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Estado de Minas

João Pinheiro, Presidente Olegário e Patos de Minas entram na rota da exploração de gás

Petra vai abrir nova frente de pesquisas. Cemig investirá R$ 21 milhões apenas neste ano


postado em 05/07/2012 06:00 / atualizado em 05/07/2012 07:21

Sonda em Brasilândia de Minas: Bacia do São Francisco está no foco principal das prospecções(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press - 28/4/11)
Sonda em Brasilândia de Minas: Bacia do São Francisco está no foco principal das prospecções (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press - 28/4/11)
A petroleira Petra Energia e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) avançam na pesquisa de gás natural na porção mineira da Bacia do São Francisco. Maior concessionária no Brasil em áreas terrestres, com 24 blocos no estado, a Petra começou a preparar no mês passado mais uma bateria de cinco poços nos municípios de João Pinheiro e Presidente Olegário, no Noroeste, e Patos de Minas, no Alto Paranaíba, informou, ontem, o diretor de Logística e Infraestrutura da empresa, Francisco Solano. A Cemig, por sua vez, deverá concluir em agosto o processamento de dados de sísmica para identificar o local exato de dois poços que serão abertos até dezembro, em consórcio formado junto à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas (Codemig) e ao grupo Imetame.

Os investimentos da concessionária mineira estão confirmados em R$ 21 milhões neste ano, de um total de R$ 80 milhões previstos pelo consórcio, segundo a superintendente de gás da Cemig, Mônica Neves Cordeiro. “Explorar gás em Minas é mais que um projeto. Trata-se de um desafio, quase uma missão”, disse a executiva a uma plateia de representantes de empresas de Minas interessadas em se tornar fornecedoras de peças e prestadoras de serviços para a indústria de óleo e gás, que se reuniram na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Em maio, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, havia informado que os poços seriam perfurados em Ibiá, no Alto Paranaíba, e Pirapora, no Norte do estado.

A Petra não informou o valor dos investimentos na pesquisa. De acordo com Francisco Solano, os planos da companhia neste ano ficarão concentrados entre João Pinheiro e Patos de Minas. Foram concluídos os levantamentos nos nove primeiros poços na área de concessão, de 72 mil quilômetros quadrados, englobando 84 municípios. Da nova etapa de cinco poços, três estão sendo perfurados e dois contam com sondas já montadas. “Vamos fazer um número bem maior de furos para começar, provavelmente, no segundo semestre do ano que vem, uma nova fase de avaliação da pesquisa. Nosso desejo é começar a produzir o gás em 2016 ou mesmo antes disso”, afirma o executivo.

Ainda dentro dos planos em estudo, a Petra poderá perfurar no ano que vem mais um ou dois poços na região de Corinto, na qual a empresa iniciou os trabalhos de pesquisa na Bacia do Velho Chico, e um segundo poço no município de Quartel Geral, no Centro-Oeste de Minas. A empresa está otimista com os resultados, destacou Solano. Por enquanto, os nove poços perfurados e já desmobilizados pela companhia envolvem nove dos 24 blocos dos quais a Petra tem as concessões obtidas em leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Atração de fornecedores


As possibilidades de participação das empresas mineiras nas compras da indústria de petróleo e gás foram discutidas em evento realizado ontem pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), em parceira com a Fiemg. O gerente de Projetos da Onip, Jorge Bruno, destacou a vocação da indústria mineira para o fornecimento de equipamentos metal-mecânicos. “O desafio é conseguir fazer com que os empresários se aliem à Onip, Fiemg, e às empresas certificadoras e centros de pesquisa para apresentar projetos de fornecimento”, afirmou.

Os investimentos da indústria naval já dão uma ideia sobre as perspectivas de negócio tendo em vista os investimentos em óleo e gás. Levantamento feito pela Onip em 2010 e 2011 identificou uma demanda de 120 embarcações petroleiras nos próximos 20 anos e de 400 barcos de apoio no mesmo período. A instituição considerou 111 equipamentos passíveis de nacionalização. Num cenário em que todos eles fossem concretizados, o volume de vendas seria de R$ 4 bilhões ao longo de 10 anos de fornecimento.

Para o superintendente regional da Onip em Minas, Caio Múcio Barbosa Pimenta, a indústria mineira tem competência e algumas experiências de fornecimento de equipamentos para processos de produção nas refinarias, de softwares e automação industrial. Os gastos previstos até 2020 em exploração e produção de petróleo e gás estão estimados em US$ 400 bilhões. Além da Petrobras, atuam mais de 70 petroleiras no Brasil, que deverão desembolsar US$ 50 bilhões nos próximos cinco anos.


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