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Estado de Minas

Grupo de startups criado em BH tem crescimento de 282% em um ano

Comunidade autogerenciada será apresentada hoje na Câmara Americana de Comércio


postado em 16/10/2013 06:00 / atualizado em 16/10/2013 08:32

No Rock Content, gerenciadora de conteúdo para blogs corporativos , a meta, segundo Diego Gomes (D), é fechar 2014 com 400 clientes(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
No Rock Content, gerenciadora de conteúdo para blogs corporativos , a meta, segundo Diego Gomes (D), é fechar 2014 com 400 clientes (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O número de empresas da San Pedro Valley, comunidade autogerenciada e colaborativa de startups comandadas por jovens empreendedores, que nasceu no Bairro São Pedro, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em 2011, cresceu 282% entre meados de outubro de 2012 e igual período de 2013, espalhando-se para outros diversos pontos da capital. Há um ano o grupo contabilizava 39 organizações empresariais de base tecnológica. Hoje são 110. Ao todo, em pouco mais de dois anos, essas empresas já receberam investimentos de cerca de R$ 30 milhões provenientes, em sua maioria, de fundos de capital de risco.

As experiências de empreendedorismo desse polo tecnológico nascido espontaneamente na cidade serão mostradas hoje na Câmara Americana de Comércio (Amcham) pelos principais executivos de pequenas companhias movidas por ideias brilhantes. Uma das primeiras empresas a embarcar no movimento San Pedro Valley foi a Samba Tech. De acordo com Gustavo Caetano, diretor-executivo da companhia, tudo começou quando um grupo de empreendedores instalados no bairro começou a se encontrar, conversando com cada vez mais frequência. “A cada dia mais empresas foram aderindo a esse movimento. Hoje, já extrapolamos o Bairro São Pedro e suas imediações. Até em Contagem há empresas que fazem parte do grupo”, explica.

O objetivo, segundo ele, é trocar experiências de forma voluntária, formando uma rede de ajuda mútua. “Temos grupos de e-mails e trocamos informações pelo WhatsApp. Se uma empresa precisa captar investimentos, procura outra que já tem essa experiência para aprender como se faz”, explica. De acordo com Caetano, a avaliação geral é de que é mais importante fazer o “ecossistema” das startups dar certo do que crescer de forma isolada, na base do cada um por si. “Aqui, a gente entendeu que há um grupo de empresas de tecnologia que vem crescendo, mas ainda não movimenta a economia de maneira significativa. Por isso temos que nos juntar para conseguir atrair a atenção dos investidores de fora. Antes, a maioria dos investidores americanos só olhava para São Paulo. Agora chamamos a atenção do mundo. E esse é um mercado que não existia antes”, observa.

No fim de 2011, percebendo que as empresas enfrentavam dificuldades de produzir conteúdo para seus blogs corporativos, Diego Gomes, um dos proprietários da Rock Content, criou, com dois sócios, uma plataforma para o gerenciamento que tem numa ponta as corporações e na outra profissionais que produzem conteúdo. “Somos uma empresa de marketing de conteúdo. Começamos numa salinha na Rua Major Lopes, que era dividida com outra empresa. Hoje já temos 12 funcionários, mil produtores de conteúdo cadastrados e mais de 100 clientes”, diz. No início de 2013, a empresa recebeu aportes de US$ 500 mil provenientes de um fundo de venture, termo usado no mercado definir investidores de risco. “Nossa meta é fechar 2014 com 400 clientes”, avisa Gomes.

Dados

Ivan Moura, sócio-fundador da Zahpee, que trabalha com “mineração de dados” em mídias sociais, usados por altas diretorias de grandes empresas, explica que sua startup faz uma combinação de big data (armazenamento de dados em grande velocidade) com informações buscadas em redes sociais. “Uma grande empresa tem preocupações que vão desde questões ambientais, passando por transporte, logística, exportação, economia mundial. Elas precisam se manter informadas sobre esses e outros parâmetros de mercado, olhando também para as próprias finanças”, justifica.

A novidade, segundo ele, é fazer essa coleta de dados olhando para fora e não para dentro da empresa, e buscando informações que estão nos blogs, na imprensa, no Facebook. “Essas informações são organizadas e funcionam como um verdadeiro painel de controle para o executivo. São informações estratégicas. Os clientes podem cruzar dados em tempo real”, explica. A Zahpee está saindo do forno e seu produto, que já começou a ser testado, deve entrar no mercado ainda este ano. Para isso, a startup contou com investimentos do fundo Fir Capital, de Belo Horizonte, representante no Brasil do DFJ, fundo de capital norte-americano que está entre os maiores do mundo.


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