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Estado de Minas

Brasil tem 11,6 milhões na fila por um emprego

Desemprego cresce em todas as regiões do país no segundo trimestre e é o maior desde 2012. Em Minas, taxa de 10,9% representa 1,2 milhão de desocupados, segundo o IBGE


postado em 18/08/2016 00:12 / atualizado em 18/08/2016 07:45

A taxa de desocupação no segundo trimestre de 2016 foi a maior da série histórica, iniciada em 2012, em todas as grandes regiões do país, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Nordeste, a taxa de desemprego subiu de 10,3% no segundo trimestre do ano passado para 13,2% no segundo trimestre deste ano. No Sudeste, saiu de 8,3% para 11,7%; no Norte, de 8,5% para 11,2%; no Centro-Oeste, de 7,4% para 9,7%; e no Sul, de 5,5% para 8,0%. No primeiro trimestre de 2016, as taxas tinham ficado em 12,8% no Nordeste, 11,4% no Sudeste, 10,5% no Norte, 9,7% no Centro-Oeste e 7,3% no Sul. Em todo o país 11,6 milhões de trabalhadores estavam sem emprego no fim do segundo trimestre. A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre. Já na comparação com o 2º trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%.


Entre abril e junho deste ano, o desemprego em Minas atingiu, 10,9%, ficando praticamente estável em relação ao primeiro trimestre, quando a taxa atingiu 11,1%, segundo o IBGE. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a taxa acelerou atingindo 13,9% a maior da série histórica do IBGE iniciada em 2012. Em Belo Horizonte o desemprego está em 12%. Em Minas, a população de desempregados soma 1,2 milhão de pessoas. No Brasil, o desemprego continua a crescer, saltando de 10,9% no primeiro trimestre para 11,3% no segundo trimestre de 2016, também a maior taxa desde 2012.


Na variação anual (em relação ao 2º trimestre de 2015), houve aumento de 3,1 pontos percentuais (p.p.) na taxa de desemprego em Minas e de 3 pontos percentuais no Brasil. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no 2º trimestre foram observadas no Amapá (15,8%), na Bahia (15,4%) e em Pernambuco (14,0%), enquanto as menores taxas estavam em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).


Cortes e salários


No segundo trimestre, o setor que mais desempregou em Minas foi a indústria que apresentou queda de 8,5%, houve aumento no número de pessoas ocupadas no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (6,5%). Em relação ao primeiro trimestre de 2016, não houve variações significativas no número de pessoas ocupadas na indústria, enquanto aumentou os ocupados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura (6,2%) e na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

O rendimento médio real Minas Gerais foi estimado em R$ 1.769 no segundo trimestre de 2016, não apresentando variação significativa em relação aos dois trimestres de comparação. Em Minas Gerais o rendimento médio da população empregada no segundo trimestre ficou abaixo da média brasileira de R$ 1.972 e abaixo da média do Sudeste que atingiu R$ 2.279.


Crise

Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o segundo trimestre do ano historicamente é marcado por um aquecimento do mercado de trabalho devido à retomada do processo produtivo. Mas, em razão da crise, pelo segundo ano consecutivo o período de abril a junho não dá trégua ao desemprego. “A expectativa era de que menos unidades da federação tivessem recorde de desocupação, mas ocorreu o contrário devido ao aumento da procura por emprego, resultado da combinação da perda de trabalho com carteira com um mercado informal que já não absorve mais esses trabalhadores como antes”, explica Azeredo.

Ainda de acordo com Azevedo, “aquele fôlego do mercado em absorver mão de obra que perdia o emprego com carteira no mercado informal desacelerou, e isso provoca um aumento maior do grupo que procura trabalho. Isso ocorre porque você tem um comércio que sofre diante de uma renda que continua em queda, freando os gastos das famílias.”


O nível de ocupação – indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar – ficou em 54,6% para o Brasil no 2º trimestre de 2016. As regiões Nordeste (48,6%) e Norte (54,4%) ficaram abaixo da média do país. Nas demais regiões, o nível de ocupação foi de 59,1% no Sul, 59,2% no Centro-Oeste e 56,1% no Sudeste. Entre os estados, Mato Grosso do Sul (61,1%), Santa Catarina (59,4%), Paraná (59,2%) e Goiás (59,2%) apresentaram os maiores percentuais de ocupação, enquanto Alagoas (42,9%), Pernambuco (46,6%) e Rio Grande do Norte (47,2%) apresentaram os níveis de ocupação mais baixos. Em Minas, a taxa de 56,3% está acima da média do país.

No segundo trimestre de 2016, os percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho nas grandes regiões ficaram acima da média Brasil, que foi de 77,3%, no Sul (85,4%), no Sudeste (82,7%) e no Centro-Oeste (77,5%). E ficaram abaixo no Norte (61,5%) e Nordeste (62,2%). Santa Catarina (89,7%), Distrito Federal (86,2%), Rio de Janeiro (85,7%) apresentaram os maiores percentuais de empregados no setor privado com carteira de trabalho, enquanto Maranhão (51,8%), Piauí (52,3%) e Pará (57,4%) apresentaram os menores.

 

Enquanto isso...

...Embraer marca ata para demissões

O prazo para adesão ao Plano de Demissões Voluntárias (PDV) da Embraer, anunciado pela empresa na última semana, terá início na terça-feira e se encerrará em 14 de setembro, informou ontem a companhia. Segundo a Embraer, as inscrições serão analisadas até 23 de setembro, e todos os empregados que aderirem ao PDV terão seu desligamento realizado na primeira semana de outubro. Em nota, a empresa afirma que o programa será aberto a todos os empregados de todas as unidades do Brasil. De acordo com a Embraer, o pacote de incentivos para quem aderir ao PDV inclui o pagamento rescisório equivalente a desligamento sem justa causa e uma indenização adicional proporcional ao tempo de empresa, de 40% do salário nominal por ano de casa, garantindo um mínimo de dois salários nominais brutos. O pacote de incentivo será isento de Imposto de Renda, em conformidade com a legislação vigente.

 


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