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Estado de Minas

Usiminas garante investir no estado

Recém-indicado como presidente da empresa, Julián Eguren diz, em encontros com governo e com empresários, que ativos em Minas Gerais são prioridade para os novos acionistas


postado em 26/01/2012 06:00 / atualizado em 26/01/2012 06:43

Argentino se reuniu com Antonio Anastasia na Cidade Administrativa(foto: Gil Leonardi/Secom/Divulgação )
Argentino se reuniu com Antonio Anastasia na Cidade Administrativa (foto: Gil Leonardi/Secom/Divulgação )

 

Uma eventual troca de sede da Usiminas de Minas Gerais para São Paulo está fora do radar das medidas imediatas que o novo presidente da companhia, o argentino Julián Eguren, pretende adotar e que podem não ser poucas, ante o desafio de levar a empresa a remunerar melhor os seus ativos e os investidores o mais rápido, deixando como marca do passado os fracos resultados de 2011. No primeiro encontro, nessa quarta-feira, com o governador Antonio Anastasia – uma audiência reservada, pela manhã, no Palácio Tiradentes – o executivo confirmou a disposição do grupo que o indicou, a siderúrgica Ternium e a Nippon Steel, de continuar investindo nos ativos da Usiminas no estado e “valorizar” o negócio. Foi esse o tom da conversa, segundo fontes do governo e do setor, com trânsito na siderúrgica.

As apostas dos analistas de corretoras e bancos de investimento no fechamento da sede de Minas  em troca de um comando assentado em terras paulistas também fizeram parte do cardápio de uma outra conversa do presidente da Usiminas com empresários durante o almoço. Julián Eguren teria sido, dessa vez, até mais enfático: “Quem coloca R$ 5 bilhões num negócio (preço pago pela Ternium e suas coligadas Siderar e Confab Industrial pelas ações da Usiminas) não chega com outro objetivo senão fazer o negócio funcionar. Isso (a troca da sede) não faz parte das nossas preocupações”, teria dito o executivo a um dos interlocutores do encontro, que prefere manter seu nome em sigilo e não embarcar na polêmica.

A suposição de mudança de sede da companhia tem sido tratada como especulação pelo governo, ao menos por enquanto. Por precaução, o governador Antonio Anastasia fez questão de destacar no encontro com Julián Eguren a importância que a Usiminas tem na história da economia mineira. Além da bolada que o grupo argentino injetou na siderúrgica, a fonte lembra que a companhia tem em Minas os promissores ativos minerais, reunidos na Mineração Usiminas, com planos de investimentos de R$ 4 bilhões até 2015 para elevar sua capacidade de produção de minério de ferro de 8 milhões de toneladas no ano passado para 29 milhões de toneladas.

Impacto positivo Outro detalhe que faz diferença é o fato de o negócio do minério de ferro, que contribuiu positivamente para o balanço da Usiminas, ter como sócio o grupo japonês Sumitomo, um investidor já conhecido dos mineiros, ao ter se associado ao grupo Vallourec Mannesmann na criação da VSB, fabricante de tubos de aço recém-inaugurada em Jeceaba, na Região Central de Minas. Ambas as empresas buscam retorno do dinheiro aplicado e nisso dependem da valorização dos seus ativos.

O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, foi quem recepcionou o presidente da Usiminas no almoço dessa quarta-feira. “Acreditamos que, efetivamente, o futuro da Usiminas será brilhante. Foi o que nos transmitiu o novo presidente”, resumiu o industrial. A siderúrgica investiu R$ 2,4 bilhões nos seus negócios durante o ano passado e não está, de acordo com fontes da empresa e do governo mineiro, entre as empresas que costumam bater com frequência às portas do Tesouro estadual à procura de incentivos fiscais.


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