(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cemig aposta no gás natural

Empresa anuncia intensificação da exploração em MG. Balanço traz alta de 37% no lucro líquido do primeiro trimestre do ano


postado em 18/05/2013 06:00 / atualizado em 18/05/2013 07:20

Os investimentos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para exploração de gás natural na Bacia do São Francisco serão intensificados, o que deverá impulsionar a capacidade produtiva da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) nos próximos cinco anos. Até dezembro, estudos de prospecção devem indicar o valor para novos investimentos da companhia na região, que até o momento somam R$ 15 milhões. A expectativa é de que a produção da Gasmig, que hoje não ultrapassa 3 milhões de metros cúbicos por dia, possa alcançar até 30 milhões de metros cúbicos/dia, com a construção de gasodutos e infraestrutura para a exploração e distribuição do combustível natural.


O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse ontem que há mercado potencial para o gás, tanto nas redes residenciais, quanto industriais. A companhia está negociando parcerias com empresas estrangeiras que detêm a tecnologia de exploração do combustível em rochas porosas. “O mercado é bastante promissor. Os EUA, que também detêm grande concentração desse tipo de gás preso em rochas porosas, será autossuficiente até 2017”, apontou o executivo. No fim deste mês, a Cemig reunirá investidores para detalhar ações futuras e captar aportes para novos investimentos, o que inclui a Bacia do São Francisco.

Nessa sexta-feira, as ações da companhia fecharam com valorização de 3%, efeito do lucro líquido de R$ 865 milhões no primeiro trimestre, alta de 37% de janeiro a março, frente a igual período do ano passado. Apesar de as medidas do governo que reduziram as tarifas de energia elétrica aos consumidores em cerca de 20% não terem afetado o lucro do trimestre, o valor de mercado sentiu o impacto da medida anunciada em setembro do ano passado, quando o valor da companhia, atualmente em R$ 20 bilhões, atingia R$ 32 bilhões.

Ainda neste semestre, a Cemig terá de recorrer à Justiça para renovar o contrato de concessão assinado com a União para continuar operando a usina de Jaguara. A concessão vence em agosto e sua renovação não foi autorizada pela União. O governo federal entendeu que houve perda do prazo pela companhia. Já a Cemig acredita que seguiu prazos estabelecidos em contratos firmados anteriormente. “Não consideramos a hipótese de não renovar a concessão”, afirmou Luiz Fernando Rolla. Segundo o executivo, a ação judicial para renovar os prazos para a usina Jaguara servirá também como jurisprudência para a usina de São Simão, que tem o vencimento da concessão em 2015, e também para Miranda, com vencimento em 2016.

Capital

No primeiro trimestre a Cemig registrou geração de caixa de R$ 1,6 bilhão, decorrente, principalmente, do aumento de 15% na receita líquida, que alcançou R$ 3,7 bilhões. Segundo o executivo, o crescimento do lucro reflete medidas de melhoria operacional e eficiência. E também medidas como a redução de custo de pessoal, que somou R$ 4 milhões no primeiro trimestre.

Nos últimos 10 anos, 65% das ações preferencias da Cemig ficaram nas mãos de investidores estrangeiros, sendo dois terços deles investidores norte-americanos e o restante pulverizado em cerca de 40 países. A Cemig também anunciou no primeiro trimestre de 2012 ativos totais na ordem de R$ 30,8 bilhões, patrimônio líquido de R$ 12,4 bilhões e uma receita líquida consolidada de R$ 3,7 bilhões.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)