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Estado de Minas

Projeto prevê caminho mais curto até Confins

Grande BH quer se firmar como polo de tecnologia e para isso vai criar aerotrópolis, facilitando viagem até terminal


postado em 10/07/2013 06:00 / atualizado em 10/07/2013 10:09

Luiz Antônio Athayde, subsecretário de Assuntos Estratégicos de Minas Gerais, e John Kassarda, americano que desenvolveu o conceito de aerotrópolis: região metropolitana mais competitiva(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Luiz Antônio Athayde, subsecretário de Assuntos Estratégicos de Minas Gerais, e John Kassarda, americano que desenvolveu o conceito de aerotrópolis: região metropolitana mais competitiva (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Do minério à aviação. O governo prepara a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para se tornar polo diversificado de alta tecnologia, tendo o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) como pano de fundo. A ideia é fazer com que o contorno metropolitano gere, em 2030, um Produto Interno Bruto (PIB) comparado ao atual de todo o estado de Minas Gerais (cerca de R$ 350 bilhões). Tudo isso vai ser possível graças ao desenvolvimento de uma aerotrópolis.


“Estamos estudando a região metropolitana para que as rodovias nos permitam que não estejamos nunca a mais de 35 a 40 minutos do aeroporto”, afirma Luiz Antônio Athayde, subsecretário de Assuntos Estratégicos de Minas Gerais. O estudo está sendo feito pela empresa norte-americana CH2M Hill e conta com o empenho de 19 especialistas, entre eles o professor John Kassarda, americano desenvolvedor reconhecido do conceito de aerotrópolis.

“Belo Horizonte tem a vantagem de ter 700 quilômetros quadrados de espaço aberto para desenvolvimento. Equivale a 10 vezes à ilha de Manhattan, em Nova York. Nem São Paulo e nem o Rio de Janeiro têm esse espaço”, afirma o professor.

A primeira fase do contorno do Vetor Norte vai integrar sete municípios: Santa Luzia, Lagoa Santa, Confins, São José da Lapa, Jaboticatubas, Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves. A ideia do governo é que fique pronto entre 2015 e 2016. “Isso vai dar novo padrão de conectividade à região e impulsionar os novos condomínios logísticos e residenciais”, afirma Athayde. O aeroporto, diz, tem que ser o principal equipamento de infraestrutura de Minas Gerais. “É ele que vai nos levar a conectar com o mundo e ser no Brasil a região metropolitana mais competitiva para atrair empresas de alta tecnologia”, observa o subsecretário.

O governo estima que o investimento total no contorno metropolitano fique em mais de US$ 1 bilhão, com recursos da parceria público privada. Até 2030 é esperado que sejam gerados 350 mil empregos no estado com os novos negócios de alta tecnologia. A ligação rodoviária vai contar com faixa de transporte público no meio, com formato a ser definido. “Não estamos criando uma via apenas para ligar as rodovias federais. O objetivo é integrar todas as áreas possíveis de desenvolvimento”, diz Athayde.

Demanda


Na avaliação do subsecretário, o contorno metropolitano vai ser uma nova artéria que vai mudar o padrão de acesso dentro da Grande BH. “Vai ligar as novas áreas de desenvolvimento, os novos parques logísticos, os novos parques industriais e tudo isso ao aeroporto de Confins. A concessão do aeroporto, prevista para outubro, vai ser nossa carta de alforria, pois vai dar condições de os investimentos não deixarem explodir à demanda. Serão feitos antes”, afirma.

Incorporações no transporte rodoviário

Transnorte e Santa Terezinha, duas tradicionais empresas de transporte rodoviário de passageiros das regiões Norte e Sul de Minas, respectivamente, passaram ao controle de duas gigantes mineiras do setor. A primeira, sediada em Montes Claros, com mais de 150 ônibus, 40 linhas e um volume de 140 mil passageiros transportados por mês, teve 70% das ações adquiridas pela Saritur, grupo empresarial criado em 1977. Em Varginha, o Expresso Gardênia concluiu o negócio de incorporação da Empresa de Transportes Santa Terezinha. Com cerca de 50 ônibus e 10 linhas, a companhia – uma das mais antigas do estado, fundada em 1937 – enfrentava processo de recuperação judicial, após ter realizado investimentos em renovação da frota, transporte de cargas e imagem.

Tanto a Saritur quanto a Gardênia apostam na fórmula de incorporar concorrentes para crescer. Após as negociações, Saritur e Gardênia se consolidaram como a segunda e a terceira maiores empresas em número de linhas intermunicipais do estado, ficando atrás somente da Empresa Gontijo.

A aquisição da maior parte das ações da Transnorte abriu as portas para um raio de atuação que a Saritur já detinha nas regiões Sul, Central e Leste do estado, além do transporte coletivo de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A incorporação foi concluída em maio, entretanto, o valor do negócio não foi informado. A única mudança efetiva feita desde então, afirma o diretor de desenvolvimento do grupo Saritur, Rubens Lessa Carvalho, foi a saída de três sócios da família Sapori, fundadora da Transnorte. "O Norte de Minas é uma região muito promissora. Surgiu a oportunidade e nós resolvemos participar", afirmou. Os membros da família Sapori, responsável pela gestão da empresa desde 1971, foi mantida no conselho de administração.

Investimentos


Embora seja menor do que a Transnorte, a Santa Terezinha estava situada numa área considerada estratégica para o Expresso Gardênia. Interligando as cidades de Varginha, Três Pontas, Boa Esperança e Passos, a companhia terá os 135 funcionários remanejados para outras atividades do grupo – que também detém controle sobre empresas em Guaxupé e Itapira (SP) –, assegura o presidente da Gardênia, Antônio Afonso Silva, o Toninho. "A Santa Terezinha serviu com uma luva nos nossos serviços e conexões de linhas.

Com a incorporação, complementamos um raio de atuação, passando a atender toda a Região Sul de Minas", afirma. O empresário aposta na criação de novos trajetos, como Lavras–Ribeirão Preto, e na prestação de serviços, como fretamento em Varginha, para retomar a rentabilidade da Santa Terezinha. A frota do grupo será renovada com a aquisição de 40 novos ônibus rodoviários, num investimento aproximado de R$ 20 milhões. "O importante é que o aporte devido pela Santa Terezinha será pago pela própria frota da empresa, que passará a contar com o know-how da Gardênia", explica.


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