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Estado de Minas

Bebidas em bares e artigos de decoração puxam a alta da inflação

IPCA de 0,65% em novembro em BH foi puxado por alta de preços de bebidas e de artigos para casa. No ano, é de 5,23%


postado em 05/12/2013 06:00 / atualizado em 05/12/2013 07:48

As bebidas em bares e restaurantes e artigos de residência foram os itens que mais puxaram a alta da inflação em Belo Horizonte. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) quase dobrou de outubro para novembro, passando de 0,37% para 0,65%. Além dos dois itens, a alimentação em restaurante e as despesas pessoais, como os serviços de salão de beleza, também são considerados os vilões da inflação na capital. Apesar disso, a coordenadora de pesquisa da Ipead, Thaize Vieira Martins Moreira, acredita que o índice não vai ultrapassar 6,5% no ano, teto da meta fixada pelo governo.

Na média das remarcações, as bebidas em bares e restaurantes estão 2,09% mais caras no mês e 10% no acumulado no ano, 4,77 pontos percentuais acima da variação de 5,23% do IPCA, medido pela Ipead. O indicador retrata as despesas das famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. Em seguida aparecem os artigos de residência, com alta de 1,73% no mês. As despesas pessoais como serviços de salão de beleza, excursões e ingressos de jogos também contribuíram para que o índice fosse maior em outubro. ''As despesas pessoais não tiveram alta significativa, no entanto elas têm um peso maior no orçamento da família e ajudam a aumentar o índice'', explica Thaize.

A coordenadora lembrou que a alta da gasolina e do diesel, reajustados nas refinarias em 4% e 8%, devem levar a inflação para um nível ainda maior este mês. De acordo com Thaize, a expectativa era de que o aumento repassado para os consumidores não ultrapassasse a margem de 2%, mas o que se viu foi uma alta na mesma proporção nas bombas. ''O aumento do preço dos combustíveis tem grande impacto também em outros setores, que dependem do frete e que consequentemente vão aumentar o valor dos produtos que chegarão mais caros para o consumidor'', explica Thaize. Ela garante, no entanto, que a inflação não ultrapassará o teto estipulado pelo governo. ''Para ser maior que 6,5% o índice tinha que ultrapassar 1,2% e historicamente, não observamos um nível desse em dezembro'', completa.

Deflação


O grupo alimentos in natura, em contrapartida, apresentou deflação de 1,92%. A coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Ipead acredita que o IPCA este ano feche na casa de 6%. ''A alta da taxa de juros divulgada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) é uma tentativa de trazer a inflação para níveis mais baixos e assegurar a tendência prevista para 2014, No entanto, ainda é preciso aguardar os resultados dos próximos meses, principalmente com a alta dos combustíveis'', comenta.

Ainda de acordo com dados do Ipead, a cesta básica apresentou alta, com variação positiva de 1%, entre outubro e novembro. O valor da cesta representou no mês passado 46,61% do salário mínimo, cerca de R$ 316,04. ''A cesta básica pesa muito no orçamento do consumidor e o aumento no acumulado do ano já chega a 9,87%, índice bem acima do IPCA que se encontra no nível de 5,23%, 4,64 pontos percentuais a mais'', explica.


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