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Estado de Minas

Menos 'turbulência' na saída para o carnaval em aeroportos brasileiros

Apesar de proporção ser menor, atraso e cancelamento de voos nos aeroportos exigiram paciência dos passageiros


postado em 01/03/2014 00:12 / atualizado em 01/03/2014 08:09

Pedro Rocha Franco e
Guilherme Araújo



A maioria dos foliões que decidiu curtir a folia de Momo viajando de avião não enfrentou o caos comum em épocas de grande movimentação nos aeroportos do país, como no revéllion. Houve atrasos e cancelamentos, exigindo paciência dos passageiros, mas em doses menores do que ocorrem em outras datas festivas. Balanço da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrava até as 20h de ontem que 22,4% dos voos domésticos estavam atrasados no Brasil e apenas 2,5% cancelados. No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, a previsão é que 170 mil passageiros embarquem e desembarquem até quarta-feira de Cinzas. Até as 20h, 14,6% das operações no terminal mineiro estavam atrasadas e um voo havia sido cancelado. Seis voos extras também foram disponibilizados com direção a Porto Seguro (BA).

Ao contrário de Confins, o aeroporto Juscelino Kubitschek (JK), em Brasília, registrava, até as 18h de ontem, atraso em 62% dos voos. Uma das pistas do terminal foi interditada às 8h30 e foi reaberta somente às 12h. O aeroporto de Guarulhos (SP) também fechou uma das pistas para manutenção na noite de quinta-feira. Os reparos causaram tumultos nos saguões e atrasos nos voos. O que se percebe é que as administradoras dos aeroportos brasileiros não se preparam para atender a demanda durante o carnaval. As concessionárias deixaram para fazer manutenções nas pistas de vôos nas vésperas da data festiva.

Para camuflar o problema, as companhias aéreas encaminharam os passageiros para dentro das aeronaves para esvaziar os pátios. Embora o embarque fosse feito na hora, os clientes tiveram que aguardar mais de duas horas dentro do avião até que a decolagem fosse realmente realizada. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que a prática das empresas “é para dar mais fluidez” nos aeroportos, mas não se posicionou sobre o desconforto dos passageiros.

A Abear ressaltou ainda que as pistas de vôos dos aeroportos de Brasília e Guarulhos tiveram que ser reparadas devido a buracos no asfalto, o que resultou num efeito dominó de atrasos em toda a malha nacional. Por sua vez, a concessionária GRU airport, do aeroporto de Guarulhos, disse que não havia buracos na pista e sim, “quatro pequenos pontos de desagregação de pavimento”. A Inframérica, responsável pelo aeroporto JK, não explicou o motivo da manutenção na pista. Em nota, a concessionária disse que “os atrasos foram motivados pela concentração das atividades em uma única pista e pela grande quantidade de voos atrasados que chegaram” de outros aeroportos.

REFORÇOS No período carnavalesco, a Infraero mantém um plano de ação para tentar garantir a fluidez operacional. Entre as ações previstas, o reforço nas equipes de segurança e operações, graças ao remanejamento das escalas de trabalho. Os profissionais são distribuídos em equipamentos essenciais, como esteiras e pontes de embarque.

No mercado doméstico, a TAM vai disponibilizar 52 voos extras, entre 27 de fevereiro e 10 de março. O maior reforço será para o Nordeste do país. O acréscimo será de 42 horários a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Somente Salvador terá 16 voos extras; Natal terá 12. A companhia também aumentará sua oferta, com 10 voos extras, para o Rio de Janeiro a partir de Florianópolis e Foz do Iguaçu. Não houve acréscimo nas operações da TAM em Confins.

Passageiros no saguão da rodoviária de BH. Principais destinos são os litorais do Sudeste e da Bahia(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Passageiros no saguão da rodoviária de BH. Principais destinos são os litorais do Sudeste e da Bahia (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


Rodoviária lotada

Apesar de o carnaval de Belo Horizonte ter se transformado nos últimos três anos, o fluxo da capital mineira para fora do estado ainda é bem maior que o sentido contrário. Os quatro (ou cinco) dias de feriado permitem aos mineiros aproveitar a folia à beira-mar. Rio de Janeiro, Espírito Santo e o Sul da Bahia estão entre os destinos mais procurados, enquanto, de lá para cá, a procura maior ainda é por uma das cidades históricas, com preferência para Ouro Preto e Diamantina.

Segundo balanço do Terminal Rodoviário Israel Pinheiro, de quinta-feira até hoje, 94,1 mil pessoas irão embarcar, enquanto 42,2 mil vão desembarcar. Ou seja, o total de desembarques é menos da metade dos embarques. A maior movimentação deve ser registrada ontem e hoje, com 1.160 e 1.115 partidas, respectivamente. Serão 750 e 790 chegadas. No retorno, o dia de maior fluxo será a quarta-feira, com 1,2 mil ônibus chegando ao terminal rodoviário.

A BHTrans também vai operar um terminal provisório perto da Avenida José Cândido da Silveira. De lá, quase 500 ônibus devem partir. Os destinos mais procurados são para o litoral capixaba e fluminense e para as cidades históricas de Minas, como Diamantina, Mariana, Ouro Preto, São João del-Rei e Tiradentes.

Na empresa de ônibus Gontijo, o número de ônibus que vai seguir para o litoral do Espírito Santo e para o Sul da Bahia é 1.076% maior que em dias normais. Ontem, foram 153 ônibus para os dois locais, destinados principalmente para Conceição da Barra, Piuma e Guarapari. Hoje, mais 91 partirão. Para o interior mineiro, saíram ontem 75. No caso da Viação Cometa, o volume deve dobrar em relação a dias normais, principalmente para o Rio de Janeiro, litoral paulista, Curitiba e BH.

NAS LADEIRAS Acompanhada de sete amigos, precavida, a estudante Isabela Sadila comprava a passagem de volta de Abaeté para evitar transtornos no retorno. O grupo alugou a casa da avó de uma amiga para ficar até quarta-feira na cidade para aproveitar, entre outros, o show da cantora Anita. Enquanto isso, os amigos Leandro Costa e Wilson Neto escolheram Ouro Preto para aproveitar o carnaval. Os dois vieram de Ituverava, no interior de São Paulo, para curtir a folia da cidade histórica. “Viemos pela fama. Um amigo de Ribeiro Preto veio e deu boas recomendações”, diz Leandro, que vai ficar em uma república estudantil. (PRF)


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