(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Feira de tecnologia poderá render contratos de R$ 2 bilhões no Sul de Minas

Fabricantes da região de Santa Rita do Sapucaí, no Sul do estado, pretendem fechar bons negócios para os próximos 20 meses durante feira especializada


postado em 02/08/2012 06:00 / atualizado em 02/08/2012 07:31

Laboratório para testes de alta precisão dos produtos vai diminuir prazos e custos para os empresários(foto: DIDI RODRIGUES/ESP.EM - 5/2/09)
Laboratório para testes de alta precisão dos produtos vai diminuir prazos e custos para os empresários (foto: DIDI RODRIGUES/ESP.EM - 5/2/09)
Polo mineiro produtor de componentes e equipamentos de eletrônica, telecomunicações, informática e automação, o chamado Vale da Eletrônica, de Santa Rita do Sapucaí, no Sul do estado, começou ontem a negociar uma carteira de encomendas que prometem somar cerca de R$ 2 bilhões até amanhã. A maratona atrás de contratos envolve os 142 fabricantes locais e até 10 mil distribuidores, revendedores e representantes do Brasil e da América Latina esperados na 12ª Feira Industrial do Vale da Eletrônica (Fivel). A meta de faturamento, segundo o presidente do sindicato das indústrias (Sindvel), Roberto Souza Pinto, representa recorde para o setor, mobilizando uma programação de produção para o período de 18 a 20 meses, com entregas quinzenas ou mensais.

Maior evento organizado em Santa Rita, a Fivel ocupa 1,2 mil metros quadrados do câmpus do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), com 88 estandes que serão visitados por compradores do Brasil, Chile, México, Peru, Equador, Uruguai, Paraguai e Colômbia. Além da exposição, serão lançados produtos como sistema de controle de acesso sem fios, rastreador de pessoas e sistema de interatividade para TV digital. “Não fosse o Vale da Eletrônica, o Brasil seria importador de tecnologia. Mostramos um cenário oposto ao da desindustrialização e o diferencial da concentração industrial”, afirma Roberto Souza.

Como suporte aos investimentos nos lançamentos, as empresas passarão a contar no fim deste ano com um novo laboratório para testes de alta precisão, que vai reduzir drasticamente o tempo e os custos da confecção de protótipos até o desenho final do produto. Por falta de alternativa, hoje, as indústrias levam ao redor de 40 dias, enfrentando fila nos laboratórios de São Paulo. De acordo com Roberto Souza, com as novas instalações a fase posterior à conclusão da engenharia do produto será encurtada para três dias e os custos financeiros deverão cair para 30% da despesa atual.

Orçado em R$ 3 milhões, o laboratório foi licitado na segunda-feira e agora entrou na etapa de formatação, para autorização da compra dos equipamentos. As instalações serão abrigadas na unidade local do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG), que ficará responsável por operar o empreendimento. A iniciativa faz parte do Programa de Apoio à Competitividade dos Arranjos Produtivos Locais de Minas Gerais, mantido pelo governo estadual em acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Contará, ainda, com apoio em contrapartida da Federação das Indústrias do estado (Fiemg) e do Sebrae-MG.

Vitrine

  Na abertura da 12ª Fivel, a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Dorothea Werneck, disse que é fundamental a cooperação para incentivo ao Vale da Eletrônica. “Dar mais visibildade ao polo de Santa Rita é o nosso próximo desafio. É impossível que as empresas não conheçam a região, que está madura do ponto de vista da industrialização, reúne jovens empreendedores e produz tecnologia de ponta”, afirmou.

A concentração de indústrias de Santa Rita do Sapucaí surgiu na década de 1950, a partir da união entre a academia, dedicada ao ensino de eletrônica, e a especialização dos empreendedores na produção de itens homologados pelas agências reguladoras. “Não há como parar de investir”, diz o presidente do Sindivel. As empresas do setor completaram a terceira geração de mão de obra qualificada no polo industrial.

As primeiras edições da Fivel, lembra Roberto Souza, tiveram como objetivo divulgar o Vale da Eletrônica, marca que evoluiu para a contratação de negócios. Na feira do ano passado, os contratos negociados somaram uma receita de R$ 1,7 bilhão. “Estamos numa era em que a inovação tecnológica é cobrada dia a dia. Quanto mais inovador for o produto, menos vida útil ele terá”, afirma o industrial.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)