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Estado de Minas

Setor de alimentos ignora a crise e segue investindo em Minas

À margem da crise, mineiras Vilma, Itambé e Santa Amália anunciam investimentos que somam mais de R$ 130 milhões


postado em 16/03/2014 00:12 / atualizado em 16/03/2014 08:28

Produção de massas na Região Metropolitana de BH: segmento alimentício engordou resultados da indústria brasileira em janeiro(foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 30/9/11)
Produção de massas na Região Metropolitana de BH: segmento alimentício engordou resultados da indústria brasileira em janeiro (foto: Renato Weil/EM/D.A Press - 30/9/11)

Estrela-guia dos resultados mais que bem-vindos da indústria brasileira em janeiro, grandes empresas do setor de alimentos planejam nova leva de desembolsos para expandir a produção, modernizar equipamentos e inovar nas gôndolas do varejo. De costas para as previsões pessimistas de boa parte dos analistas de bancos e corretoras para o comportamento da economia em 2014, os investimentos já acertados pelas fabricantes mineiras Vilma Alimentos, Itambé Alimentos e Santa Amália passam de R$ 130 milhões. Na concorrência apertada pelo consumidor, o estado ganha também uma fábrica da marca Piracanjuba, do Laticínios Bela Vista, que confirmou o início das atividades em Governador Valadares, a 311 quilômetros de BH, no segundo semestre. Serão gastos R$ 31 milhões no parque fabril.


Em meio ao modesto crescimento do Brasil no ano passado, a indústria de alimentos encerrou 2013 com poucos motivos para reclamar. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), as vendas reais cresceram 4,3%, a produção avançou 3,2% e o nível do emprego subiu 2,7%, impulsionados pela demanda forte dos serviços de alimentação fora de casa, em razão dos novos hábitos do consumidor, e do fortalecimento do varejo, particularmente das lojas de conveniência e dos supermercados. Os investimentos somaram R$ 11,5 bilhões, acréscimo de R$ 500 milhões frente a 2012.

“Enquanto houver sustentação de renda, as perspectivas serão positivas para a indústria alimentícia”, resume o presidente da Itambé Alimentos, Alexandre Almeida. Sob a batuta da Vigor Alimentos, que comprou 50% da tradicional empresa mineira por R$ 410 milhões, a Itambé está na etapa final da definição sobre como vai aumentar a produção de refrigerados, dobrando a oferta de iogurtes. Se a alternativa for erguer a nova linha dentro do atual parque industrial, Minas Gerais tem boas chances de abrigar o investimento. Do contrário, a opção por uma fábrica nova considera a maior proximidade com os mercados de consumo a atingir.


Na fábrica de Sete Lagoas, Região Central de Minas, a companhia decidiu investir R$ 10 milhões em uma linha de produção de leite condensado cartonado, que deve entrar em funcionamento neste ano. Não sem razão, o projeto da Vigor é levar a liderança da marca mineira na Grande BH ao interior do estado e aos mercados do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. “O ano (de 2013) terminou bem forte e vamos manter investimentos em modernização, além do aumento da produção”, diz Almeida.


A sexagenária Santa Amália, adquirida no ano passado pela fabricante peruana de alimentos Alicorp, definiu investimentos de R$ 20 milhões para erguer a décima linha de produção, de massas longas (basicamente o espaguete) batizada de Speciale, na fábrica de Machado, no Sul de Minas. A unidade opera a plena carga, com capacidade para despejar no mercado consumidor 100 mil toneladas por ano de massas, molhos, achocolatados, temperos, sobremesas, azeites e refrescos.
Outros R$ 20 milhões, segundo o gerente de marketing da empresa, Felipe Abramides, serão distribuídos meio a meio na construção de um centro de distribuição e numa agressiva campanha publicitária estrelada pela atriz mineira Débora Falabella. “Este ano será muito especial para a companhia. Vamos crescer com aumento do número de marcas e de categorias de produtos”, afirma o executivo.

CONCORRÊNCIA Um terceiro pilar da expansão destacado por Abramides é ganhar participação de mercado. A empresa quer dominar 50% do consumo em Minas – dados do Instituto Nielsen indicam que ela respondia por 42,5% em outubro de 2013 – dentro de três anos. A briga não será fácil, no entanto, frente a concorrentes como a Vilma Alimentos, há 85 anos no ramo, que planeja investimentos ao redor de R$ 90 milhões em 2014.


Principal projeto da Vilma no chão de fábrica, uma nova linha de produção de massas longas na unidade de Contagem, na Grande BH, vai consumir mais de R$ 20 milhões. O superintendente de marketing da companhia, Eugênio Almeida, informou que já foi concluída a compra de uma máquina italiana, que deve chegar ao Brasil em meados de setembro. A marca registrou crescimento de vendas em todos os segmentos em que atua. “O ano passado foi mágico para a Vilma, que teve crescimento surpreendente de 25% do faturamento (R$ 597 milhões)”, diz Almeida.

 


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