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Estado de Minas

Obra de ampliação em Confins começa em outubro e vai até o fim de 2013

Consórcio Marquise/Normatel vence disputa com proposta de R$ 222,59 mi. Puxadinho completará aumento da capacidade de passageiros


postado em 08/06/2011 06:00 / atualizado em 08/06/2011 09:05

Clique aqui para ampliar a imagem(foto: Animação EM)
Clique aqui para ampliar a imagem (foto: Animação EM)

O consórcio Marquise/Normatel venceu a concorrência para executar as obras de reforma e modernização do terminal 1 do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, com a proposta de executar o projeto por R$ 222,59 milhões – o menor valor entre as oito propostas de grupos que participaram da concorrência. A confirmação do vencedor ainda depende de homologação e publicação no Diário Oficial da União (DOU). O valor é 6,4% inferior à estimativa de R$ 237,8 milhões feita pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Mas se o custo será menor, a capacidade do terminal 1 após a expansão também vai ficar abaixo do projetado (de 5 milhões de passageiros para 8,5 milhões de pessoas por ano). Agora, a Infraero prevê aumento de 1,6 milhão de pessoas. Com a obra, prevista para começar em 21 de outubro e terminar em em 31 de dezembro de 2013 – depois da Copa das Confederações –, o terminal 1 poderá transportar 6,6 milhões de pessoas.

Paralelamente, a Infraero vai construir um Módulo Operacional Provisório (MOP), já chamado de “puxadinho”, com capacidade para 4,8 milhões de passageiros por ano e previsão de ser concluído antes da reforma do terminal 1, em novembro do ano que vem. O puxadinho, que já é praxe em outros 12 terminais no país, incluindo Brasília, Guarulhos (SP) e Viracopos (SP), é uma solução temporária para a demora das obras para a Copa do Mundo em 2014. Com ele, Confins terá, em dezembro de 2013, capacidade para 10,4 milhões de passageiros por ano. Especialistas e fontes do governo mineiro desaprovam a ideia, pois ela não oferece o mesmo conforto e segurança de um terminal definitivo.

Além do puxadinho, a Infraero também fez uma revisão da capacidade de Confins. O órgão do governo federal sustenta agora que a capacidade atual do terminal 1 está entre 6,78 milhões e 10,18 milhões de passageiros por ano. Estudos de órgãos como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) sempre afirmaram que a capacidade de Confins é de 5 milhões de passageiros por ano, sendo que no ano passado passaram pelo terminal 7,2 milhões. O puxadinho será construído entre o hangar de cargas e o terminal de manutenção da Gol. Para chegar até o avião, os passageiros terão que usar ônibus.

O diretor de marketing e vendas da Trip Linhas Aéreas, Evaristo Mascarenhas de Paula, afirma que a necessidade de ampliação do terminal de passageiros em Confins é urgente, pois o aeroporto já está chegando a alguns dos seus limites. A própria Trip teve que fazer um puxadinho na lateral do aeroporto para fazer o check-in de passageiros. Ele ressalta, no entanto, que há outros gargalos. “Precisamos de mais espaço para as aeronaves. Muitas vezes não podemos levar novos voos para o aeroporto porque não há espaço”, diz.

O consórcio RCI, formado pela Construtora RV, IC Suplly Engenharia e Convap Engenharia, conseguiu participar na última hora da abertura dos envelopes da licitação, por meio de mandado de segurança na Justiça. A Infraero havia considerado o grupo inabilitado para as obras. Segundo a estatal, o consórcio não tinha comprovado que duas empresas do grupo (RV e IC Suplly) possuem capital social individual proporcional à participação no grupo. O RCI apresentou o segundo preço mais barato: R$ 225,38 milhões. “Lamentamos ter ficado em segundo lugar, pois conseguimos participar da abertura dos envelopes na última hora”, diz Márcio Manata, diretor da Convap.

Terminal 2

O governo do estado, Antonio Anastasia, recebeu da Infraero a autorização para a publicação do edital do projeto executivo do terminal 2 do aeroporto, que deve ocorrer neste mês. O governo já lançou também o edital do projeto de impacto ambiental do novo prédio. “Como o terminal provisório vai ficar próximo ao de carga, o projeto do terminal 2 não deve ser influenciado”, afirma Luiz Antonio Athayde, subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Pelo projeto, o terminal 2 será construído ao lado do estacionamento novo.

O maior receio do governo é que o terminal provisório se transforme em definitivo. “O terminal provisório não oferece os mesmos padrões de conforto do definitivo. E iria contra todo o planejamento de sítio aeroportuário que fizemos para Minas. No Master Plan que traçamos no aeroporto, não tinha a previsão de um terminal provisório”, ressalta Athayde.


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