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Estado de Minas

Inflação de janeiro mais que triplica em BH

Alta em BH de 2,23%, ante 0,59% em dezembro, passou da conta que previam especialistas da UFMG para mês de muitos reajustes


postado em 04/02/2015 06:00 / atualizado em 04/02/2015 07:25

O consumidor de Belo Horizonte enfrentou em janeiro uma inflação mais de três e vezes superior a de dezembro de 2014, sob a pressão das mensalidades do ensino fundamental, das passagens de ônibus urbano e da energia elétrica, além da correção do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU). O custo de vida subiu 2,23% no mês passado, frente a 0,59% em dezembro, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), retrato dos gastos das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos, apurado pela Fundação Ipead, vinculada à UFMG.

A forte alta levou o indicador a uma variação de 7,52% nos últimos 12 meses, portanto muito acima do teto da meta de inflação (6, 5%) definido pela equipe econômica. A cesta básica, constituída de 13 produtos essenciais de alimentação, ficou 3% mais cara na capital mineira em janeiro, na mesma base de comparação, resultado em parte atribuído aos efeitos da estiagem prolongada que está afetando a oferta na mesa dos brasileiros. Encareceram tomate, batata inglesa e feijão carioquinha.

Embora janeiro seja um mês tradicional de inflação mais alta, em razão da temporada de pagamento de impostos e gastos com educação que pesam no orçamento das famílias, especialistas do Ipead não consideram o avanço do IPCA dentro do esperado. Na comparação com janeiro do ano passado, o índice evolui 0,58 ponto percentual. “Os números acionam um sinal de alerta”, avisa o coordenador de projetos do Ipead, Renato Mogiz da Silva. Segundo ele, os dados são preocupantes e é um momento de cautela entre os consumidores.

“A taxa de 2,23% é praticamente a metade do centro da meta de inflação prevista pelo governo. Janeiro é realmente um mês de pico, mas, podemos perceber que houve uma alta expressiva”, diz. O que mais pressionou o IPCA foi o grupo de despesas pessoais, com remarcação média de preços de 1, 26%, influenciada, em particular, pela despesas com empregado doméstico (8, 84%). A alta reflete a correção do salário mínimo.

O reajuste do IPTU foi de 6,46%, na média, no mês passado e os gastos com curso de 2º ao 9 º ano do ensino fundamental subiram 14,64% também na média. As passagens de ônibus urbano subiram 7,60% e a conta de energia elétrica, 5,95%. O reajuste da gasolina, que passou a valer no último domingo, ainda não foi calculado nesse IPCA e entrará na pesquisa feita em fevereiro.

A seca pode ter afetado também o custo da cesta básica, que alcançou R$ 335,95, representando 42,63% do menor salário pago no país. aumentou 3% entre dezembro e janeiro deste ano. O valor da cesta no último mês foi de R$ 335, 95 e representou 42,63 % do piso salarial do mês. O preço do tomate teve uma variação de 27,6%, o da batata inglesa de 19,3% e o do feijão carioquinha de 16,51%.

Baixa confiança
Sem muita escolha, o belo-horizontino está mais arredio e pessimista em relação ao consumo na cidade. A inflação e a situação econômica no país estão deixando os belo-horizontinos mais pessimistas. Ainda de acordo com dados do Ipead, outro índice medido pela instituição preocupa, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC). O indicador referente a janeiro alcançou 41,75 pontos, abaixo do nível que separa o pessimismo do otimismo. Na amostra, quando mais perto de 100 pontos, maior é o otimismo de quem responde à pesquisa. “Ao compararmos com o mês de dezembro, houve uma queda de 5,90%, ou seja, os belo-horizontinos estão cada vez mais pessimistas”, afirma Renato Mogiz.


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