é fazer concessões em bloco: aeroportos superavitários com deficitários. Para quem levar o filé levar o osso também”, afirmou o ministro.
Quintela negou, no entanto, que a União tenha planos de privatizar a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Mas admitiu que há a possibilidade de abrir parte do capital da empresa, que acumula prejuízos bilionários.
Ao ser questionado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) sobre um “mutirão de privatizações” adotado pelo governo federal para minimizar a crise, Maurício Quintella afirmou que os primeiros lotes de concessão de aeroportos foram lançados na gestão de Dilma Rousseff (PT).
Em relação à abertura do capital da empresa, o ministro ponderou que a questão será decidida nas próximas reuniões do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).