(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Construtoras disputam pontos na Alameda da Serra, em Nova Lima

Imóveis da "nova Zona Sul de BH", se valorizaram 100% em cinco anos


postado em 14/07/2012 06:00 / atualizado em 14/07/2012 07:56

Ralph Marcellini não resistiu e fechou o negócio com a Caparaó(foto: Beto Magalhães/EM DA Press)
Ralph Marcellini não resistiu e fechou o negócio com a Caparaó (foto: Beto Magalhães/EM DA Press)

Conhecida como Seis Pistas no início da década de 1990, quando era ponto de encontro de imprudentes motoristas que faziam “rachas” no local, a hoje Alameda da Serra se transformou no eldorado da construção civil e, embora seja um corredor viário de Nova Lima, há quem brinque que o local é a nova Zona Sul de Belo Horizonte, devido à proximidade com a capital. “O valor do metro quadrado tanto de terrenos quanto de áreas construídas – lojas, salas, andares e apartamentos – tiveram uma valorização em torno de 100% nos últimos cinco anos”, diz Gilmar Dias dos Santos, diretor de Incorporadoras da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG).

A megavalorização ao longo da Alameda da Serra, que divide os bairros Vila da Serra e Vale do Sereno, ambos em Nova Lima, na Grande BH, não para de despertar a cobiça de construtoras. Em média, o metro quadrado mais barato custa R$ 7 mil, preço semelhante ao de bairros de BH como Anchieta, Carmo, Cruzeiro, Luxemburgo, Santo Antônio, Serra, conforme planilha elaborada pela CMI/Secovi há poucas semanas. De olho no bom mercado, construtoras fazem sucessivas investidas em proprietários de terrenos e pequenos imóveis. Por três anos, os sócios do tradicional Clube Chalezinho resistiram às ofertas de empresas da construção civil.

Em 2011, porém, os donos da movimentada casa noturna se renderam a uma proposta da Caparaó e fecharam negócio: cederam a propriedade à construtora, que vai erguer no local um arranha-céu comercial de 44 andares. Em troca, os sócios vão receber algumas salas e montarão um restaurante no edifício. Os clientes da casa noturna não ficarão a ver navios: um novo Chalezinho está sendo construído na Avenida Mário Werneck, no Bairro Estoril, Região Oeste da capital. “A inauguração vai ser em 25 de julho. O Chalezinho foi montado em 1979, na Savassi. Em 1993, nos mudamos (para a Alameda da Serra). Naquela época, só havia o Biocor”, recorda Ralph Marcellini, um dos sócios do empreendimento.

O novo Chalezinho, orçado em R$ 2 milhões, terá capacidade para receber 1 mil clientes, a mesma quantidade do antigo endereço. Porém, a futura casa ocupará uma área de 4 mil metros quadrados, espaço bem maior do que o anterior (1,5 mil metros quadrados). Quem passar hoje na Alameda da Serra verá que o antigo empreendimento, desativado há duas semanas, já se transformou em canteiro de obra. Aliás, obra é o que não falta ao longo da alameda e vias vizinhas. Apenas a Masb, incorporadora e construtora de imóveis fundada em 2007 a partir de três empresas (Metro Participações Imobiliárias, Alicerce Empreendimentos e Santa Bárbara Desenvolvimento Imobiliário), tem seis espigões luxuosos na Vila da Serra e Vale do Sereno.

Potencial

Alguns empreendimentos da Masb contam com mais de uma torre. O condomínio Cenário, por exemplo, é formado por seis torres, num total de 620 apartamentos. Desses, “apenas” 55 ainda não foram vendidos. “É uma região que reserva grande potencial de valorização, em cerca de 30%. Não é uma área que começou com padrão inferior (e avançou para o de luxo). Aqui já se iniciou com padrão elevado”, analisa Marcelo D’Ávila, gerente regional de Vendas da Masb. Atrás dos grandes empreendimentos comerciais e residenciais, famosas redes do varejo abriram filiais no local. É o caso da Drogaria Araujo, que inaugurou uma grande loja na alameda há poucos dias. A tradicional Padaria Boníssima fará o mesmo nas próximas semanas, quando deve concluir a obra no imóvel que ocupará.

“Abri o Via Condor Café pouco tempo depois do Chalezinho. No início era uma casa de chá. Agora, um restaurante. A diferença entre hoje e a aquela época são várias. A positiva, por exemplo, é o aumento de clientes. A negativa é o trânsito intenso no horário de pico”, diz a proprietária, Maria Helena Bahia Gontijo, cujo percentual de vendas cresce, em média, 30% ao ano. Ela já perdeu as contas de quantas propostas recebeu das construtoras. “Ainda bem que o imóvel é meu. Se fosse alugado já teria fechado as portas”, acrescenta a empresária, que não pensa em deixar o ponto. Resta saber até quando.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)