(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Projeto para construção de fábrica de caminhões chineses em MG deve ser retomado em julho

Governo brasileiro espera visita de presidente chinês para retomar discussão sobre investimento milionário no Sul de Minas


postado em 11/06/2014 06:00 / atualizado em 11/06/2014 07:10

Técnicos dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e das Relações Exteriores (MRE) trabalham numa agenda negociada com o governo de Pequim para a aguardada visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil em meados de julho. A programação deve ser o momento que o Palácio do Planalto esperava para retomar a discussão de um investimento bilionário numa fábrica de caminhões da montadora chinesa Dongfeng no país. O projeto foi suspenso no ano passado, depois de conversas adiantadas com representantes da empresa, da avaliação de terrenos para a implantação da unidade industrial no Sul de Minas Gerais e da realização de testes em rodovias brasileiras.

Em Pouso Alegre, onde o governo municipal chegou a desapropriar, em 2013, uma área de aproximadamente 1,5 milhão de metros quadrados na expectativa da decisão da montadora chinesa, o prefeito Aguinaldo Perugini articula contatos no Mdic e no MRE para reforçar a posição do município na disputa do investimento.

A homologação em maio pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Aeroporto Internacional de Cargas de Pouso Alegre fortaleceu os planos da cidade para atrair o projeto da Dongfeng. “Estamos fazendo todo esforço para receber o investimento, que movimenta uma cadeia de atividades, da indústria fornecedora ao segmento imobiliário, o comércio e o setor de prestação de serviços”, diz Agnaldo Perugini. Oficialmente, o Mdic e o MRE não confirmam uma articulação que levou o investimento ao nível das relações entre os dois países.

De acordo com a Embaixada da China no Brasil, a agenda de Xi Jinping está em discussão, incluindo visitas e “outros temas” em paralelo à 6ª. Reunião de Cúpula dos países do grupo Brics (formado, ainda, pela Rússia, Índia e África do Sul). Além do estreitamento de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, a conversa privada do mandatário da maior potência asiática com a presidente Dilma Rousseff, no dia 16 do mês que vem em Brasília, vai tratar de oportunidades de investimentos.

“A entrada de um novo fabricante na produção de caminhões traz mais concorrência para o mercado, o que melhora a qualidade do serviço de transporte e tende a reduzir os preços.”, afirma Tayguara Helou, diretor de desenvolvimento e novos negócios da Braspress e vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.

Suspensão
Fontes do mercado de equipamentos e componentes que atenderiam à fábrica da Dongfeng haviam informado no ano passado que o projeto – orçado em cerca de R$ 1 bilhão, com capacidade para gerar 3 mil empregos diretos – foi suspenso em razão do veto imposto pela montadora sueca Volvo, ao se tornar acionista de uma joint venture constituída com a Dongfeng Motor Group na China, da qual adquiriu 45% do capital. A nova empresa assumiu a maior parte dos negócios da chinesa de veículos comerciais médios e pesados. O projeto representaria conflito aos interesses da Volvo no mercado brasileiro.

Procurada pelo Estado de Minas, a assessoria de imprensa da Volvo no Brasil disse que a empresa não tem informações a dar sobre o assunto. A companhia também não comenta a versão sobre o veto ao projeto. Depois de quatro anos de negociação para implantação da unidade industrial, o governo brasileiro manifestou em 2013 o seu descontentamento com a suspensão do investimento


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)