Com a proximidade do verão e a chegada do fim de ano, cresce o interesse das pessoas por iniciar ou retomar a prática de atividade física. Entre metas de Ano-Novo, a busca por bem-estar e o desejo de adotar novos hábitos, muitas pessoas procuram as academias no início de janeiro, período marcado por um aumento expressivo de matrículas.

Mais do que uma questão estética, a prática regular de exercícios é reconhecida mundialmente como estratégia essencial de promoção da saúde. As recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) orientam que adultos realizem ao menos 150 minutos semanais de atividade física moderada para prevenção de doenças crônicas, melhora da capacidade cardiorrespiratória e fortalecimento muscular.

Mesmo com essa diretriz amplamente divulgada, especialistas lembram que muitas pessoas iniciam treinos no início do ano de forma intensa e sem planejamento, o que aumenta o risco de lesões, abandono precoce e frustração.

Esse cenário reforça a importância de estruturar rotinas de forma segura, gradual e personalizada. A genética tem ganhado espaço nesse processo ao ajudar a explicar por que indivíduos com hábitos semelhantes podem responder de forma diferente ao mesmo tipo de treino. Fatores como força, resistência, metabolismo, capacidade cardiorrespiratória e tempo de recuperação possuem influência hereditária, o que pode impactar diretamente a evolução de cada pessoa.

“Cada pessoa responde ao exercício de forma diferente, e parte disso vem das características genéticas. Quando entendemos esses fatores, conseguimos orientar treinos mais alinhados ao que o corpo realmente precisa”, afirma Fernanda Soardi, assessora em genética e genômica do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da Dasa.

Nesse contexto, testes genéticos, se destacam como ferramentas de apoio para quem deseja começar o ano com um plano estruturado e seguro. O teste analisa um conjunto amplo de características genéticas relacionadas à resposta ao exercício físico, que inclui capacidade cardiorrespiratória, força e resistência muscular, potencial de ganho de massa, densidade óssea e velocidade de recuperação após esforço. O painel também considera predisposições a danos musculares induzidos pelo exercício, variações no índice de massa corporal (IMC) e riscos aumentados para condições como obesidade ou tendinopatia de Aquiles.

“Quando reunimos essas informações, conseguimos transformar a motivação do início do ano em resultados duradouros. A genética ajuda a orientar escolhas mais seguras e eficientes, permitindo ajustar intensidade, descanso e tipo de exercício conforme o que cada organismo pode oferecer”, completa Fernanda.

Ao fornecer parâmetros biológicos individualizados, o painel contribui para que profissionais de educação física, fisioterapeutas, médicos e usuários definam treinos mais assertivos, evitando sobrecarga e direcionando estratégias que favoreçam a evolução ao longo das semanas. Para quem faz do início do ano um ponto de virada, esse suporte técnico ajuda a fortalecer a continuidade e a adesão às atividades.

Fernanda reforça, ainda, que a atividade física deve ser vista como um compromisso permanente com o bem-estar. “Conhecer o próprio corpo, respeitar seus limites e investir em treinos sustentados por evidências científicas são passos fundamentais para resultados consistentes durante todo o ano”, destaca.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

compartilhe